Veja como ficou o calendário do futebol brasileiro após a mudança da CBF

Veja como ficou o calendário do futebol brasileiro após a mudança da CBF

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) A CBF anunciou ontem uma mudança no calendário, que antecipou o fim do Brasileirão para o dia 7 de dezembro e colocou as semifinais e finais da Copa do Brasil para as últimas datas do ano. O UOL destrincha como ficou cada competição. As rodadas 27, 29, 31 e 33 da Série A foram antecipadas para os dias nos dias 5 e 19 de outubro, 2 e 9 de novembro, respectivamente. Inicialmente, essas datas estavam reservadas para a reta final da Copa do Brasil. Dessa forma, a rodada final do Brasileirão será no dia 7 de dezembro. A princípio, a 38ª rodada da competição nacional aconteceria apenas em 21 de dezembro. Novo calendário Brasileirão: 23ª rodada - 14 de setembro 24ª rodada - 21 de setembro 25ª rodada - 28 de setembro 26ª rodada - 1ª de outubro 27ª rodada - 5 de outubro 28ª rodada - 15 de outubro 29ª rodada - 19 de outubro 30ª rodada - 26 de outubro 31ª rodada - 2 de novembro 32ª rodada - 5 de novembro 33ª rodada - 9 de novembro 34ª rodada - 19 de novembro 35ª rodada - 23 de novembro 36ª rodada - 30 de novembro 37ª rodada - 3 de dezembro 38ª rodada - 7 de dezembro Copa do Brasil As semis e finais da competição foram realocadas para os dias 10, 14, 17 e 21 de dezembro. Os jogos de ida das semifinais ainda podem ser antecipados para 26 de novembro. Novo calendário da Copa do Brasil: Quartas de final: 27 de agosto (ida) e 10 de setembro (volta) Semifinais: 26 de novembro ou 10 de dezembro (ida) e 14 de dezembro (volta) Finais: 17 (ida) e 21 de dezembro (volta) Quem está na competição: Atlético-MG, Athletico, Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense e Vasco Outras competições Datas da Libertadores Quartas: 17 e 24 de setembro Semifinais: 22 e 29 de outubro Final: 29 de novembro Brasileiros na competição: Flamengo, Palmeiras e São Paulo Datas da Sul-Americana Quartas: 17 e 24 de setembro Semifinais: 22 e 29 de outubro Final: 22 de novembro Brasileiros na competição: Atlético-MG e Fluminense Copa Intercontinental Estreia do campeão da Libertadores: 10 de dezembro

A vileza de Eduardo Bolsonaro contra a “anistia light”

A vileza de Eduardo Bolsonaro contra a “anistia light”

Na algazarra em torno das baixarias contidas no celular de Jair Bolsonaro apreendido pela Polícia Federal muito se tem comentado sobre a falta de inteligência do ex-presidente em – nessa altura dos seus rolos com a lei e a ordem, réu em processo e cumprindo penas cautelares – ter deixado ao alcance de qualquer batida... The post A vileza de Eduardo Bolsonaro contra a “anistia light” appeared first on O Antagonista .

Nascidos em família de artistas e com 10 anos de diferença, irmãos vivem experiência do balé clássico em palcos internacionais

Nascidos em família de artistas e com 10 anos de diferença, irmãos vivem experiência do balé clássico em palcos internacionais

