
Parlamento da Grécia aprova reforma que permite jornada de trabalho de 13 horas
Projeto que amplia a carga horária da população do país foi proposto pelo governo conservador
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Após as redes sociais serem tomadas por rumores dando conta de que Virginia Fonseca teria removido a tatuagem no pescoço em homenagem ao ex-marido Zé Felipe — com quem tem os filhos Maria Alice, de 4 anos, Maria Flor, de 2, e José Leonardo, de 1 —, a influenciadora digital decidiu mostrar que, sim, se submeteu a um procedimento estético para essa finalidade. Na última quarta-feira (15), ela apareceu publicamente com um curativo no local onde o nome do ex estava inscrito na pele. E mais. Falou abertamente sobre as sessões de laser voltadas para esse objetivo. Receita caseira: Água morna com limão, ovos e nada de lipo — o segredo para Jennifer Aniston alcançar um abdômen 'inacreditável' Fotos: Casa à moda de 'roça' e lotada de penicos — a fazenda de Ana Hickmann e Edu Guedes, que passa por restauração Justamente um dia depois de o ex-marido Zé Felipe publicar, por meio do Instagram, uma foto com a cantora sertaneja Ana Castela — em imagem em que os dois aparecem usando o mesmo anel no dedo anelar —, Virginia Fonseca compartilhou um vídeo numa clínica de estética. Na ocasião, ela se submeteu a uma sessão de laser chamado de PicoLO, usado para diversos tratamentos estéticos na pele, entre os quais a remoção de tatuagens e cicatrizes. Na sequência, ao chegar em casa, ela compartilhou um novo vídeo em que aparece sendo surpreendida pelas filhas. "O que é isso no seu pescoço, mamãe?", perguntou Maria Flor. "Eu fiz um negócio lá no doutor Alessandro. Laser!", respondeu ela. Ao que Maria Alice questionou: "Laser não dói, né, mamãe?". E Virginia, mais uma vez, prosseguiu: "Dói muito". Initial plugin text Esta é a segunda vez que Virginia realiza um procedimento sobre uma tatuagem com referência a um ex-marido. Em 2023, a influenciadora digital e empresária cobriu um desenho em homenagem ao influenciador digital Pedro Rezende, com quem namorou entre 2018 e 2020. A tattoo no ombro, que reproduzia a logomarca da agência de marketing Aliança do Rezende, conhecida pela sigla ADR e fundada por Pedro Rezende, foi transformada num ramo de flores. Mudança na tatuagem que Virginia Fonseca fez para Rezende, após término de namoro: sigla se transformou em ramo de flores Reprodução/Instagram Virginia, aliás, tinha o nome do youtuber Rezende igualmente tatuado num dos dedos. Após o término, ela cobriu a tatuagem com o mesmíssimo desenho de um ramo florido. Virginia Fonseca cobriu o nome do ex, Rezende Reprodução/Instagram No mês anterior ao término do relacionamento com Zé Felipe, neste ano, Virginia Fonseca — que atualmente vive um affair com o jogador Vini Jr — fez uma tatuagem em dupla numa viagem ao Japão. "Hoje decidimos eternizar na pele nossa viagem que está sendo superespecial e divertida! Fizemos uma tatuagem em kanji com significado 'amor'. Que Deus abençoe o nosso e que seja eterno", celebrou Virginia, na ocasião. O desenho segue intacto no pulso de ambos. Tatuagens de Virginia Fonseca Reprodução/Instagram O ex-casal também tem outra tatuagem igual no braço, que simboliza o jatinho da família, um presente de Virginia para Zé Felipe. E mais. No pescoço de Zé, pode-se ler as letras "Vi", em referência ao apelido da influenciadora digital. O cantor já afirmou que não pretende remover a tattoo, ao contrário da ex-mulher. A ver. Virginia Fonseca e Zé Felipe mantêm tatuagens de casal após separação Reprodução/Instagram Virginia aparece com curativo no pescoço em foto publicada por meio do Instagram, com filtro Reprodução/Instagram
