Governo anuncia investimento de R$ 108 milhões em cursinhos populares

Governo anuncia investimento de R$ 108 milhões em cursinhos populares

O governo federal anunciou neste sábado (18) um novo edital da Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP), que deverá ser lançado em dezembro, contemplando até 500 projetos, com investimento de R$ R$ 108 milhões. O anúncio foi feito em São Bernardo do Campo (SP), contando com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Instituída pelo Decreto 12.410/2025 , a CPOP, de acordo com o governo, é um suporte técnico e financeiro para a preparação de estudantes da rede pública em situação de vulnerabilidade social, que buscam ingressar na educação superior por pelo Exame Nacional do Ensino Médio. Notícias relacionadas: Saiba como solicitar a Carteira Nacional Docente do Brasil. Fies: inscrição para vagas remanescentes do 2º semestre começa dia 23. Candidato pode consultar local de Prova Nacional Docente. No primeiro edital, o programa da CPOP selecionou 384 cursinhos populares que preparam estudantes para o vestibular. A medida abrangeu mais de 12,1 mil estudantes em todas as regiões do país, com investimento total de R$ 74 milhões. Cada cursinho contemplado recebeu até R$ 163,2 mil para pagamento de professores, coordenadores e equipe técnico-administrativa, além de auxílio-permanência de R$ 200 mensais para até 40 alunos por unidade. O ministro da Educação, Camilo Santana, salientou a expectativa de o número chegar a 700 cursinhos selecionados até o final desta gestão. Santana reconheceu que a rede de iniciativas com esse propósito já se mantinha viva muito antes do investimento governamental e que o êxito a ser comemorado reside justamente no apoio dado agora pelo poder público. Santana acrescentou que o plano, com o estabelecimento da rede de cursinhos é tornar esse suporte uma política pública. Em sua fala, o ministro também citou o acumulado de programas concebidos pelas três gestões de Lula na área de educação, como o Programa Universidade Para Todos (Prouni), o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Outros dois conjuntos de medidas destacados foram os voltados à alfabetização e ao ensino integral nas escolas, assim como o Pé-de-meia, que, segundo ele, tem trazido bons resultados, freando a evasão escolar, reduzindo-a pela metade. Todas essas ações, acrescentou, serviram para "dar a oportunidade de a universidade ter a cara do Brasil", ao nivelar as condições de pessoas das classes sociais mais vulnerabilizadas em relação às oferecidas à classe média e aos ricos, deixando-as menos desiguais. Santana disse, ainda, que a educação é o único caminho transformador da sociedade e defendeu a valorização dos educadores. "Professor tem que ser a profissão mais valorizada, porque todo mundo passa pelo professor. O médico passa por ele, o engenheiro", afirmou ele, cujo discurso também salientou a promoção da equidade e inclusão como elementos que norteiam o governo atual, algo que se pode constatar, inclusive, pela criação da Universidade Federal  Indígena (Unind), com sede em Brasília . Também na comitiva do governo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que já foi o titular da pasta de Educação anteriormente, ponderou que, antes, quem fazia o ensino fundamental e médio em uma instituição privada ia parar nas universidades públicas. E que o contrário era correspondente: egressos de colégios públicos só conseguiam garantir uma vaga nas universidades privadas e tinham enorme dificuldade de permanecer nelas, por não conseguir arcar com despesas regulares com alimentação, transporte, entre outras coisas. O Prouni, pontuou, foi estruturado para ver grupos minorizados, como é o caso da população negra, representados como estudantes e professores. Haddad contou que uma das constatações de sua época de ministro da Educação foi a de que o governo deveria mexer no bolso da parcela mais rica da população para assegurar a concretização do projeto de uma educação melhor para o país. Ele afirmou saber que isso "é o que incomoda" esse grupo, que tem mobilizado uma campanha contra o aumento de sua contribuição por meio de impostos. Haddad lembrou que, de 2006 a 2010, a sociedade se opunha maciçamente à reserva nas universidades de alunos que concluíram o ensino básico na rede pública, quadro que mudou nos últimos anos. As cotas dessa categoria contemplam metade das vagas ofertadas pelas instituições. "Isso equivale a fazer uma reforma agrária inteira no ensino superior brasileiro. É você dividir com justiça. O aluno de escola particular não podia reclamar que ele ia ficar com menos, porque reservar a metade não era tirar nada de ninguém, era distribuir de forma mais justa", disse. "Além de reservar vagas para alunos de escola pública, nós decidimos dividir essas vagas entre brancos e negros na proporção de cada estado brasileiro. Na Bahia, é uma proporção. Em Santa Catarina, é outra proporção. Mas o negro ia, sim, entrar em uma universidade pública. Antigamente, a gente só via as pessoas negras trabalhando como funcionários da escola, raramente como professor, raramente como estudante", acrescentou Haddad. "Hoje você entra em uma universidade pública e vê que mudou de cor. Ela é mais brasileira, é mais autêntica, é mais representativa. E é mais inteligente. Porque, ao contrário do que os nossos críticos falaram, a qualidade da escola pública melhorou, com a participação da classe trabalhadora na universidade