Irmãos Lara e Luiggi Martines, de Presidente Prudente (SP) Cedida Nascidos em uma família de artistas, o ritmo sempre pulsou nas veias e no coração dos irmãos Lara e Luiggi Martinez, naturais de Presidente Prudente (SP). Agora, em uma trajetória de dedicação, disciplina, técnica e talento, eles embarcam para uma nova fase de suas vidas: a oportunidade de dançar em palcos internacionais. Participe do Canal do g1 Presidente Prudente e Região no WhatsApp Aos 24 anos, Lara foi escolhida para integrar a companhia de balé do prestigiado Cairo Opera House, na capital do Egito, após ser indicada por um jurado internacional. Já Luiggi, aos 14 anos, conseguiu uma bolsa de estudos para estudar por três meses no Northern Institute of Dance (NID), que fica em Prince George, no Canadá. “Nós conseguimos coisas diferentes. Então, o meu é um contrato profissional e o dele é uma vivência, uma bolsa para participar de um curso de formação, um curso de desenvolvimento, aprimoramento técnico, no Canadá. Ele é menor de idade, ele ainda é um bailarino em formação, ainda não é profissional. Então, são coisas diferentes. Mas, conseguir uma vivência fora, ao mesmo tempo que o meu irmão conseguiu outra vivência fora, em lugares diferentes, através de pessoas diferentes, é um sentimento muito gratificante”, contou Lara ao g1. Para Luiggi, viver essa experiência internacional com a irmã, mesmo que de formas diferentes, é saber que ambos têm “muito potencial e muito o que viver ainda, muito a crescer”. “Se não fosse minha irmã, eu nem estaria fazendo aula de balé”, afirmou o jovem bailarino ao g1. Irmãos Lara e Luiggi Martines, de Presidente Prudente (SP) Cedida “Eu sou uma das professoras do meu irmão, então, além de família, eu sinto também que é uma conquista profissional minha, tanto para mim, quanto para ele. Então, tem esses dois lados de orgulho mesmo”, completou a irmã mais velha. Para ela, o apoio e a preparação que conseguiram trocar durante os ensaios foi muito importante para as conquistas. “Eu já tive outras oportunidades internacionais, outras três vezes, fui para outros países através da dança. Então, eu acho que, para ele, que tem dez anos a menos do que eu, ver que ele tem uma irmã que é bailarina, que conseguiu oportunidades, acho que isso inspira ele a não desistir e ter vontade de também alcançar os objetivos dele, da maneira que ele pode”, explicou ao g1. Lara Matinez iniciou sua carreira na dança aos 8 anos, em Presidente Prudente (SP) Cedida Arte para vida Lara começou a dançar com 8 anos de idade, por intervenção de sua mãe, quando iniciou as aulas de balé. Ela sempre soube que a dança era uma forma de trabalho, que era uma possibilidade, mas somente se tornou uma fonte de remuneração quando tinha quase 16 anos e começou a assumir turmas como professora auxiliar. “Depois, as turmas viraram minhas, então, a partir desse momento, eu passei a trabalhar com dança”, pontuou. No início, não pensava em dançar internacionamelnte, foi algo que foi surgindo com o passar do tempo. “Eu achava que era uma coisa muito distante da realidade, eu nem cogitava, nem fazia planos. Mas, com o tempo, conforme as oportunidades foram aparecendo, conforme eu fui melhorando tecnicamente, fui tendo um certo reconhecimento de jurados, de professores mais importantes, aí, sim, eu comecei a pensar nessa possibilidade”, afirmou ao g1. A oportunidade para o contrato no Cairo Opera House surgiu em um festival, quando foi indicada por um jurado. “Ele me pediu se eu poderia mandar alguns vídeos para ele encaminhar para a direção da companhia, no Cairo. Então, meio que já sabia que havia sido indicada e sabia que eu poderia ou não ser aprovada, só dependeria da direção, lá no Egito, gostar ou não gostar dos meus vídeos. Depois de uns dois dias, neste mesmo festival, ele me chamou mais uma vez e disse que a diretora havia gostado do meu trabalho, havia gostado de mim e que, então, ela estava me oferecendo um contrato para trabalhar com ela”, contou a musicista e também professora. Lara Matinez iniciou sua carreira na dança aos 8 anos, em Presidente Prudente (SP) Cedida Ao g1, ela explicou que, em festivais, geralemente, há alguns jurados que têm possibilidades para oferecer. Às vezes, os avaliadores trabalham em algumas companhias e escolas importantes e, “se eles gostam de você e têm esse poder de dar alguma oportunidade, acabam atribuindo”. Além disso, Lara considera que a seleção foi baseada em todo o processo de toda a sua vida, como “uma preparação, de uma maneira geral, para ter uma experiência de palco mais sólida”. “Como eu sabia que eu estava sendo avaliada por esse jurado e que ele estava em contato com a direção do Cairo Opera House, eu já estava preparada para conseguir ou não essa oportunidade. Então, eu acho que, quando eu recebi a notícia, foi mais um sentimento de felicidade. Não foi um sentimento de surpresa, porque eu sabia que estava sendo observada, sabia que estava sendo avaliada. Foi um sentimento de orgulho de ter conseguido, de ter sido notada em um festival com muitos outros bailarinos, de ter sido escolhida, de ter o meu trabalho de tantos anos reconhecido por pessoas de fora, por pessoas que não me conheciam, que tiveram contato comigo no festival e por uma pessoa, pela direção do Cairo, que nem me conhece pessoalmente, que me conheceu através de um vídeo, através de uma indicação”, afirmou ao g1. Ela ainda está conversando com a direção para definir a data de embarque, devido a alguns compromissos no Brasil, mas espera, assim como qualquer contrato de trabalho, “que seja um ambiente acolhedor, por ser estrangeira, e que também seja de crescimento profissional”. “A gente que trabalha com dança, com