
'É preciso dar tempo ao passado', diz Milton Hatoum, que encerra trilogia sobre a ditadura e defende que intelectuais não se calem
No fim de “Dança de enganos”, novo romance de Milton Hatoum, destaca-se uma frase que, na opinião do autor, “dá uma manchete”: “É preciso dar tempo ao passado”. Mais que título de uma entrevista, essa frase talvez sirva de epígrafe à obra do escritor manauara, que, desde “Relato de um certo Oriente”, de 1989, elegeu a memória como tema de investigação. Derradeiro volume da trilogia “O lugar mais sombrio”, “Dança de enganos” é narrado por Lina, professora de francês que escreve sobre a própria vida na tentativa de entender por que se afastou do filho, Martim. “Quem proíbe o nosso encontro? Que demônio é esse?”, indaga o rapaz numa carta. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.