Piloto de avião que caiu sobre casa tem aeronave há 17 anos e sempre foi 'cuidadoso e criterioso' com manutenções, diz esposa

Piloto de avião que caiu sobre casa tem aeronave há 17 anos e sempre foi 'cuidadoso e criterioso' com manutenções, diz esposa

Imagens do local da queda do avião em Goiânia, 13/10/2025 O piloto Maurício Braga de Araújo, de 71 anos, que estava no avião que caiu em cima de uma casa em Goiânia, sempre foi "cuidadoso e criterioso" com as manutenções e exames, segundo a esposa dele, Sônia Ferreira Braga, ao g1. Ela contou que o avião é o "xodó" do marido, que tem a aeronave há 17 anos. O acidente aconteceu na segunda-feira (13), no Setor Santos Dumont. Sônia contou que o avião havia deixado a revisão há cerca de 60 dias e só havia feito duas viagens antes do acidente. "Depois que foi para a revisão, ele foi em duas viagens. Foi para Piracicaba, em São Paulo, e agora em Jataí, quando, na chegada, aconteceu esse acidente", explicou Sônia. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp Sobre a experiência do marido com a aviação, ela contou que ele sempre foi apaixonado por aviões e foi paraquedista, chegando a vencer um campeonato do exército aos 19 anos. Ela contou que ele começou a pilotar em 2004 e comprou a aeronave nova em 2008, escolhendo o prefixo PU-DNA, em homenagem à mãe dele, Dinah Araújo. Avião que caiu sobre casa em Goiânia, Goiás, tem prefixo em homenagem a mãe do piloto Arquivo pessoal/Sônia Ferreira Braga Ela destacou que o marido ficou sem pilotar durante a pandemia da Covid-19 e deixou o avião "encostado", mas fez todas as revisões e exames necessários para voltar a voar assim que o isolamento chegou ao fim. LEIA TAMBÉM: ENTENDA: Vídeo mostra avião após queda, em Goiânia DESESPERO: Moradores relatam desespero quando avião caiu sobre casa: 'Só ouvi o barulho' PROBLEMAS NO MOTOR: Avião que caiu sobre casa saiu de Jataí e teve problemas no motor, diz esposa do piloto Maurício Braga continuava internado no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), tendo sofrido um corte na cabeça que necessitava pontos. Sônia explicou que ele não teve fraturas e aguardava o resultado de um exame neurolígico. Conheça o avião Piloto Maurício Braga de Araújo e avião que caiu em Goiânia Arquivo pessoal/ Sônia Ferreira Braga de Araújo | Divulgação/Corpo de Bombeiros Trata-se de um monomotor anfíbio experimental do modelo Seamax M-22, com fabricação de 2008. Registrada sob a matrícula PU-DNA, a aeronave possui capacidade para dois ocupantes, sendo um passageiro e tripulação mínima de um piloto. O avião é classificado como construção amadora e está autorizado apenas para voos VFR diurnos (regras de voo visual durante o dia). Seu peso máximo de decolagem é de 600 kg, com operação negada para táxi aéreo - não pode oferecer serviços de transporte. A situação de aeronavegabilidade está registrada como normal. Queda do avião Avião cai em cima de casa, em Goiânia O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado sobre a queda de um avião na rua 24 do Setor Santos Dumont, em Goiânia, na segunda-feira (13). Aos socorristas, testemunhas relataram que o piloto sofreu apenas escoriações após a queda e conseguiu deixar a aeronave por conta própria. Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) afirmou que investigadores do Sexto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA VI) foram acionados para realizar a ação inicial da ocorrência envolvendo a aeronave (leia a nota completa ao final do texto). Segundo a esposa do piloto, Maurício estava em um encontro de aviação em Jataí, a cerca de 320 km de Goiânia, desde sábado (11). Enquanto ele voltava para o aeroporto em Goiânia, no dia do acidente, o motor da aeronave parou de funcionar e o piloto acabou caindo em cima da casa enquanto fazia o pouso de emergência, explicou Sônia. A moradora da casa foi socorrida por vizinhos logo após o acidente, e estava bastante assustada, de acordo com as testemunhas. Segundo o Corpo de Bombeiros, apesar do susto, ela não se feriu. INFOGRÁFICO: veja onde avião caiu em Goiânia Arte g1 Nota da FAB "A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), informa que, nesta segunda-feira (13/10), investigadores do Sexto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA VI) — órgão regional do CENIPA, com sede em Brasília (DF) — foram acionados para realizar a Ação Inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PU-DNA em Goiânia (GO). Durante a Ação Inicial, profissionais qualificados e credenciados aplicam técnicas específicas para coleta e confirmação de dados, preservação de elementos, verificação inicial dos danos causados à aeronave ou pela aeronave, além do levantamento de outras informações necessárias à investigação. Acompanhe a investigação Em breve, a ocorrência estará disponível para consulta no Painel SIPAER do CENIPA, acessível pelo site do Centro. Clique no menu “Ocorrências” e, em “Filtros de Pesquisa”, informe a matrícula da aeronave no campo “Matrícula”. Prazo para conclusão A conclusão dessa investigação ocorrerá no menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes. Ao término das atividades, o Relatório Final SIPAER será publicado no site do CENIPA, acessível a toda a sociedade. O CENIPA destaca que somente se pronuncia oficialmente sobre os resultados de suas investigações por meio da publicação do Relatório Final SIPAER, conforme disposto no art. 88-H da Lei nº 7.565/1986 (Código Brasileiro de Aeronáutica – CBA)." Avião que caiu em cima de casa deixou parte da estrutura destruída, em Goiás Divulgação/Corpo de Bombeiros Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

Marido e sogra acusados de matar professora envenenada em Ribeirão Preto prestam depoimento à Justiça

Marido e sogra acusados de matar professora envenenada em Ribeirão Preto prestam depoimento à Justiça

Luiz Antônio Garnica, Larissa Rodrigues, Elizabete Arrabaça, Ribeirão Preto, SP Reprodução/g1 A Justiça de Ribeirão Preto (SP) realiza nesta terça-feira (14) a última audiência da fase de instrução do processo sobre a morte por envenenamento da professora de pilates Larissa Rodrigues. Ela foi achada morta no apartamento em que morava com o marido, o médico Luiz Antonio Garnica. Garnica e a mãe dele, Elizabete Arrabaça, sogra de Larissa, são réus no caso e respondem por feminicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Eles estão presos desde maio. A previsão é de que eles sejam ouvidos à tarde, por videoconferência. Antes deles, a partir das 9h30, devem ser ouvidas cinco testemunhas de defesa, entre elas Antônio Luiz Garnica, pai do médico e ex-marido de Elizabete, além de Elizabete e um taxista. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Antes deles foram ouvidas seis testemunhas, entre elas Letícia Camilo Laurindo, com quem Garnica tinha um relacionamento extraconjugal. O Ministério Público e a Polícia Civil defendem que Larissa foi morta pela sogra em um plano elaborado pelo médico. Segundo a acusação, Garnica queria viver o relacionamento com Letícia, mas sem ter que enfrentar a partilha dos bens no divórcio. Além disso, sustenta que mãe e filho estavam endividados. As demais testemunhas foram Viviane Garnica, irmã de Garnica, o porteiro do prédio do casal, uma prima de Elizabete Arrabaça, um amigo de Larissa e o médico legista que fez a autópsia no corpo da vítima. LEIA TAMBÉM Justiça ouve amante de médico acusado de matar esposa envenenada e legista em Ribeirão Preto, SP Marido e sogra viram réus por morte de professora envenenada em Ribeirão Preto, SP Sopa envenenada, obsessão por amante e interesse financeiro: as acusações do MP contra marido e sogra de professora assassinada Próximos passos Depois de encerrada a fase de instrução, tanto os advogados de defesa quanto o Ministério Público terão prazo de duas semanas para contestar as alegações ao juiz. Depois disso, a Justiça terá três opções com relação ao processo: entender que os acusados não cometeram crime, o que os tornaria livres; decidir pelo júri popular, na chamada pronúncia; fazer um julgamento sem jurados, apenas por meio de sentença. Letícia Camilo Laurindo, atual companheira do médico Luiz Antonio Garnica, acusado de matar esposa envenenada em Ribeirão Preto, SP Carlos Trinca/EPTV Morte por envenenamento Larissa Rodrigues, de 37 anos, foi encontrada morta no apartamento em que vivia com Garnica na manhã de 22 de março, no Jardim Botânico, zona sul da cidade. Exames detectaram a presença de chumbinho no organismo da vítima. A investigação afirma que, no início de março, Larissa havia descoberto que o marido mantinha uma relação extraconjugal. A Polícia Civil e o Ministério Público concluíram que a professora começou a ser envenenada pela sogra, a mando do filho, para evitar uma partilha de bens. Tanto Garnica como Elizabete estavam endividados e tinham interesse em manter o patrimônio nas mãos do médico em caso do divórcio dele. A professora de pilates Larissa Rodrigues morreu em Ribeirão Preto, SP, em março deste ano Arquivo pessoal Segundo o MP, em algumas ocasiões, Garnica chegou a buscar a sopa envenenada preparada pela mãe para oferecê-la à esposa. Além disso, ele medicou Larissa em pelo menos duas ocasiões com substâncias providenciadas pela mãe, sem que a vítima soubesse o que estava ingerindo. Na véspera da morte, Garnica entrou em contato com a mãe, que esteve no apartamento da nora por cerca de quatro horas. A defesa do médico atribui o crime exclusivamente à mãe dele. Já a defesa de Elizabete afirma que ela não teve envolvimento com a morte de Larissa. Amante de Luiz Garnica presta depoimento em audiência em Ribeirão Preto, SP Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