Um homem morreu e pelo menos 100 pessoas ficaram feridas durante protestos na capital do Peru, Lima, na noite desta quarta-feira, 15. As manifestações foram contra o governo recém-empossado e o Congresso e ficaram marcadas por confrontos com as forças de segurança. Entre os feridos, há tanto civis quanto policiais, segundo apuração da agência AFP. A vítima fatal, identificada como Eduardo Ruiz Sanz, de 32 anos, teria sido atingida por disparo efetuado por um policial à paisana, conforme informou a Coordenadora Nacional de Direitos Humanos , principal ONG do setor no país. + Leia mais notícias do Mundo em Oeste Os manifestantes, em sua maioria jovens, caminharam rumo à sede do Congresso em protesto contra a classe política e a escalada do crime organizado, com extorsões e homicídios. Durante a mobilização, houve tentativa de remover barreiras de proteção instaladas diante do Legislativo. https://twitter.com/Cachoperiodista/status/1978641267601879479 Para dispersar os manifestantes que lançaram pedras e fogos de artifício, a polícia utilizou gás lacrimogêneo, escudos e cassetetes. "Começou como uma manifestação pacífica, mas alguns setores têm agendas diferentes e procuram gerar caos. Irresponsáveis. Força à nossa polícia", afirmou o presidente José Jerí em publicação no X. Peru tem 7º presidente em menos de 10 anos José Jerí, que assumiu como sétimo presidente peruano em cinco anos, tomou posse na última sexta-feira, 10, depois do impeachment da ex-presidente Dina Boluarte , em meio a uma grave crise de segurança no país. O Peru soma, agora, sete presidentes em menos de dez anos , um reflexo de uma instabilidade política acentuada desde 2016. https://twitter.com/AFP/status/1978805262375866588 Filiado ao partido Somos Perú, Jerí presidia o Congresso e assumiu o Palácio do Governo por sucessão constitucional. Uma série de denúncias acompanha a ascensão de Jeri. Em janeiro, uma mulher o acusou de abuso sexual durante uma festa de fim de ano no Santa Rosa Country Club, em Canta. A Justiça aceitou a denúncia e determinou medidas de proteção para a suposta vítima. O tribunal também obrigou o deputado a iniciar tratamento psicológico, por comportamento classificado como “sexual patológico”. O post Protestos contra novo governo do Peru deixam 100 feridos e 1 morto apareceu primeiro em Revista Oeste .
Caminhão tomba em Rodovia Deputado Laércio Corte (SP-147), em Piracicaba (SP) Edijan Del Santo/EPTV Um caminhão caiu em uma ribanceira da Rodovia Deputado Laércio Corte (SP-147), em Piracicaba (SP), após o motorista perder o controle na madrugada desta quinta-feira (16). O acidente ocorreu na altura do km 140 da pista, na região do bairro Santa Rosa. O acostamento da pista que liga Piracicaba a Limeira (SP) está interditado. O motorista não se feriu, mas a defensa metálica e uma placa de sinalização foram atingidas, segundo a Arteris Intervias, que administra a via. Também houve vazamento de óleo. Siga o g1 Piracicaba no Instagram De acordo com apuração da EPTV, o veículo continua no local e para sua retirada será necessário interditar a via. A concessionária informou à emissora que a remoção ocorrerá durante a noite, por recomendação da polícia. A medida visa garantir a segurança dos motoristas. A carreta, que não estava carregada, saiu de Jaguariúna (SP) e tinha Piracicaba como destino. Veja os vídeos que estão em alta no g1 VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e Região Caminhão tomba em ribanceira de rodovia em Piracicaba Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba
A Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido da Refinaria de Manguinhos (Refit) para liberar cerca de 87 milhões de litros de combustíveis retidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) . A mais recente manobra jurídica foi barrada pelo juiz Arthur Eduardo Magalhães Ferreira, da 5ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do RJ. A decisão considerou que o caso envolve um ato administrativo da ANP, autarquia federal com poder regulatório, e não pode ser julgado pela Justiça Estadual. + Leia mais notícias de Brasil em Oeste A estratégia da refinaria era utilizar o benefício da recuperação judicial para tentar anular a interdição. A tática visava aproveitar as proteções legais oferecidas pela Lei de Recuperação Judicial, que suspende ações contra a empresa em recuperação. O juiz, porém, entendeu que a retenção dos combustíveis resulta de uma ação de fiscalização ligada ao poder de polícia da administração pública. Por isso, o processo deve tramitar na Justiça Federal, e não na vara responsável pela recuperação judicial da empresa. 