Operação fiscaliza setor sucroalcooleiro por uso de metanol em bebidas

Operação fiscaliza setor sucroalcooleiro por uso de metanol em bebidas

Autoridades de diversos órgãos federais deram início nesta quinta-feira, 16, a uma operação em cinco estados brasileiros. O objetivo é principalmente fiscalizar 24 empresas do setor sucroalcooleiro e rastrear o possível uso de metanol na produção de bebidas alcoólicas. Sob o nome de Operação Alquimia, o trabalho consiste sobretudo em uma força-tarefa com agentes da Polícia Federal, Receita Federal, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Empresas de importação e distribuição estão no alvo Além das empresas do setor, também são alvo da operação importadores e distribuidores de metanol nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A Operação Alquimia é um desdobramento das investigações Boyle e Carbono Oculto. https://twitter.com/ReceitaFederal/status/1978837020899254565 Essas ações apuram esquemas de adulteração de combustíveis com metanol e a participação de organizações criminosas no desvio da substância. Segundo a Receita Federal, há fortes indícios de que o combustível adulterado esteja presente na fabricação clandestina de bebidas alcoólicas, o que representa grave risco à saúde pública. Leia também: “Falsificação escancarada” , reportagem de Artur Piva publicada na Edição 291 da Revista Oeste De acordo com a Polícia Federal, o objetivo da ação é coletar e analisar amostras dos produtos fabricados para verificar a regularidade de suas composições químicas. “Todo resultado servirá de subsídio para as investigações conduzidas pela Polícia Federal sobre desvios e contaminação de bebidas alcoólicas por metanol, desde o início de setembro deste ano”. A Receita Federal explicou que as empresas foram selecionadas “com base no potencial de envolvimento na cadeia do metanol, desde a importação até sua possível destinação irregular”. Entre os alvos estão importadores, terminais marítimos, empresas químicas, destilarias e usinas. O mapa das investigações; confira as cidades Ao todo, 80 policiais e 70 servidores de outros órgãos participaram das ações, realizadas nas seguintes cidades: Mato Grosso: Várzea Grande Mato Grosso do Sul: Caarapó, Campo Grande e Dourados Paraná: Araucária, Colombo e Paranaguá Santa Catarina: Cocal do Sul São Paulo: Araçariguama, Arujá, Avaré, Cerqueira César, Cotia, Guarulhos, Jandira, Laranjal Paulista, Limeira, Morro Agudo, Palmital, Sumaré e Suzano Riscos do metanol e impacto econômico De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o teor de metanol em bebidas alcoólicas deve ser inferior a 0,1%. Nos combustíveis, essa taxa é bem mais alta e, assim, seria gravemente danosa à saúde humana. Desse modo, o uso de combustíveis fósseis na fabricação de bebidas é expressamente proibido. Especialistas calculam que os prejuízos do setor de bebidas alcoólicas ultrapassem R$ 85,2 bilhões por ano. Esse resultado se deve principalmente à sonegação de tributos decorrente de adulteração, falsificação, produção e contrabando. + Leia mais notícias de Brasil na Oeste O post Operação fiscaliza setor sucroalcooleiro por uso de metanol em bebidas apareceu primeiro em Revista Oeste .

Tom Zé, cidadão paulistano

Tom Zé, cidadão paulistano

No último mês, a partir de um projeto de lei de autoria do vereador Nabil Bonduki, a Câmara Municipal de São Paulo conferiu a Tom Zé o título de cidadão paulistano. A homenagem chega como reconhecimento de uma das trajetórias mais originais e insubmissas da música brasileira. Leia mais (10/16/2025 - 16h49)

Tom Zé, cidadão paulistano

Tom Zé, cidadão paulistano

No último mês, a partir de um projeto de lei de autoria do vereador Nabil Bonduki, a Câmara Municipal de São Paulo conferiu a Tom Zé o título de cidadão paulistano. A homenagem chega como reconhecimento de uma das trajetórias mais originais e insubmissas da música brasileira. Leia mais (10/16/2025 - 16h49)