‘Caminhos do Brasil’ discute desafios e perspectivas para a economia brasileira. Saiba como acompanhar

‘Caminhos do Brasil’ discute desafios e perspectivas para a economia brasileira. Saiba como acompanhar

As perspectivas e os desafios à frente da economia do Brasil serão tema de mais um evento da série Caminhos do Brasil, em São Paulo, na tarde desta terça-feira. Caminhos do Brasil é iniciativa dos jornais O GLOBO e Valor Econômico e da rádio CBN, com o patrocínio do Sistema Comércio, através da CNC, do Sesc, do Senac e de suas federações. Esta edição integra a programação do CNC Global Voices, evento exclusivo com importantes personalidades globais, explorando insights sobre política e economia. E pode ser revisto pelas páginas do GLOBO no Facebook e no YouTube pelo seguinte link: O debate, que será realizado no Hotel Grand Hyatt, na capital paulista, contará com a participação de Erminio Lucci, CEO da BGC Liquidez; João Braga, fundador da Encore Capial, e Octávio Magalhães, diretor de Investimento da Guepardo Investimentos. E contará com a mediação de Luciana Rodrigues, editora de Economia do GLOBO, e Alex Ribeiro, repórter especial do Valor Econômico.

STF garante segurança a Barroso mesmo após deixar o tribunal

STF garante segurança a Barroso mesmo após deixar o tribunal

A aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), não deve mudar o esquema de segurança em torno do ministro, que encerra suas atividades na Corte nesta semana. Barroso terá direito a uma segurança vitalícia do STF, conforme decisão recente do próprio tribunal, que garantiu o benefício aos magistrados aposentados. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Cinco hotéis baianos são destacados pelo Guia Michelin; saiba quanto custa se hospedar em cada um deles

Cinco hotéis baianos são destacados pelo Guia Michelin; saiba quanto custa se hospedar em cada um deles

g1 em 1 Minuto: conheça novas regras de check-in e check-out em hotéis Vista para o mar, spa e heliporto são algumas das características dos hotéis baianos destacados pelo Guia Michelin, divulgado em outubro deste ano. Os empreendimentos ficam nas cidades de Salvador, Itacaré, no sul do estado, e Porto Seguro, no extremo sul. A publicação, conhecida mundialmente pelas estrelas concedidas a restaurantes, lançou uma nova classificação, simbolizada por chaves, voltada para os estabelecimentos do ramo de hospedagem. Os 20 melhores hotéis do Brasil em 2025 foram divulgados. ️ A nova categoria segue a mesma lógica das estrelas: quanto mais chaves, maior o reconhecimento. A classificação máxima é de três chaves. Na Bahia, cinco hotéis foram reconhecidos — todos eles com uma chave. Se hospedar em um desses empreendimentos custa a partir de R$ 2,2 mil a diária. O g1 reuniu informações sobre os hotéis premiados. Confira abaixo ⬇️ Barracuda Hotel & Villas Barracuda Hotel e Villas, em Itacaré Tarso Figueira Localizado em Itacaré, no sul da Bahia, o hotel fica no topo de uma falésia rodeada por palmeiras. O empreendimento tem piscina com borda infinita e terraços de madeira com vista para o mar e a natureza. O hotel tem deck de yoga, quadras para a prática de esportes e a equipe de funcionários organiza aulas de surfe, caminhadas e canoagem nas proximidades De acordo com o Guis Michelin, é possível encontrar diárias a partir de R$ 3,8 mil. Fasano Trancoso O Fasano Trancoso, localizado em Trancoso Divulgação/Fasano Trancoso O hotel fica localizado em Trancoso, destino turístico luxuoso que fica em Porto Seguro, no sul da Bahia, e já foi eleito o 10° melhor do mundo pela revista americana de viagens Travel and Leisure. Os quartos do hotel são bangalôs integrados à natureza e é possível encontrar opções com decks na cobertura com vista para o mar. O empreendimento conta com duas piscinas, uma quadra de tênis de praia, uma academia e um spa, além de restaurantes e bar. De acordo com o Guia Michelin, é possível encontrar diárias a partir de R$ 3,3 mil. Fasano Salvador Hotel Fasano Salvador, na Praça Castro Alves Alan Oliveira/G1 Localizado no antigo prédio do Jornal A Tarde, o hotel é um marco Art Déco dos anos 1930. O espaço fica na Praça Castro Alves, no Centro Histórico de Salvador, e tem vista elevada para a Baía de Todos-os-Santos. O empreendimento, que é o oitavo hotel de luxo da marca Fasano no Brasil, tem deck com piscina, spa, centro fitness e restaurante. De acordo com o Guia Michelin, é possível encontrar diárias a partir de R$ 2,4 mil. Quanto custa se hospedar nos melhores hotéis brasileiros do mundo, segundo o Guia Michelin Fera Palace Hotel Evento filantrópico de Gisele Bündchen leiloa diárias de hotel de luxo para o carnaval de Salvador Divulgação/Fera Palace O hotel está localizado na Rua Chile, no Centro de Salvador, perto de pontos turísticos como Pelourinho, Cruz Caída e Elevador Lacerda. O prédio é de 1934, em estilo Art Déco, e o hotel já recebeu nomes como Carmen Miranda e Pablo Neruda. O empreendimento tem deck com piscina e vista para a Baía de Todos-os-Santos, bar e restaurante. De acordo com o Guia Michelin, é possível encontrar diárias a partir de R$ 2,2 mil. Txai Resort O resort fica em Itacaré, no sul da Bahia, e une o ecoturismo ao alto luxo. As suítes ficam em uma construção central de frente para o mar ou em bangalôs sobre palafitas espalhados por coqueirais. Em alguns deles, há piscinas de hidromassagem ao ar livre ou piscinas privativas. Os hóspedes podem aproveitar os tratamentos no spa, aulas de surfe, passeios a cavalo, caminhadas em trilhas e expedições em caiaque ou pequenos barcos à vela. De acordo com o Guia Michelin, é possível encontrar diárias a partir de R$ 3,3 mil. LEIA TAMBÉM: Com diárias que podem passar de R$ 8,8 mil, resort de luxo na Bahia é eleito pela 6ª vez o melhor da América do Sul; conheça Secretaria municipal autoriza estudo para transformar palacete em hotel de luxo em Salvador Hotel em que Shawn Mendes ficou hospedado em Trancoso tem heliponto, piscina privativa e diárias de R$ 6 mil Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia

Não é só no Brasil, mundo também tem mais sem teto: Europa tem quase 900 mil pessoas nas ruas

Não é só no Brasil, mundo também tem mais sem teto: Europa tem quase 900 mil pessoas nas ruas

O aumento da população em situação de rua não é um fenômeno que só acontece no Brasil. Os países desenvolvidos, como os Estados Unidos, nações da União Europeia e Austrália têm visto a população sem teto aumentar, mesmo antes da pandemia, dizem especialistas. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Como uma ligação e uma chance de Zé Ricardo mudaram a carreira de Hugo Moura, volante do Vasco

Como uma ligação e uma chance de Zé Ricardo mudaram a carreira de Hugo Moura, volante do Vasco

Uma ligação telefônica e uma chance de Zé Ricardo mudaram o destino de Hugo Moura. O volante, hoje peça importante do Vasco de Fernando Diniz, atuando até como zagueiro, por pouco não abandonou o futebol ainda na adolescência. A distância da pequena Rio Claro, a 128 quilômetros do Rio de Janeiro, as dificuldades financeiras e os sacrifícios aos quais a família era submetida quase custaram mais uma carreira promissora do futebol brasileiro. Em entrevista ao Globo, o jogador falou sobre o início no futebol, o momento no Vasco, as mudanças na vida pessoal e o salto ao profissional. — Era muito difícil. Por eu ser só uma pessoa na minha cidade, que tem poucos habitantes, dificultava muito o trajeto até o Rio. Às vezes, a gente não tinha condições de ir para o treino (na base do Flamengo, em Vargem Grande). Meu pai, meu avô e minha mãe sempre fizeram o impossível para me levar para treinar. A gente pediu ajuda, só que não veio naquele momento. Eu via o sofrimento do meu avô e do meu pai de ter que me levar para o Rio. Eu era muito novo, adolescente. Cheguei um dia em casa e tomei a decisão de não jogar mais. Estava vendo a complicação de alugar casa, de me levar para o treino. Eu era muito colado com meu avô, que tinha que trabalhar, e com os amigos da cidade. Meu avô é taxista. Ele tinha que fazer as viagens dele. Na adolescência, a gente acaba não entendendo muitas das coisas, a grandeza daquela oportunidade que eu tinha ali, na base do Flamengo. Fiquei um ano fora. Desisti de jogar por um ano. A reviravolta contou com a participação de Zé, um personagem do futebol, assim como Hugo, com passagens importantes por Flamengo e Vasco. Foi o técnico quem avaliou o jovem em seu retorno e balizou o prosseguimento de sua carreira. — Recebemos uma ligação de um treinador de goleiros e de um diretor do Flamengo para retornar. Fizemos uma reunião em casa, com meu avô, com meu pai, minha mãe e minha avó, para ver se valeria a pena. Não sabíamos até onde isso poderia chegar, e a nossa situação financeira não ajudava muito. O treinador do sub-15 era o Zé Ricardo. Resolvemos voltar a treinar. Quando cheguei, ele me deu uma semana de teste para ver se eu tinha qualidade para ficar. Treinei e, no fim da semana, ele me aprovou de novo. Ali começou verdadeiramente minha carreira na base. A situação complexa de deslocamento melhorou quando a família, entre trocas de endereço, conseguiu enfim alugar um imóvel próximo ao CT. — Antes de eu sair, a gente tinha acabado de alugar uma casa em Santa Cruz. Eu ia e voltava de ônibus para o CT. Parei e, quando voltei, no outro ano, conseguimos alugar uma casa em Vargem Grande, a cinco minutos do CT. Aí, as coisas foram acontecendo naturalmente. Fui amadurecendo, coisa que o futebol faz com o jogador. A gente acaba tendo responsabilidade, amadurecendo mais cedo. Cuidar das nossas coisas, não sair para a noite, não fazer coisas erradas… a gente cria uma casca muito grande com 15, 16, 17 anos. Hugo, então, trilhou carreira por grandes clubes do futebol brasileiro. Profissionalizou-se no Flamengo, passou pelo Coritiba por empréstimo, teve uma experiência para esquecer no futebol da Suíça e rumou ao Athletico. Em 2024, aceitou uma proposta do Vasco. No cruz-maltino, a trajetória foi sinuosa, mas o volante, hoje com 27 anos, deu mais uma volta por cima. Veja todos os tópicos da conversa com Hugo Moura: Como foi receber essa proposta e decidir ir para o Vasco? Em 2022, chegamos numa final (da Libertadores, pelo Athletico). No fim do ano, chega o Fernandinho, um cara referência como volante. Em 2023, acabo não jogando tanto como titular, mas faço alguns jogos. Começa 2024, muda treinador, somos campeões paranaenses, pensava em ter sequência para fazer uma boa temporada, pensar algo grande, ganhar títulos pelo Athletico. É nesse tempo que chega a proposta do Vasco. Ficamos “vamos ou não?”. Conversei com minha esposa. Tínhamos casamento marcado. Sairíamos de Curitiba para o Rio de Janeiro? Isso mudou um pouco nossa rotina, criou um pouco de dúvidas no começo. Mas eu e minha família sabemos da grandeza do Vasco, o que o clube passa. Vimos que o torcedor vinha sofrendo. Isso me deu uma motivação para vir. Tinha essa ambição de ajudar. Conversamos com meu empresário. Deu tudo certo com a proposta e graças a Deus eu vim para o Vasco. Teve algum problema por ir ao Vasco com passagem pelo Flamengo? No começo, a gente sabe que fica um pouco de desconfiança, de dúvida. Estou muito feliz no clube. Isso, para mim, acaba sendo leve. Hoje, é o Vasco que coloca comida na minha casa. Dou meu máximo dia após dia, jogo após jogo, para fazer o vascaíno e a diretoria felizes, porque me deram esse voto de confiança. Vou dar sempre o meu máximo, independente do meu passado no rival. Estou muito feliz aqui e que possamos nos alegrar na temporada. Logo num dos seus primeiros jogos, você é expulso justamente contra o Athletico (derrota por 1 a 0, pela 5ª rodada do Brasileirão de 2024) e vira alvo de muitas críticas. Como foi lidar com esse momento? O dia e a semana foram muito ruins. Por eu ter saído do clube, pelo meu sogro (o técnico Cuca) ser treinador do Athletico. Ficou muito pesado. Estávamos lá embaixo na tabela. Muitas das vezes o torcedor acha que a gente quer fazer aquilo (ser expulso). Nunca que algum jogador vai entrar para fazer aquilo. Tomei muita porrada nesse jogo, muitas mensagens xingando família, que eu não poderia pisar na rua. Quando a gente entra para jogar, sabemos que muitos torcem a favor e muitos torcem contra. No mundo todo, jogadores falham, é normal. Ainda mais no Brasil, com muitos jogos. O cansaço bate, as coisas batem, e tem jogo que vamos acabar falhando, claro. Não somos perfeitos. E você deu a volta por cima… Coloquei minha cabeça no lugar, me juntei à família. Eles me ajudaram muito. Essa expulsão mexeu muito com minha cabeça. Tinha acabado de chegar ao clube, via o sofrimento da torcida. Já estava me sentindo meio derrotado. Mas quando vim, sabia que Deus tinha algo muito grande para mim, não ia terminar daquele jeito. Continuei trabalhando, fazendo aquilo que sei, porque sabia que uma hora a oportunidade bateria na porta de novo e eu aproveitaria muito bem. Cinco jogos depois, contra o São Paulo, a oportunidade bateu à porta e ganhamos por 4 a 1. Depois dali, as coisas fluíram naturalmente e consegui terminar a temporada passada muito bem. Meses depois, você marca o gol da vitória em jogo contra o Athletico, depois de ter outro anulado no mesmo jogo (2 a 1, partida de ida das quartas da Copa do Brasil em São Januário)... Antes daquele jogo, eu não tinha feito gol (pelo Vasco). Não sou de fazer muitos gols, de pisar na área. Por incrível que pareça, nesse jogo faço dois. Deus estava comigo nesse momento. Quando fiz o gol de voleio e o juiz deu impedimento (de Vegetti), fiquei tranquilo. Sabia que algo viria, que não tinha acabado o jogo ali. Empatamos e viramos com um gol meu. Foi uma felicidade muito grande não só minha, como da minha família, depois de tudo que passei no jogo na Arena. Hugo Moura agradece a Deus após marcar em Vasco x Athletico-PR Guito Moreto Imaginou que poderia jogar como zagueiro com Fernando Diniz? Eu já tinha