02201846320158190001-1 Baixar Com a decisão, a interdição da Refinaria de Manguinhos permanece válida. Assim, a Refit segue impedida de operar até a conclusão da análise das irregularidades pela ANP. Refinaria de Manguinhos nega acusações A decisão ocorre no contexto da interdição da refinaria de Manguinhos, determinada pela ANP em 26 de setembro de 2025. A medida seguiu uma operação conjunta com a Receita Federal, a Marinha e o Ministério de Minas e Energia, parte da 2ª fase da Operação Cadeia de Carbono, que apura importações irregulares e possíveis fraudes fiscais. A refinaria havia pedido autorização para movimentar produtos como óleo bruto e misturas de hidrocarbonetos, comprometendo-se a repor a mesma quantidade e qualidade. Com a negativa, porém, a empresa deverá recorrer à Justiça Federal se quiser contestar a retenção. https://youtu.be/LKPx0atE9mk?si=Z0E1vwZpb_2xGxkx Segundo a ANP, não há evidências de refino efetivo na unidade, e a empresa estaria importando combustíveis quase prontos, com possível adulteração de classificação para pagar menos impostos. A agência também apontou falhas de segurança e descumprimento de normas regulatórias. A Refit, por outro lado, declarou ter recebido a interdição com “surpresa e indignação” e negou as acusações. Afirmou que “jamais atuou ou opera como empresa de fachad a para atividades ilegais” e disse que vai tentar reverter a decisão. O Ministério Público do Estado do RJ também se posicionou contra os pedidos da empresa, alegando que a Justiça estadual não tem competência para interferir em ações da Receita e da Polícia Federal. O post Justiça do RJ nega pedido para liberar combustíveis retidos na Refinaria de Manguinhos apareceu primeiro em Revista Oeste .
O incremento de investimentos em resiliência climá...
Uma equipe de cientistas da Universidade Técnica de Munique (TUM) realizou pela primeira vez na Europa uma cirurgia para implantar um dispositivo cérebro-computador em um paciente tetraplégico, permitindo que ele controle um braço robótico e um celular apenas com o pensamento. O procedimento, considerado pioneiro, foi publicado pelo jornal português SiC Notícias. Fast food prejudica a memória em apenas quatro dias, aponta estudo Uruguai aprova lei que legaliza a eutanásia e se torna pioneiro na América Latina A operação, conduzida no Hospital Universitário TUM, durou mais de cinco horas e marcou um avanço inédito no continente. O dispositivo implantado contém 256 microeletrodos, responsáveis por captar sinais da região do cérebro ligada à planejamento e execução de movimentos, como agarrar, segurar e manipular objetos. — O objetivo é desenvolver sistemas que reconheçam a intenção humana, em vez de esperar que os pacientes aprendam a operar máquinas complexas — explicou Melissa Zavaglia, líder da equipe cirúrgica e pesquisadora do hospital universitário. O professor Simon Jacob, especialista em neurotecnologia translacional da TUM, destacou que essa é a primeira vez na Europa que uma interface cérebro-computador é implantada em uma pessoa tetraplégica. O paciente, Michael Mehringer, de 25 anos, ficou paralisado do pescoço para baixo após um grave acidente de moto aos 16 anos. Ele passou 14 meses hospitalizado, incluindo um período em coma, e desde então depende de assistência constante. — Espero poder voltar a comer e beber de forma independente, precisando de menos ajuda na vida diária — afirmou Mehringer. Após a cirurgia, ele participa de sessões semanais no laboratório, onde o implante é conectado a um computador para registrar a atividade neural. Os cientistas utilizam esses sinais para treinar algoritmos de inteligência artificial, que aprendem a interpretar os padrões cerebrais e associá-los aos movimentos desejados. Nos testes iniciais, Mehringer movimenta um mouse e pressiona botões virtuais para ensinar o sistema a reconhecer seus comandos mentais. O objetivo é que, com o tempo, ele consiga controlar o braço robótico e dispositivos eletrônicos apenas com o pensamento. Segundo os pesquisadores, a tecnologia representa um passo importante rumo à restauração da autonomia e da qualidade de vida de pessoas com paralisia severa. — Esta pesquisa poderá ajudar a devolver a independência a muitos pacientes tetraplégicos — afirmou Zavaglia.