Mulher morre após ser atropelada de forma intencional em Campinas, diz PM

Mulher morre após ser atropelada de forma intencional em Campinas, diz PM

O que é feminicídio? Uma mulher morreu após ser atropelada de forma intencional neste sábado (18), no Jardim Novo Maracanã, em Campinas (SP). Segundo a Polícia Militar (PM), a vítima estava no carro com o companheiro e o filho dele, de 7 anos, e foi atingida ao descer do veículo, por duas vezes. O suspeito do crime fugiu do local a pé, e a criança permaneceu no veículo. O Corpo de Bombeiros foi acionado para a ocorrência, confirmou o óbito da mulher de 28 anos, e encaminhou a criança em estado de choque ao hospital pediátrico Mário Gattinho. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Campinas no WhatsApp A perícia foi acionada ao local. Até esta publicação, o suspeito não havia sido localizado e preso. Reportagem em atualização LEIA TAMBÉM Região de Campinas registra 133 vítimas de feminicídio desde 2015; estudo mostra avanço da violência contra a mulher em SP A área da 2ª Delegacia Seccional, em Campinas Giuliano Tamura/EPTV VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região

Líder do MST propõe envio de militantes à Venezuela

Líder do MST propõe envio de militantes à Venezuela

O dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, afirmou que militantes da América Latina estão se articulando para formar brigadas de apoio à Venezuela, em meio à tensão crescente com os Estados Unidos. + Leia mais notícias de Mundo em Oeste O MST apresentou a proposta durante o "Congresso Mundial em Defesa da Mãe Terra". O evento, realizado de 8 a 10 de outubro, ocorreu em Caracas e teve a presença de representantes da esquerda de 65 países. Organização das brigadas do MST na Venezuela Em entrevista à Rádio Brasil de Fato, Stédile disse que os movimentos sociais latino-americanos pretendem enviar grupos de militantes para se colocar “à disposição do governo e do povo venezuelano”. Segundo ele, os integrantes não têm formação militar, mas poderiam “plantar, cozinhar e apoiar o povo” em caso de invasão norte-americana. Na quarta-feira 15, o governo norte-americano afirmou que considera enviar tropas à Venezuela. O objetivo é combater o narcotráfico do país . O presidente Donald Trump, inclusive, já autorizou que a Agência Central de Inteligência (CIA) conduza operações secretas no país governado pelo ditador Nicolás Maduro. https://www.youtube.com/watch?v=Mci0Tn7Nk2g A assessoria de imprensa do MST confirmou, em nota enviada ao Poder360 neste sábado, 18, que a proposta ainda está em discussão na direção nacional do movimento. “Não há definição encaminhada sobre como essa colaboração será conduzida”, informou o texto. Stédile também lembrou que o MST já atua na Venezuela em projetos agrícolas. Um deles é o Gran Pátria del Sur , criado em 2024. Com ele, o movimento enviou sem-terras para produzir alimentos naquele país. Leia também: "'Eles são terroristas', afirmam Rubio e Trump sobre ação no Caribe" O post Líder do MST propõe envio de militantes à Venezuela apareceu primeiro em Revista Oeste .