jogado alguns poucos jogos como zagueiro, já tinha um pouco de noção. Fui pego um pouco de surpresa. Saberia que poderia acontecer em algum jogo. Depois da venda do João Victor, ele passou a me colocar mais de zagueiro. Fico feliz pela confiança e por sentir que estou ajudando ele de alguma forma. Sabemos do grande treinador que o Diniz é. Se ele me coloca nas duas posições, é porque ele confia. Vou dar o meu máximo para ajudar. Fernando Diniz, técnico do Vasco Matheus Lima/Vasco A troca de posição muda bastante em termos de jogo? Muda um pouco, sim. Ele explica muito bem o que ele quer como zagueiro. A gente treina bastante. Cada dia, treino e jogo, vamos observando os movimentos. “É desse jeito”. Ele nos ajuda, nos passa confiança e a coisa vai fluindo. Vamos pegando a maneira de jogar treino a treino. Sabemos que não temos muito dias para treinar, é jogo atrás de jogo. Mas pela conversa, pelos vídeos, conseguimos entender o que ele quer. O Diniz é muito elogiado por quem trabalhou com ele. Como é esse dia a dia? Melhoramos bastante com a chegada do Diniz. Sabemos da qualidade e do tanto que trabalhamos com ele. Somos cobrados demais, mas sabemos que dá resultado. Nesse Campeonato Brasileiro, jogamos muitos jogos bem, dominamos e o resultado não vinha. Contra o Grêmio, contra o Internacional, por exemplo. Empatamos os jogos que se tivéssemos ganho, estaríamos lá em cima na tabela. Isso está nos dando confiança, jogar e treinar bem. Isso que ele faz, que ele cobra. Chegar no jogo e ter coragem de fazer o que treinamos. Acredito que as coisas estão caminhando bem porque sabemos da grandeza do Diniz como treinador. O Vasco é novamente semifinalista da Copa do Brasil, passando por jogos tensos, com disputas de pênaltis. O time está ficando “copeiro”? Contra o Operário, por exemplo, há um lance em que você tenta desestabilizar o time deles nas cobranças de pênalti. É claro que a gente não quer que os jogos vão para os pênaltis. É um sofrimento, o coração começa a bater mais forte. Só que, ao mesmo tempo, temos um goleiro (Léo Jardim) que nos passa muita confiança, que faz defesas, nos colocou nas quartas e na semi. Não queremos, mas se precisar ir para os pênaltis, ficamos confiantes. Sabemos que ele vai defender um e temos que nos concentrar para bater bem. Contra o Operário, foi coisa do jogo. A gente tinha perdido um pênalti, criamos um pouco de discussão para ver se acontecia alguma coisa. Às vezes dá certo, às vezes não dá. Naquele momento, deu certo e a gente conseguiu se classificar. E agora tem mais um clássico na semifinal… A gente sabe da importância e da dificuldade da Copa do Brasil. São dois jogos e temos que estar preparados para os dois. Qualquer vacilo, ainda mais como foi nesse clássico com o Botafogo, pesa. Era nos detalhes. Quem errar menos, passa. Fica um jogo muito mental. Temos que saber vencer o Fluminense nos detalhes para conseguir essa ida à final, que é muito importante para mim, pessoalmente, para o elenco, para o clube, para a torcida e para o presidente. Sabemos que a torcida merece uma final, ser campeã. Deixar para trás esses anos que o Vasco passou e dar um momento de alegria. Como conheceu sua esposa, Natasha? Conheci ela quando jogava no Athletico, em 2023. A gente se conheceu, as coisas caminharam. Estávamos ficando direto, caminhou para um namoro. Em 2024, estávamos em casa e o Cuca liga para ela e fala que está acertando com o Athletico. Liguei para os amigos de lá e falei que poderia acontecer. Ele acertou com o Athletico, jogamos o paranaense juntos e fomos campeões. Initial plugin text Qual a importância da família na pressão do dia a dia? Em qualquer lugar existe pressão, mas a Natasha (esposa), a Eloah, o Arthur (enteada e filho), dão todo o suporte dentro de casa. As coisas começam a fluir, acontecem naturalmente. Quando estou num momento ruim, venho para casa e acabo me alegrando vendo minha família bem e feliz. Isso que importa. Às vezes estamos num dia ruim, mas chegamos em casa e esquecemos um pouco, ficamos com a família. Me dão todo suporte. Claro, quando as coisas caminham bem, eles ficam mais felizes, podemos sair para jantar, ir ao shopping. As coisas ficam mais tranquilas e leves. Tem algum programa favorito no Rio? Eu sou mais caseiro, minha esposa até briga comigo. “Você não sai, só fica em casa” (risos). Mas quando saio, saímos para jantar, shopping, levar as crianças em brinquedos e parques, praia. Mas sou mais caseiro. Como foi a experiência no Lugano, na Suíça? Não foi uma experiência boa. Não desejo para ninguém. Saí do Flamengo e fui para um projeto na Suíça com dois brasileiros entre os jogadores (o atacante Luis Phelipe, hoje no Sheriff-ROM e o lateral Yuri, hoje no Athletic-MG) e o Abel Braga como treinador. Com uma semana de treinamentos, eu jogaria contra o Young Boys, mas o clube foi vendido e o diretor falou que eu não faria mais parte do elenco. “Você é estrangeiro e queremos jogadores nossos”. Estava dando o dia do meu pai ir embora (da Suíça) e eu fiquei sozinho, sem jogar, treinando separado e sem poder voltar porque a janela tinha fechado. Foi um momento difícil, de pensar na minha carreira. Passa tudo na cabeça do jogador. Estar lá fora, longe da família e do filho, sem jogar. A gente fica mal de cabeça, pensando “por que eu vim para cá?”. Aquilo foi um aprendizado muito grande. Às vezes o jogador precisa passar por isso para abrir a mente ou logo depois vai ter uma coisa muito boa e você vai precisar ter casca. Fiquei um mês e meio sem treinar, pedimos para voltar, treinar no Rio. Ficamos um tempo lá ainda. Como fechou a janela, voltei para o Rio e fiquei só treinando no Flamengo. Fiquei seis meses sem jogar. Em janeiro, fui para o Athletico. Vivi uma temporada muito legal, com final de Libertadores. Dos 12 jogos, joguei 11 como titular. Em um, estava com Covid. Passei por aquela situação, mas logo ali na frente, graças a Deus, dei a volta por cima e consegui dar sequência a minha carreira. Quem são seus grandes amigos no futebol? Tem o Thiago Heleno, ex-Athletico. O Souza, que estava no Vasco. O Léo Pelé, que foi para o Athletico. Lucas Freitas e Lucas Oliveira aqui no Vasco, o Maicon que está no Coritiba e é um parceirão nosso. Coutinho, Tchê Tchê e Léo Jardim, que me dou melhor no elenco. Mas me dou bem com todo mundo, graças a Deus. Todos são meus parceiros. Se tiver que falar todos, falo com o maior prazer. São todos meus amigos. Você e o Barros, que chegou agora, fizeram uma boa dupla de volantes nos últimos jogos. Como foi isso? Eu jogava também com o Tchê Tchê, um cara que foi campeão por onde passou. Aprendo muito com ele. Sou uma pessoa bem humilde para querer aprender. Aprendo com o Barros, que é um garoto novo. Não tenho nenhum tipo de orgulho de “é mais novo, é mais velho”. Tendo a aprender a cada dia. Eu e Tchê Tchê fizemos jogos excelentes, coisas muito boas. Ele acaba tendo uma lesão e vem o Barros. Eu estava na zaga, depois fizemos a dupla. E creio que deu certo também. Fomos bem contra o Flamengo, depois contra o Bahia, ganhamos, e depois ganhamos do Cruzeiro também. Foi uma sequência muito dura em que a gente se saiu muito bem. É seguir nessa temporada. Vamos ver quem o professor vai colocar no meio. Quem ele colocar, vamos estar bem servidos. Qual é o seu maior objetivo, hoje, no futebol? Eu sempre tive um sonho, que todo jogador tem, que é vestir a camisa da seleção brasileira. Fui convocado na base, foi uma emoção muito grande. Hoje, no Vasco, vestindo essa camisa pesada, meu sonho é ser campeão dessa Copa do Brasil, que está muito próxima para nós (está nas semifinais). Vim para o Vasco para ajudar, fazer a torcida feliz, porque ela merece demais. É um sonho que vou fazer de tudo para ser realizado. Seria uma emoção muito grande não só para mim, quanto para minha família, para o Vasco, para o presidente, para a torcida. Eles merecem.