Assista aos vídeos do telejornal com as notícias do Rio de Janeiro.
Mulher denuncia ter sido agredida por um policial militar, dentro de uma UPA da capital Uma mulher, de 50 anos, procurou a Polícia Civil para denunciar um policial militar por agressão dentro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro-Sul, em Belo Horizonte. O caso teria ocorrido no último sábado (12), enquanto ela acompanhava uma amiga em atendimento médico (veja vídeo acima). Segundo o boletim de ocorrência , a mulher foi abordada por um policial militar que a acusou de estar fazendo “arruaça” por conta do tom de voz. Ao se recusar a sair da unidade, alegando que era acompanhante da paciente, ela afirma ter sido arrastada para fora pelo sargento. Ainda, segundo ela, partes íntimas teriam ficado expostas. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 MG no WhatsApp Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte declarou que não houve registro de agressão na UPA Centro-Sul no dia 12 e que não consta atendimento médico, na mesma data, para a paciente mencionada pela denunciante. A equipe de reportagem da TV Globo procurou a Polícia Militar por duas vezes, mas não recebeu resposta até a última atualização desta matéria. A Polícia Civil de Minas Gerais informou que apura o caso. Confira os vídeos mais assistidos:
De acordo com a Polícia Civil, os mandados têm como objetivo apreender celulares, computadores e mídias digitais que possam conter cópias do
Ministério Público e Metrô assinaram acordo com consórcio responsável pela construção da Linha 15-Prata, que registrou falhas na operação
Cancelamento da sessão atendeu a um pedido da liderança do governo Lula no Congresso The post Alcolumbre cancela sessão que analisaria vetos da lei de licenciamento ambiental appeared first on InfoMoney .
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) investiga as fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
A atriz Fafy Siqueira abriu a intimidade e falou sobre seu casamento com a diretora teatral Fernanda Lorenzoni. Durante participação no programa Companhia Certa, da RedeTV!, a artista de 70 anos se declarou para a mulher, de 35, e relembrou com bom humor o episódio que tornou o relacionamento público. Na conversa com Ronnie Von,... The post Fafy Siqueira explica relação com mulher 35 anos mais nova appeared first on O Antagonista .
Imagem mostra o presidente dos EUA, Donald Trump (E), em Washington, DC, em 9 de julho de 2025, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro (D), em Caracas, em 31 de julho de 2024. AFP/Jim Watson Temendo uma operação militar dos EUA para derrubar o governo, o presidente venezuelano Nicolás Maduro ordenou a mobilização de civis e militares para a defesa nacional. Como era de se esperar, os canais oficiais do governo bolivariano entraram em efervescência logo após os primeiros ataques dos EUA a barcos venezuelanos no Caribe. Contudo, chama atenção o conteúdo das mensagens veiculadas nos últimos dias sobre defesa nacional. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Em um dos vídeos, civis à paisana recebem treinamento em sistemas de armamentos antitanques caso tenham de “neutralizar sistemas de blindados”, explica um oficial da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB). Nas últimas semanas, uma cascata de matérias jornalísticas deu conta da distribuição de armas a civis comprometidos a defender a Venezuela de uma “guerra não declarada” por parte de Washington. Estas mensagens distam de um cenário de guerra convencional, evocando formas de resistência arraigada no apoio da população civil – uma doutrina de defesa territorial desenvolvida ao longo dos últimos 20 anos que poderia estar a ponto de ser testada pela primeira vez. Anunciando a ativação das chamadas “Unidades Comunais” da Milícia Bolivariana, em 5/9, o presidente Nicolás Maduro ressaltou a influência de duas obras que “alimentaram nossa doutrina militar” —ambas, ensinamentos sobre os fundamentos da guerra assimétrica do ex-líder revolucionário e presidente do Vietnam, Ho Chi Minh, e do general vietcongue, Vo Nguyen Giap. “Hoje