Secretário de Nunes será oficiado para esclarecer gastos de R$ 880 mil com primo cantor

Secretário de Nunes será oficiado para esclarecer gastos de R$ 880 mil com primo cantor

A Corregedoria Geral do Município de São Paulo, que abriu uma investigação para apurar as contratações do cantor Davi Goulart, primo do secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Rodrigo Goulart, vai oficiar o titular da pasta para prestar esclarecimentos sobre os gastos com o artista, que chegaram a R$ 880 mil. Segundo reportagem do GLOBO, Davi Goulart, com apenas sete ouvintes mensais no Spotfy, recebia cachês de R$ 50 mil por apresentação, sem a abertura de licitação, em quermesses paulistanas. Procurado nesta quinta-feira, Rodrigo Goulart ainda não enviou posicionamento sobre o tema. – Nós abrimos a investigação no mesmo dia, como é praxe quando vemos uma notícia com alguma coisa assim mais diferente, mais estranha. Nós mandamos o ofício para a Secretaria da Cultura e também lá para a Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, para eles darem algum tipo de explicação sobre a reportagem. Abre-se um prazo, de quinze dias, e aí isso retorna (para a Controladoria). Depois podemos ter dois caminhos: pedido de novas explicações ou a gente já toma uma decisão de prosseguimento da investigação ou de arquivamento – afirma o controlador-geral do Município, Daniel Falcão. Repasse: Prefeitura de SP pagou R$ 880 mil para primo de secretário cantar em quermesses Em caso de prosseguimento da investigação, será aberta uma sindicância, momento em que os servidores serão convocados a prestar depoimentos formais. Exceto pelos quinze dias para a primeira resposta, não há prazo para as conclusões das investigações. – O nosso trabalho se baseia em averiguar as atitudes dos servidores e atitudes, eventualmente, de pessoas jurídicas envolvidas. Agora, se nós percebermos que pode ter havido algum crime envolvido, aí nós oficiamos também o Ministério Público – explica Falcão. No dia em que a reportagem foi publicada, o prefeito Ricardo Nunes anunciou a investigação, apesar de afirmar que não há irregularidades automáticas em caso de contratação de parentes. – Olha, o primeiro posicionamento é que não é porque é primo dele que tenha impedimento dele trabalhar. Acho que é importante colocar isso. O segundo, o que a Cultura me passou é que todos os procedimentos foram adotados e não existe irregularidade, mas obviamente, tendo em vista a matéria, eu pedi para se fazer uma nova apuração. E se alguém errou, se houve alguma falha, as pessoas serão responsabilizadas. Mas a princípio a contratação foi legal – disse Nunes. Davi tem sido contratado pela Secretaria de Cultura em projetos que receberam emenda do primo, vereador licenciado. No ano passado, Rodrigo destinou R$ 700 mil em duas emendas ao Circuito Cultural de Rua, programa da prefeitura que paga por shows em quermesses e festas de bairro. Nos dois meses seguintes aos repasses, Davi foi procurado pela Cultura para três contratos que somaram R$ 425 mil em cachês. No Instagram, agradeceu ao primo pelo “apoio”. Nos últimos anos, Rodrigo tem concentrado suas emendas em eventos e artistas da Fino Tom, a produtora que representa Davi. Entre 2023 e 2024, foram 47 emendas, de mais de R$ 3 milhões, condicionadas à contratação de artistas predeterminados.

VÍDEO: Famílias encontram sepulturas cobertas por água em cemitério de Boa Vista: 'desumano'

VÍDEO: Famílias encontram sepulturas cobertas por água em cemitério de Boa Vista: 'desumano'