Serial Killer teria matado mulher para incriminar ex-namorado PM que era casado, diz investigação

Serial Killer teria matado mulher para incriminar ex-namorado PM que era casado, diz investigação

A Polícia Civil de São Paulo investiga uma série de assassinatos atribuídos a Ana Paula Veloso Fernandes, estudante de Direito de 36 anos, apontada como uma possível serial killer. Segundo as investigações, ela teria envenenado e matado pelo menos quatro pessoas entre janeiro e maio deste ano. Em todos os casos, Ana Paula foi a última pessoa a ter contato com as vítimas e a primeira a acionar a polícia. Um dos crimes foi o assassinato de Maria Aparecida Rodrigues, em abril, na capital paulista. De acordo com a polícia, Ana Paula teria matado a vítima com o objetivo de incriminar um ex-namorado, policial militar e casado, com quem teve um breve relacionamento. Após o término do caso, Ana Paula teria arquitetado um plano de vingança. Usando um nome falso — “Carla” — ela conheceu Maria Aparecida por meio de um aplicativo de namoro. Segundo a polícia, no encontro, Ana Paula convenceu a vítima a comprar um chip de celular e escrever um bilhete com frases como “homem perigoso” e “vai me matar”, mencionando o nome do PM. Em seguida, ofereceu um bolo envenenado à mulher, que morreu horas depois. "Ela conheceu através de um aplicativo de namoro e minha mãe só falou dela um dia antes de ela sair com ela", conta a filha da vítima. Apesar da tentativa de manipular a cena do crime, o boletim de ocorrência foi inicialmente registrado como morte natural, o que teria frustrado Ana Paula. Dias depois, ela voltou a procurar a polícia, alegando ter encontrado outro bolo supostamente envenenado em sua sala de estudos, acompanhado de um bilhete assinado com o nome da esposa do policial com que ela se envolveu. A intenção, segundo os investigadores, era reforçar a narrativa de que o PM estaria envolvido em uma tentativa de envenenamento. Policial: Mas como sabe que esse bolo é envenenado, senhora? Ana Paula: Todo mundo já cheirou o bolo e está sentindo um odor forte. "A gente passou a desconfiar do comportamento dela, ela comparecia constantemente à delegacia para saber do inquérito, saber se o bolo estava mesmo envenenado, esse é o ponto de virada da investigação. Estávamos diante de uma serial killer e começamos aí uma luta contra o tempo. O nosso medo era que ela viesse a matar outras pessoas", diz o delegado Halisson Ideião. Ana Paula é considerada uma assassina em série pela polícia de São Paulo Reprodução/TV Globo/Fantástico Outros crimes e investigação Além de Maria Aparecida, Ana Paula é suspeita de matar Marcelo Fonseca, em Guarulhos; Raider Maheris, um tunisiano de 21 anos com quem também se relacionou; e Neil Correia da Silva, no Rio de Janeiro, este último em um suposto assassinato por encomenda, a pedido da filha da vítima, Michele Paiva de Queiroz. Ana Paula e sua irmã, Roberta, que teria participado de parte dos crimes, estão presas. Michele também foi detida na faculdade onde estuda, no Rio. A polícia afirma que Ana Paula apresentava comportamento manipulador e prazer em matar, sendo investigada como uma serial killer pelo Núcleo de Análise Comportamental do DHPP. A defesa das irmãs nega as acusações. Em depoimento, Ana Paula admitiu envolvimento em alguns casos, mas negou o uso de veneno. A conclusão do inquérito ainda depende de laudos periciais e novas diligências. Veja a reportagem completa no vídeo abaixo: Estudante de Direito é suspeita de envenenar e matar pelo menos quatro pessoas Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts, trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo. PRAZER, RENATA O podcast 'Prazer, Renata' está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts. Siga, assine e curta o 'Prazer, Renata' na sua plataforma preferida. BICHOS NA ESCUTA O podcast 'Bichos Na Escuta' está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts.

Serial killer é acusada de forjar gravidez com ajuda da irmã gêmea e depois matou o ex com milkshake envenenado, diz investigação

Serial killer é acusada de forjar gravidez com ajuda da irmã gêmea e depois matou o ex com milkshake envenenado, diz investigação

Ana Paula Velloso Fernandes, de 36 anos, estudante de Direito, é suspeita de ter matado ao menos quatro pessoas, incluindo um ex-namorado tunisiano Ryder Maheris, de 21 anos. De acordo com as investigações, Ana Paula e a irmã Roberta forjaram uma gravidez para pressionar o jovem a manter o relacionamento. Ao ser rejeitada, Ana Paula teria comprado um milkshake, adicionado veneno e levado até a casa dele. Ryder passou mal e morreu pouco depois. "A Ana Paula tenta ali, finge que está socorrendo ele. Ela chega a mandar um vídeo para a irmã, que tinha ciência também do plano criminoso. Logo depois, o Ryder vem a morrer", diz o delegado Halisson Ideião. Ana Paula e a irmã Roberta estão detidas. Em depoimento, Ana Paula confessou envolvimento nos crimes, mas negou o uso de veneno. A defesa das irmãs nega as acusações. LEIA TAMBÉM: Serial killer sorri e dissimula reação ao receber notícia de vizinho morto em SP, diz polícia; VÍDEO Serial killer: estudante de Direito é investigada por quatro mortes com suspeita de envenenamento 'Ajudei uma amiga que mandou matar o pai': vídeo mostra confissão de serial killer Serial killer fazia questão de alertar a polícia após cometer crimes, diz investigação; OUÇA ÁUDIO Serial killer O Núcleo de Análise Comportamental do DHPP de São Paulo acompanha o caso, classificando Ana Paula como uma serial killer. Segundo a investigação, o padrão de comportamento, o prazer em matar e a indiferença à motivação são consistentes em todos os crimes atribuídos a ela, tornando-a um dos casos mais complexos de homicídio por envenenamento no estado. A defesa de Ana Paula afirma que ela apenas relatou os fatos à polícia e que a verdade será esclarecida ao final das investigações. Ana Paula é considerada uma assassina em série pela polícia de São Paulo Reprodução/TV Globo/Fantástico Veja a reportagem completa no vídeo abaixo: Estudante de Direito é suspeita de envenenar e matar pelo menos quatro pessoas Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts, trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo. PRAZER, RENATA O podcast 'Prazer, Renata' está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts. Siga, assine e curta o 'Prazer, Renata' na sua plataforma preferida. BICHOS NA ESCUTA O podcast 'Bichos Na Escuta' está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts.