estamos dando um passo transcendental, um passo para que toda Venezuela (…) se articule na defesa do direito à paz, em defesa da Venezuela, em defesa da integridade territorial, das riquezas naturais”, disse Maduro. “E para isso temos que nos unir, como dizia Ho Chi Minh, unir a todos contra o inimigo principal.” Guerra assimétrica, popular e prolongada Quem são os milicianos de Maduro? A atual doutrina militar venezuelana tem origens no cenário pós-golpe de 2002, quando o governo George W. Bush e os militares americanos classificavam Chávez como uma das maiores “ameaças aos interesses americanos” no hemisfério. Compreendendo que as maiores ameaças à integridade venezuelana eram um conflito assimétrico com os Estados Unidos ou um enfrentamento convencional com a Colômbia – à época aliada de Washington –, Chávez empreendeu uma transformação das forças armadas venezuelanas. Isto incluiu a expansão, modernização e armamento das capacidades defensivas para fazer frente às ameaças tradicionais, além de uma série de inovações baseadas em preceitos de guerra popular para fazer frente às ameaças assimétricas. A “guerra popular e prolongada” é uma estratégia maoista, amplamente teorizada e aplicada pelos revolucionários vietnamitas, cujo princípio da assimetria e da irregularidade das formações determinam as estratégias do campo de batalha. Para citar uma das adaptações, enquanto a guerra tradicional envolve o controle de posições, a guerra assimétrica aceita a perda de território em um primeiro momento a fim de armar a resistência e engajar o inimigo em uma guerra de desgaste a longo prazo. O objetivo não é vencer de um golpe só, mas tornar a guerra insustentável para o inimigo, a exemplo dos conflitos no Iraque e no Vietnã. Para tanto, essa estratégia borra as fronteiras entre campo de batalha e sociedade, entre soldado e cidadão. “A guerra mais vigorosa pode ser travada com pouco dinheiro, mas somente com muita coragem e boa vontade”, escreveu o célebre teórico militar prussiano Carl von Clausewitz sobre as chamadas “guerras pequenas” (kleinkrieg) e a “guerra do povo” (volkskrieg). “Lutar pela pátria” é a maior motivação para o soldado, afirmou Clausewitz, cujas reflexões sobre esta modalidade de conflito são menos conhecidas que seu grande tratado sobre as “guerras grandes”. Na América Latina, as guerrilhas marxistas que brotaram no pós-Segunda Guerra sofreram alguma influência dessa concepção, embora grande parte tenha também sido influenciada pelo “foquismo” de Che Guevara, que entendia ser possível fazer a revolução apenas a partir de uma vanguarda revolucionária como a que desceu da Sierra Maestra em janeiro de 1959 e derrocou o governo de Fulgencio Batista. Na Cuba moderna, porém, a assimetria da ameaça norte-americana – assim como o sucesso das estratégias de guerra assimétrica no século XX, do Vietnã ao Afeganistão sob ocupação soviética – explicam por que ela se tornou um pilar da doutrina militar cubana. LEIA TAMBÉM: Invasão secreta da CIA, sobrevoo de bombardeiros: os sinais de que Trump está disposto a derrubar Maduro na Venezuela Capacidade nuclear e 'espinha dorsal' da Força Aérea dos EUA: conheça o bombardeiro B-52, que sobrevoou a costa da Venezuela Maduro critica 'golpes de Estado da CIA' após Trump autorizar operações secretas na Venezuela ‘Guerra popular prolongada’ Venezuela inicia exercícios militares em ilha do Caribe em meio a tensões com os EUA Na Venezuela, o conceito foi articulado a partir de 2004 através do chamado “Novo Pensamento Militar”, sob o fantasma da invasão do Iraque em 2003. Não por acaso uma das influências sobre o pensamento militar venezuelano à época foi o cientista político espanhol Jorge Verstrynge, cujo livro sobre Islã e guerra periférica foi distribuído a dezenas de milhares de oficiais venezuelanos. O sociólogo alemão Heinz Dieterich definiu a doutrina venezuelana como “um filho sui generis da mesma parteira da história que engendrou as teorias militares da ‘guerra popular prolongada’ de Mao Tse Tung e Ho Chi Minh/Vo Nguyen Giap na Ásia, e da ‘guerra de todo o povo’ em Cuba”. A Milícia Bolivariana, criada