Mãe encontra sepultura da filha coberta por água em cemitério de Boa Vista Familiares de pessoas enterradas no Cemitério Campo da Saudade, no bairro Centenário, na zona Oeste de Boa Vista, denunciam que as sepulturas ficaram alagadas após a chuva dessa quarta-feira (15). Um vídeo feito pela mãe de uma jovem mostra a área coberta pela água, com apenas uma cruz visível (veja acima). A autônoma Andreia Alves de Souza, de 42 anos, contou ao g1 que foi ao cemitério para tratar da construção do túmulo da filha e encontrou a área alagada. A ideia era fazer uma estrutura para homenagear a jovem, enterrada no local desde o dia 27 de setembro. "Eu me desesperei, gritei, falei bem alto que aquilo era um descaso, era desumano. Como é que uma mãe em luto, que não tem nem como discernir a sua dor ainda, vai visitar o seu ente querido e acha ele debaixo da água daquele jeito", afirmou. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 RR no WhatsApp O g1 procurou o Cemitério Campo da Saudade e aguarda o retorno. A filha, de 19 anos, foi enterrada há menos de um mês no cemitério particular, o único de Boa Vista que ainda permite novas sepulturas. No último sábado (11), data em que a jovem completaria 20 anos, Andreia visitou o local para homenagear a filha e encontrou a área com lama. Ela contou que, na ocasião, percebeu que a terra havia cedido por causa da chuva e que o local estava muito lamacento, “como se fosse resto de uma enchente”. Na madrugada dessa quarta, com a chuva forte, Andreia disse que acordou preocupada com a possibilidade de o local ter alagado. "Na madrugada eu acordei com os trovões e já comecei a pensar nessa situação, como vai ficar esse túmulo, e já tinha percebido que lá era uma área de alagar, uma área que alaga", contou a autônoma. LEIA TAMBÉM: 'Preciso pensar antes de gravar', diz jovem sobre repercussão negativa de vídeo de dancinha em cemitério de Sergipe Mãe disse que área começou a ser aterrada sem drenagem. Andreia de Souza/Arquivo pessoal Segundo a mãe, funcionários do cemitério começaram a aterrar o local nessa quarta, mas sem drenar a água. Para ela, o procedimento deveria ter sido feito antes das sepulturas serem abertas. Ao procurar a administração do cemitério, Andreia disse que foi informada de que o procedimento era considerado normal. Ela relatou que justificaram o enterramento sem aterro, alegando que a terra precisava estar firme. “Eles começaram a fazer o aterro do jeito deles, inclusive, de um jeito que eu achei muito errado, jogando terra dentro da lama, nem drenaram a água. Tudo muito desumano, tiram as cruzes e começaram a jogar areia por cima mesmo da água", relatou. 'Vendendo um lago' Andreia divulgou os vídeos nas redes sociais, e um aposentado de 63 anos, que preferiu não se identificar na reportagem, foi ao cemitério para verificar as condições do túmulo da mãe dele. Ela foi enterrada em 28 de setembro. "Eles estão vendendo um lago, eles vendem o lago. Chega lá, enterra e aí depois vem a chuva e cobre tudo, fica um lago. A minha mãe está na mesma situação", afirmou o aposentado. Ele afirmou que a administração do cemitério também disse que o procedimento era normal. “Falaram que até sábado iam providenciar, mas não entraram em detalhe sobre o que eles iam fazer”, completou. Além do abalo emocional, as famílias relatam prejuízo financeiro por não terem um serviço. Elas gastaram cerca de R$ 3 mil com o sepultamento no cemitério. "É triste e lamentável a gente ver uma situação dessa. A gente paga caríssimo, todo mundo sabe, para colocar o nosso ente querido ali dentro. E aí você se deparar com uma situação dessa", afirmou o aposentado. Os familiares deram início a abertura de um processo judicial contra o cemitério. A advogada das famílias, Kamila Madhay Perruci, explicou que a ação será individual, mas que estão atentos a outros casos semelhantes e não descartam a possibilidade de uma atuação coletiva. "Estamos tratando de duas famílias que enfrentaram situações muito semelhantes, terrenos vendidos para sepultamento que ficaram alagados por falta de estrutura adequada. A ação será individual, porque cada família tem seu contrato e prejuízo específico, mas estamos atentos a outros casos, e não está descartada a possibilidade de uma atuação coletiva", explicou Kamila. Famílias denunciam que sepulturas ficaram alagadas após chuvas em Boa Vista. Andreia de Souza/Arquivo pessoal Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.