Câncer de tireoide: Everton Ribeiro jogou futebol até um dia antes da cirurgia

Câncer de tireoide: Everton Ribeiro jogou futebol até um dia antes da cirurgia

A luta de Everton Ribeiro contra o câncer O meio-campista Everton Ribeiro, capitão do Bahia, revelou neste domingo (13) que passou por uma cirurgia para retirada de um câncer na tireoide. O procedimento foi realizado na última segunda-feira (7), em São Paulo, e, segundo o boletim médico, não há necessidade de tratamento complementar. O jogador, de 36 anos, surpreendeu ao contar que seguiu atuando normalmente até um dia antes da operação. Em entrevista ao Fantástico, Everton e sua família compartilharam os momentos de tensão e superação desde a descoberta da doença. O diagnóstico veio após exames de rotina realizados no retorno das férias do elenco do Bahia, em 28 de junho. “Não sentia nada. Foi exame de rotina, pequenas variações nos hormônios que os médicos estavam atentos”, contou o jogador. A investigação começou com alterações no exame de sangue, seguidas por um ultrassom e uma biópsia aspirativa da tireoide. O resultado confirmou um câncer papilífero, tipo mais comum e de evolução geralmente lenta. “É um tumor que tem alta probabilidade de cura”, explicou o médico responsável. A notícia abalou a família. “Foi um choque. Ele ligou e eu esperava ouvir que estava tudo bem. Mas ele disse: ‘Linda, infelizmente é maligno’”, relatou Marília, esposa do jogador. “Fui para o quarto e chorei sozinho”, completou Everton. Mesmo diante do diagnóstico, o atleta optou por manter o sigilo e seguir com sua rotina no clube. Apenas Marília e um pequeno grupo de profissionais do Bahia sabiam da situação. “Não era uma cirurgia tão urgente, mas também não poderia ser adiada por muito tempo”, explicou. A tireoidectomia — remoção completa da glândula — foi realizada com sucesso. Everton agora depende de reposição hormonal por meio de comprimidos. “Tem uma nova tireoide que o doutor falou, que é em comprimido, e vai ser para a vida toda”, disse. A revelação pública da doença veio após a cirurgia, e o apoio de fãs, colegas e profissionais do futebol foi imediato. “Acordar e ver o carinho de tantas pessoas foi muito gratificante”, afirmou o jogador. Everton ficará afastado por pelo menos duas semanas, em um momento decisivo do Campeonato Brasileiro. A volta aos treinos será feita com cautela. “É uma cirurgia no pescoço, então tem que tomar cuidado. Meu esporte é de muito contato”, explicou. Apesar do susto, Everton e sua família celebram a superação. “Não foi fácil lidar com essa informação, mas isso aumentou a nossa parceria. Hoje podemos dizer que vencemos”, disse Marília. “Agora é curtir a família e seguir com fé e coragem para enfrentar o que vier pela frente”, completou o jogador. Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts, trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo. PRAZER, RENATA O podcast 'Prazer, Renata' está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts. Siga, assine e curta o 'Prazer, Renata' na sua plataforma preferida. BICHOS NA ESCUTA O podcast 'Bichos Na Escuta' está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts.

Polícia investiga morte de menina de 3 anos que família diz ter tomado remédios controlados da mãe

Polícia investiga morte de menina de 3 anos que família diz ter tomado remédios controlados da mãe

Menina de 3 anos morre após ingerir medicamentos da mãe em Castelo A Polícia Civil está investigando a morte de Isabela Barbosa Sgrâncio, de 3 anos, em Castelo, no Sul do Espírito Santo. De acordo com familiares, a menina teria ingerido comprimidos de um medicamento controlado da mãe, que ficavam guardados em cima da sapateira. Ela morreu no último sábado (11). O corpo da menina foi enterrado no domingo (12). A família optou por não realizar o velório devido às circunstâncias da morte. Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp A criança morava com a mãe e mais dois irmãos no bairro Cava Roxa. A tia da mãe de Isabela, Lucimar Barbosa, contou que saiu para comprar pão e, quando voltou, encontrou a criança já passando mal. Ela acredita que a menina acordou antes dos demais moradores e tomou a medicação controlada da mãe. Família da menina de 3 anos que morreu após tomar remédios da mãe morava em Castelo, no Sul do ES Reprodução/TV Gazeta “Eu peguei e fomos lá embaixo comprar um pão para dar café às crianças. Quando eu cheguei aqui, a neném já estava naquele estado. Ela já estava meio grogue. Na hora que eu fui lá, a mãe dela estava dormindo. Só que eles acordam cedo”, contou Lucimar. Ela disse ainda que a mãe da menina acionou o SAMU ao perceber que a filha estava alterada. LEIA TAMBÉM: PENSÃO ATRASADA: Pai vai à delegacia buscar moto usada por filho sem CNH e acaba preso por não pagar pensão +MILIONÁRIA: 'Capital do Ovo' procura os ganhadores de R$ 173 milhões do jogo mais difícil da Caixa VITÓRIA: Homem é preso após invadir e furtar casa de procurador da Justiça “A ambulância chegou, só apanhou ela, nem pegou os documentos, já saiu direto para a Santa Casa de Castelo. Fizeram o socorro, botaram balões de oxigênio, fizeram uma lavagem nela direitinho. Levaram para Cachoeiro e embrulharam no papelzinho de alumínio [sic] para poder aquecer ela. Quando chegou lá, foi meia-noite, e ela veio a óbito”, relatou. Irmãos da criança foram para abrigos Sem dar detalhes, o Conselho Tutelar de Castelo informou que os dois irmãos de Isabela, também menores de idade, foram levados para abrigos. O caso foi encaminhado à Justiça. A Polícia Civil informou que foi acionada no sábado para atender à ocorrência e que o corpo da menina foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Cachoeiro de Itapemirim e, posteriormente, liberado para os familiares. Casa em que a família da menina que morreu após tomar remédios da mãe, em Castelo, ES Reprodução/TV Gazeta O tenente-coronel Nério, da Polícia Militar, alertou sobre o risco de deixar medicamentos ao alcance das crianças. “Medicamento controlado e todo tipo de substância que tragam risco à saúde das crianças já vêm na embalagem com orientação de não deixar em local de fácil acesso. Mas é importante reforçar para os pais que as crianças às vezes nos surpreendem: sobem em cadeiras, sobem em móveis. Então é importante que os remédios fiquem não só em lugares altos, mas também trancados. Isabela Barbosa Sgrâncio, de 3 anos, morreu após tomar medicamentos da mãe, em Castelo, ES Reprodução/TV Gazeta *Gustavo Domingos é aluno do 28º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta. Este conteúdo foi editado por Álvaro Guaresqui. Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo

Unimed-Rio e Ferj firmam acordo para quitar dívida tributária de R$ 2 bi. Hospital da Barra é garantia

Unimed-Rio e Ferj firmam acordo para quitar dívida tributária de R$ 2 bi. Hospital da Barra é garantia

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) firmou um acordo com a Unimed-Rio para o pagamento de cerca de R$ 2,1 bilhões em dívidas tributárias. A negociação também incluiu a Unimed Ferj, que assumiu os usuários da ex-operadora no ano passado. O Hospital da Unimed, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, foi dado como garantia da transação.   Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Com dificuldade de fechar as contas e pressão do TCU, governo vai manter meta fiscal de 2026? Economistas opinam

Com dificuldade de fechar as contas e pressão do TCU, governo vai manter meta fiscal de 2026? Economistas opinam