oficialmente em 2008 a partir da expansão das forças de reserva militar nos anos anteriores, é, em tese, a encarnação dessa doutrina. A Milícia incorpora a população civil em tarefas de mobilização revolucionária e defesa nacional, valendo-se de um princípio contido na Constituição de 1999 sobre a “corresponsabilidade” de civis e militares pela defesa nacional. De 1,6 milhão de membros em 2018, segundo números oficiais, passou a 5 milhões em 2024. Em agosto de 2025, o governo anunciou que a meta é mobilizar um total de 8,5 milhões de cidadãos, embora o número de tropas com apresto para combate fique provavelmente nas dezenas de milhares. Mas o objetivo desta força não é duplicar o poder convencional das Forças Armadas, e sim oferecer capilaridade ao sistema de defesa territorial, aproveitando o conhecimento geográfico detalhado das comunidades para reforçar a resistência a nível hiperlocal. Na eventualidade de um conflito, é provável que uma grande parte dos milicianos e milicianas, em vez de pegar em armas, se dedicasse ao que o governo chama de “inteligência popular” – principalmente os alistados mais velhos. Nesse contexto, é preciso interpretar as imagens que circulam de milicianos e milicianas da terceira idade manuseando fuzis de forma desajeitada não como uma ilustração do poder militar da FANB, e sim como um recurso comunicacional para projetar a noção de “guerra de todo el pueblo” – a guerra em que participa toda a sociedade. Como me contou um oficial venezuelano durante minha visita a Caracas em 2024, todo miliciano e miliciana possui um MAL: missão, arma e local. Pode ser que a arma dos velhinhos e velhinhas das fotos “não seja o fuzil”, esclareceu o oficial. “Talvez seja inteligência.” Incertezas Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, aplaude soldados das Forças Especiais durante cerimônia em Caracas, na Venezuela, em 28 de agosto de 2025. Presidência da Venezuela via Reuters Existem, é claro, enormes incertezas sobre um cenário de conflito EUA-Venezuela, porque vários fatores carecem de definição em ambos os lados. Do lado venezuelano, a coordenação civil-militar em um cenário de conflito é uma tarefa extremamente complexa. Exercícios militares como o Escudo Bolivariano, que mobiliza centenas de milhares de tropas das forças convencionais, da Milícia Bolivariana e efetivos policiais, simulam ações prováveis, como incursão estrangeira, sabotagem e emergências, mas esta logística nunca foi testada na prática. Outra incerteza é sobre a coesão dos combatentes em um cenário de conflito. Fatores como grau de profissionalização, compromisso ideológico, patriotismo, disciplina e organização são decisivos. Cada um determina, à sua maneira, o comportamento das tropas no campo de batalha. Pode o comprometimento ideológico dos milicianos compensar as suas carências em profissionalismo? Estariam os oficiais subalternos das tropas profissionais dispostos a defender um governo acusado de subverter um resultado eleitoral legítimo? Abrir-se-ia um risco de golpe? Do lado americano, não existe clareza sobre qual seria o plano de Trump para a Venezuela. Assumindo que o objetivo de Washington é instalar um governo Edmundo González ou Maria Corina Machado no Palácio de Miraflores, como garantir a sobrevivência e a viabilidade de tal governo nos dias, semanas e meses subsequentes à tomada de poder? Como garantir que não haveria contragolpe ou golpe dentro do golpe? É difícil imaginar um cenário de conflito que não envolva uma boa dose de caos e possivelmente uma nova crise de refugiados venezuelanos no continente. É bom lembrar que Trump foi responsável por encerrar a presença americana no Afeganistão em 2021. A lógica da doutrina bolivariana é que as perspectivas de abrir um novo Iraque na América Latina sirvam como dissuasão para evitar um ataque. Pablo Uchoa não presta consultoria, trabalha, possui ações ou recebe financiamento de qualquer empresa ou organização que poderia se beneficiar com a publicação deste artigo e não revelou nenhum vínculo relevante além de seu cargo acadêmico. Veja os vídeos que estão em alta no g1