Presidente do PSDB no Ceará anuncia filiação de Ciro Gomes ao partido

Presidente do PSDB no Ceará anuncia filiação de Ciro Gomes ao partido

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) O presidente do PSDB no Ceará, Ozires Pontes, anunciou em publicação nas redes sociais na noite de sexta-feira (17) a filiação de Ciro Gomes ao partido. Também disse que Ciro pretende concorrer ao governo do estado nas eleições de 2026. Presidente da sigla no Ceará diz que próprio Ciro quer anunciar "em poucos dias ou poucos meses" a intenção de concorrer ao governo do estado novamente. Ciro foi governador do Ceará de 1991 a 1994. "O Ceará quer o Ciro de novo", disse Ozires, que também é prefeito de Massapê (CE). Ozires diz que Ciro vai assinar a filiação na próxima semana. O ato deve ocorrer na quarta-feira (22) em um hotel em Fortaleza. Ciro, que também sondava a possibilidade de se filiar ao União Brasil, ainda não se manifestou sobre a filiação. Ex-senador Tasso Jereissati teria sido o responsável por persuadir Ciro a se filiar ao partido. No vídeo, Ozires diz que Jereissati convenceu o ex-governador de que o "PSDB era o partido certo". O ex-governador havia enviado carta de desfiliação ao PDT na última semana. Ele estava no partido desde 2015, pelo qual disputou as últimas duas eleições presidenciais das quatro que já participou. Em 2022 ficou em quarto lugar, com 3% dos votos válidos, atrás de Simone Tebet (MDB). Apesar das recentes movimentações, o ex-governador já afirmou que não pretende mais concorrer à Presidência. "Não quero mais ser candidato, não. Não quero mais importunar os eleitores", declarou em entrevista à Rádio Itatiaia, em setembro.

Maduro diz que plano de defesa contra ameaças dos Estados Unidos foi acionado

Maduro diz que plano de defesa contra ameaças dos Estados Unidos foi acionado

Trump diz que Maduro 'ofereceu tudo' em negociação: 'Ele não quer se meter com os EUA' O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou neste sábado (18) que o plano de defesa contra as "ameaças" dos Estados Unidos foi acionado em todo o país, após a conclusão dos exercícios militares nos quatro estados que faltavam. Washington iniciou em agosto uma operação antinarcóticos com sete navios de guerra em águas internacionais do Caribe, perto das costas venezuelanas, o que Caracas considera uma "ameaça" para pressionar uma "mudança de regime". Em resposta, Maduro ordenou exercícios militares por estados com milhares de agentes, concentrando-se nas fronteiras. "Hoje completamos todas as zonas de defesa integral do país, todos os estados", disse o presidente em um áudio divulgado no Telegram. Maduro anuncia com frequência esse tipo de manobras, muito divulgadas nas redes sociais, mas nem sempre traduzidas em operações visíveis. As manobras na madrugada de sábado aconteceram em Guárico, Cojedes, Barinas e Portuguesa (centro), indicou. O governo Trump chegou a acusar Maduro de comandar a organização criminosa "Tren de Aragua", classificada como grupo terrorista Departamento de Estado do país Leonardo Fernández Viloria/Reuters A presença naval dos Estados Unidos foi anunciada pouco depois de Washington acusar Maduro de liderar cartéis de drogas e, até o momento, os relatos indicam que seis embarcações de supostos "narcoterroristas" foram atacadas pelos navios americanos, com um balanço de pelo menos 27 mortos. O presidente Donald Trump disse na quarta-feira que autorizou operações da CIA contra a Venezuela, mas sem revelar a data. Também afirmou que cogitava ataques terrestres contra cartéis de drogas do país sul-americano. A maior parte dos exercícios militares da Venezuela acontece durante a madrugada. Imagens de militares saindo dos quartéis foram exibidas pela TV estatal. Também participam a polícia, a Proteção Civil e um corpo militar integrado por civis. Durante a semana, aconteceram exercícios na fronteira com a Colômbia, onde o governo anunciou a mobilização de 17.000 militares, assim como em Amazonas, Mérida, Trujillo, Lara e Yaracuy (oeste).