O revés do governo na medida provisória (MP) alternativa ao IOF, que previa aumento de impostos sobre aplicações financeiras, fintechs e bets, eleva o risco de uma mudança da meta para as contas públicas em 2026, na avaliação de especialistas em política fiscal. Compensação: Haddad deve levar a Lula nesta semana plano para fechar rombo de R$ 46 bi após derrota no Congresso Tarifaço: Mauro Vieira viaja a Washington para preparar encontro entre Lula e Trump Além da frustração de receita, o Congresso Nacional já indicou resistência a outra medida com impacto nas contas: o projeto que corta benefícios tributários. Em 2026, o governo terá de entregar pela primeira vez no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva um resultado positivo para as contas públicas. A meta é de superávit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 34,3 bilhões, com limite de tolerância até zero. Em novembro: Fazenda vai extinguir Secretaria da Reforma Tributária e criar pasta para o mercado de carbono O alerta já havia sido ligado no mercado após o aviso dado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) de que o governo não deve mirar o piso da meta durante a execução orçamentária. Mas a avaliação de analistas é que a equipe econômica deve fazer de tudo para “resistir” à alteração. Fora da mesa da fazenda Interlocutores do Ministério da Fazenda afirmam que uma mudança de meta não está na mesa no momento e que há alternativas para compensar a perda de arrecadação ocasionada com a derrubada da MP. Admitem, porém, que o cenário ficou mais complexo. Contas públicas Criação O Globo Com forte impacto fiscal, a MP que caducou na quarta-feira passada era considerada uma das medidas fundamentais para colocar as contas no azul no ano que vem. Representava cerca de 20% do total das receitas “incertas” (R$ 98,7 bilhões) incluídas no projeto de lei orçamentária anual (PLOA) de 2026. Na proposta, o governo chegava a uma projeção de resultado fiscal de R$ 34,5 bilhões, R$ 200 milhões acima do centro da meta. Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos, já previa um cenário de alteração da meta fiscal de 2026 desde o início do ano, mas avalia que agora a probabilidade aumentou. Reestruturação: Gol anuncia plano de fechar capital no Brasil — Vai depender do que o governo vai apresentar ou de como vai reagir para tentar buscar novas receitas. Ainda há o projeto de corte de benefícios tributários em tramitação, e a Fazenda anunciou que cogita novas medidas. De todo modo, nossas projeções indicam que, neste momento, dadas nossas contas para receita, o cenário de entrega da meta, seja pelo limite inferior, seja pelo centro, é impraticável — afirmou. Jeferson Bittencourt, economista do ASA e ex-secretário do Tesouro Nacional, avalia que, se o problema fosse apenas a frustração com a MP, o governo teria maior facilidade para contornar a situação. O problema é que o revés com a medida sinaliza que o projeto de lei que corta 10% dos benefícios tributários de forma linear também deve ter dificuldades de avançar no Congresso. Menor flexibilidade Além disso, o alerta do TCU dá menos flexibilidade para a gestão do Orçamento. No entendimento da corte de contas, o governo tem de mirar o centro da meta e fazer os contingenciamentos necessários observando esse limite, não o piso, como tem sido feito. — Sem essa decisão do TCU, o governo poderia inflar alguma projeção de receita no Orçamento e depois contingenciar observando o limite inferior da meta. Daria uma gordura de mais de R$ 30 bilhões. Mas, se não é possível buscar o limite inferior, o governo também terá de achar os mais de R$ 30 bilhões — afirmou, ponderando que o Planalto pretende recorrer da decisão do tribunal. Movimento já era esperado: BTG propõe fechar capital do Banco Pan O economista lembra que, como o projeto de lei de diretrizes orçamentárias (PLDO) ainda não foi apreciado pelo Congresso, uma eventual alteração da meta fica menos “constrangedora”, porque pode ser incluída no parecer do relator, deputado Gervásio Maia (PSB-PB). Porém, esse não é um desejo do governo. Para compensar a perda com a MP, a equipe econômica já vem trabalhando em alternativas que devem ser apresentadas a Lula no retorno a Brasília, na próxima quarta-feira. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cancelou uma viagem aos Estados Unidos para focar no novo plano. Ele negou que o governo tenha a intenção de mudar a meta fiscal. — Independentemente do resultado, vamos continuar perseguindo os mesmos objetivos — afirmou a jornalistas antes de a Câmara retirar a MP da pauta de votações. “Vai depender do que o governo vai apresentar ou de como vai reagir para tentar buscar novas receitas” - Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos O economista Tiago Sbardelotto, da XP Investimentos, vislumbra quatro saídas para o governo. A primeira seria tentar reapresentar o conteúdo da MP em algum projeto de lei, mas, nesse caso, provavelmente mais focado nas medidas menos polêmicas, como a limitação de compensações tributárias indevidas, que renderia R$ 10 bilhões em 2026. Estatais e petróleo Uma opção seria retomar algumas partes do decreto original referente à alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que foram retiradas após a resistência do Congresso e de setores econômicos. Nesse caso, o potencial de arrecadação chegaria a R$ 7 bilhões, uma vez que não se poderia contar com a tributação das operações de antecipação a fornecedores (risco sacado), considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Sbardelotto ainda acrescenta que seria possível obter mais dividendos de estatais e aumentar as receitas derivadas de leilões de petróleo, além da arrecadação já prevista no PLOA, mas com potencial também limitado. Atualmente, o economista espera que o déficit em 2026 alcance R$ 19,4 bilhões, o que significa que, para atingir o piso da meta (zero), o governo precisaria aumentar receitas ou cortar despesas no mesmo valor no próximo ano. Para ele, esse é um cenário desafiador. “Apesar disso, não prevemos mudança na meta de resultado primário. Acreditamos que as alternativas listadas acima devem ser suficientes para compensar a perda de receita com a rejeição da MP. Além disso, alterar a meta teria custo elevado, afetando juros, câmbio e possivelmente inflação — algo que mudaria o cenário econômico atual, que é favorável ao governo”, disse, em relatório. O economista-chefe da ARX Investimentos, Gabriel de Barros, também avalia que o governo ainda deve tentar outras fontes de receitas antes de pensar em alterar a meta. — O balanço de riscos está ficando mais assimétrico para o cumprimento da meta, mas o governo ainda deve tentar outras fontes de receitas, como dividendos de estatais, leilões de petróleo, e o projeto que reduz o volume de renúncias fiscais, por exemplo — afirmou. Initial plugin text

Guarapari vai cobrar taxa por turista de ônibus de excursões; entenda como vai funcionar

Guarapari vai cobrar taxa por turista de ônibus de excursões; entenda como vai funcionar

Guarapari vai cobrar taxa por turista de ônibus de excursões Os ônibus de excursão com destino a Guarapari vão precisar pagar uma taxa para desembarcar e embarcar turistas no balneário capixaba. A medida é uma consequência de um projeto de lei, aprovado pelos vereadores do município na sexta-feira (10), que obriga todos os veículos de turismo a realizarem desembarque e embarque de passageiros exclusivamente na Rodoviária Municipal, localizada às margens da BR-101. O local cobra taxas para realizar o serviço. A medida será aplicada a ônibus, micro-ônibus e vans que são utilizados para fins turísticos. Guarapari é o balneário mais conhecido do Espírito Santo e atrai milhares de visitantes no verão, especialmente turistas de Minas Gerais, o que rendeu à cidade o título de "a praia dos mineiros". Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp O projeto de lei foi encaminhado à Câmara Municipal pela prefeitura. Para entrar em vigor, a nova lei depende da publicação de um decreto, que será editado pela prefeitura, e que vai determinar as diretrizes para as operações de ônibus turísticos, bem como o valor exato da taxa e a data em que começará a ser cobrada. Parada obrigatória na rodoviária para ônibus, micro-ônibus e vans de turismo entrarem e saírem de Guarapari Valor ainda não foi estabelecido, mas pode acompanhar taxa atual da rodoviária A taxa atual é de R$ 8,50 por passageiro em cada trecho (R$ 17 ida e volta) Nova lei depende de decreto da prefeitura para definir valor final e data de início Previsão de início: dezembro de 2025 Outras cidades com taxas parecidas: Porto Seguro (BA), Ilhabela, São Sebastião, Campos do Jordão, Aparecida e Ubatuba (SP) A expectativa da Prefeitura de Guarapari é de que a mudança passe a valer a partir de dezembro. "É importante ressaltar que os valores e as demais correções ou detalhamentos operacionais serão estabelecidos e divulgados somente após a publicação oficial deste decreto", disse a prefeitura em nota. Taxa atual é de R$ 8,50 por trecho por passageiro Atualmente, a rodoviária de Guarapari é gerida por uma concessionária privada. O administrador do local, Luiz Antonio Nicchio, conversou com o g1. Ele disse que todos os ônibus intermunicipais e interestaduais que fazem embarque e desembarque de pessoas na rodoviária já pagam uma taxa, referente a cada passageiro. Nicchio acredita que a mesma taxa deve ser aplicada também aos ônibus de excursão. A taxa hoje é de R$ 8,50 para embarque e R$ 8,50 para desembarque, totalizando R$ 17 por passageiro que entrar e sair da cidade em ônibus de excursão. Para um ônibus de 44 lugares, que chegasse e partisse da rodoviária com todos os assentos ocupados, o custo seria de R$ 748. "Nós ainda vamos nos reunir com a prefeitura para entender como será cobrado, como vai ser. A manutenção na rodoviária tem um custo e isso aqui foi construído onerosamente. O dinheiro é usado para realizar essa manutenção", disse. Guarapari celebra 134 anos de belezas, história e crescimento LEIA TAMBÉM: CIDADE SAÚDE: Areia preta terapêutica, navios naufragados e bolinho de aipim gigante; conheça 10 curiosidades de Guarapari DA PRAIA À MONTANHA: ES é um dos cinco estados mais acolhedores do país; veja roteiros VÍDEO: amigos viralizam pescando peixes na varanda de apartamento de frente para o mar em Guarapari Outras cidades já cobram Guarapari não é a única cidade turística a cobrar algum tipo de taxa para os visitantes. Em Porto Seguro, no Sul da Bahia, quem usar veículo para acessar a cidade vai pagar a Taxa de Preservação Ambiental (TPA) a partir de 2026. O valor irá depender do veículo, podendo chegar a R$ 90. Já no estado de São Paulo, prefeituras de cinco municípios criaram projetos de lei que preveem cobrança a turistas. São elas: Ilhabela, São Sebastião, Campos do Jordão, Aparecida e Ubatuba. Os valores variam dependendo da cidade, mas em Campos do Jordão, chega a custar R$ 246,79 por ônibus. Praia do Morro em Guarapari, Espírito Santo Secundo Rezende/Drone Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo

Será que todo mundo está secretamente usando microdoses de Ozempic?

Será que todo mundo está secretamente usando microdoses de Ozempic?

Se antes quem usava medicamentos injetáveis como Ozempic e Mounjaro preferia manter essa informação em segredo, celebridades como Serena Williams, Oprah e Kelly Clarkson têm falado abertamente sobre utilizarem versões sintéticas do hormônio GLP-1, produzido naturalmente pelo nosso corpo e que auxilia na perda de peso. “O GLP-1 é a sigla para glucagon-like peptide-1, um hormônio que produzimos no intestino após as refeições”, explica a médica endocrinologista especialista em medicina da obesidade Rocio Salas-Whalen. Cerca de 90% de seus pacientes, conta ela, fazem uso de alguma versão desse medicamento — o que a inspirou a escrever o livro Weightless, que será lançado internacionalmente em dezembro. “A principal função desse hormônio é regular a glicose, mas ele também promove a saciedade após as refeições, reduz os desejos por comida e desacelera o esvaziamento do estômago. Temos receptores para esse neurotransmissor espalhados por todo o corpo. Medicamentos como Ozempic e Zepbound são versões de ação prolongada do GLP-1 natural, e produzem os mesmos efeitos.” No ano passado, um em cada oito estadunidenses relatou ter experimentado algum desses medicamentos, normalmente indicados para pessoas com diabetes ou obesidade — mas procurados também pelo efeito colateral de perda de peso. No entanto, junto com o emagrecimento, surgiram relatos de queda de cabelo, flacidez no rosto (conhecida como “rosto de Ozempic”) e até versões falsificadas do medicamento. A tendência mais recente ligada a esse tipo de remédio? A microdosagem. O apresentador do programa Watch What Happens Live, Andy Cohen, revelou recentemente que tem seguir essa maneira de utilizar os medicamentos que simulam o GLP-1. “Considerando que há 20 anos eu pergunto às pessoas sobre suas rotinas corporais e sempre fui muito aberto sobre todas as vezes em que fiz dieta, acho que seria totalmente hipócrita não compartilhar isso”, disse Cohen. “Neste verão, perdi uma boa quantidade de peso fazendo microdosagem com GLP-1.” Pai de dois filhos, ele contou que estava insatisfeito com o próprio peso, mas o que realmente o motivou a recorrer ao medicamento foram outras questões de saúde, como placas nas artérias e pressão alta. “Microdosar um GLP-1 significa usar uma dose menor do que a dose terapêutica aprovada pelas agências regulatórias”, explica a endocrinologista Salas-Whalen. Dave Asprey — fundador do Bulletproof Coffee e criador do termo biohacking, que poderia ser descrito como uma espécie de “versão masculina da Gwyneth Paltrow” — acredita que a microdosagem é uma moda passageira. Asprey começou sua jornada de perda de peso em 1995, quando pesava cerca de 135 kg. Não foi exatamente pelo método tradicional (dieta e exercício), já que ele usou técnicas experimentais na época. Mas os GLP-1s ainda não estavam disponíveis. “Estamos todos obcecados com os GLP-1s agora porque eles oferecem resultados visíveis no curto prazo, e vivemos em um mundo que ama soluções rápidas”, disse Asprey. “Para alguém com obesidade severa, isso pode ser uma virada de jogo. Mas o problema é que, na maioria dos casos, você não está perdendo apenas gordura, mas também massa muscular. E não é pouca. Cientistas comparam essa perda muscular à observada em casos de fome extrema.” Ele acrescenta que tentou uma versão do medicamento apenas uma vez, mas “foi como se estivesse com enjoo matinal o tempo todo, e pensei: não quero me sentir assim constantemente.” Para uma funcionária da Vogue (que preferiu não se identificar), a microdosagem do Ozempic foi um divisor de águas. “Eu tenho um problema sério com compulsão alimentar”, contou ela no escritório. “Quando eu usava a dose padrão, as pessoas começaram a reparar e comentar o quanto eu estava com uma aparência ruim. Diziam: ‘Sua cabeça parece grande demais’. Eu também me sentia extremamente cansada.” Depois de conversar com seu médico, decidiram adotar a menor dose aprovada pela agência regulatória dos Estados Unidos, a FDA, — 0,5 ml — mas aplicada a cada duas semanas, em vez de semanalmente. Apesar de ter sido procurada por muitas pessoas, especialistas alertam que esse não é o uso indicado para os medicamentos GLP-1. “A ideia por trás da microdosagem é que, ao utilizar uma dose menor do que a terapêutica, seria possível evitar os efeitos colaterais”, explica Salas-Whalen. “Mas o que a microdosagem faz no corpo? Muito pouco. Se o objetivo é perder peso e regular a glicose, o ideal é usar as doses terapêuticas que foram estudadas e comprovadas para produzir os efeitos desejados.” Ela, no entanto, faz uma ressalva: “Já vi alguns pacientes se beneficiarem de uma dose mínima, apenas para manutenção, depois de atingirem a meta de perda de gordura — mas isso deve ser feito sempre sob supervisão médica especializada.”