a arte, não pode ficar estagnado, não pode ficar acomodado porque precisamos manter tudo o que já conquistamos e tentar, cada vez mais, se aprimorar. Então, eu espero melhorar a minha técnica, manter o meu físico e melhorar cada vez mais”, contou sobre o contrato. Lara Matinez iniciou sua carreira na dança aos 8 anos, em Presidente Prudente (SP) Cedida Performance ? Lara explicou que, no balé, o trabalho físico, muscular e algumas capacidades de movimentos flexíveis são muito importantes e levados em consideração durante uma avaliação. Ela também acredita que ter tido um ensaio com o jurado, o mesmo que lhe deu uma oportunidade no Cairo, contribuiu para a escolha. “Eu acho que essas duas coisas foram levadas bastante em conta, além, é claro, de como foi minha performance no festival, de como foi minha atuação, de como eu dancei. Essas coisas, juntas, fizeram com que ele tivesse um olhar de mais atenção. Mas, acho que posso dizer, principalmente, essa parte de ter trabalhado mais de perto e ele ter visto que, ao corrigir, eu consigo compreender o que ele está pedindo, eu já consigo colocar no meu corpo essas correções de uma maneira rápida, que é o que a gente precisa em uma companhia tradicional”, contextualizou ao g1. Antes da dança, a música já havia entrado na vida de Lara. Entretanto, para ela, são pilares fundamentais para a visão de si própria e do mundo, aliados à educação escolar e familiar, tendo em vista que seus familiares têm uma veia artísitica, por exemplo: mãe: pianista, flautista, bailarina e professora de música; pai: violinista, maestro e professor de música avó materna: formada em piano pelo Escola Municipal de Artes (EMA) “Professora Jupyra Cunha Marcondes”; e tia materna: formada em piano e flauta, também pela EMA. “Mas, especificamente, a dança me mostrou que alguns desafios, por mais que pareçam impossíveis de serem superados, eles podem, sim, ser superados e que a gente encontra espaço para tudo, não em todo lugar”, afirmou. “Na dança, a gente tem uma referência muito específica de algum bailarino, de alguma companhia e, às vezes, você não vai se encaixar naquele lugar. Eu, por exemplo, eu tenho 1,65 de altura e eu não me encaixo em algumas companhias no norte da Europa, onde o padrão de estrutura precisa de pessoas com mais de 1,65. Demorei um pouco para entender isso e acho que a dança me ajudou a entender que, às vezes, a gente só está tentando se encaixar em um lugar que não é para você, naquele momento, por algum motivo. Acho que consegui me enxergar melhor no mundo, talvez, com a dança”, completou. Ao g1, Lara pontuou que o principal valor que aprendeu com a dança foi a “disciplina”. “Com disciplina a gente consegue alcançar e conquistar o que a gente deseja. Em segundo lugar, a humildade, porque não adianta você ser muito bom, mas você ser uma pessoa ruim, uma pessoa que esqueceu de que começou de um nível baixo porque todo mundo começa sem saber nada. Então, por mais que a gente saiba bastante, a gente sempre tem que sempre se lembrar que o nosso bastante é o pouquinho do mundo, o mundo é muito grande”, afirmou ao g1. “Em terceiro lugar, entender e respeitar a hierarquia, porque dentro da sala o seu maestro, o seu mestre vai falar, você vai escutar e vai tentar executar e responder com o seu corpo da melhor maneira que você puder. Aprender que você precisa escutar mais do que se justificar, falar e brigar. O respeito dentro e fora da sala e com as pessoas que estão em volta de você da dança ou fora da dança, porque cada um tem o seu espaço e você não precisa estragar o espaço do outro. Você não precisa menosprezar e diminuir as qualidades do outro para você melhorar e para você se superar. O desafio é você com você mesmo”, completou. Luiggi Martinez faz aulas de balé, jazz e sapateado, em Presidente Prudente (SP) Cedida Do sapateado ao balé Luiggi contou que a dança sempre esteve presente em sua vida pelo fato dos pais trabalharem com arte, mas apenas começou a fazer aulas de dança aos 5 anos, com o sapateado. Hoje, ele também faz aulas de balé e jazz. Entretanto, ele apenas percebeu que a dança poderia ser mais que um hobby em 2022, quando foi visto por uma companhia. “Esse momento aconteceu quando eu fui visto em um grupo de sapateado, e eu fui chamado, em 2022, para companhia da Promodança. E foi quando eu comecei a fazer balé, porque, até então, eu não fazia balé”, contextualizou ao g1. Além disso, assimo como a irmã, nunca havia sonhado em dançar em outro país, isso apenas surgiu com o tempo, “quando foi aparecendo as oportunidades”. “Eu descobri a oportunidade da bolsa esse ano, quando eu fui com a minha escola para o Festival Internacional de Dança de Caraguatatuba, eu dancei minha variação e ganhei segundo lugar na minha bateria. E nas premiações, eu fui contemplado com essa bolsa junto com indicação à medalha de bronze”, contou o estudante. “O processo seletivo é muito desafiador, porque, desde o começo do ano, já começaram as seletivas e foi, inclusive, aqui, em Presidente Prudente, que eu consegui a vaga para o festival. Eu me preparei fazendo muitas aulas, mas também é muito difícil porque, além das aulas, tem que cuidar muito do corpo, por exemplo, alimentação, musculação e alongamentos, tem que trabalhar bastante”, complementou. Luiggi Martinez recebeu a medalha de bronze e a bolsa para o Canadá Cedida Luiggi acredita que o trabalho que vem desenvolvendo ao longo de três anos possa ter chamado a atenção dos avaliadores. Além disso, sua experiência com a seletiva foi boa, mas, com a bolsa, se tornou ainda melhor. “Eu recebi a notícia da bolsa no teatro mesmo, quando estava acontecendo as premiações especiais do festival e quando anunciaram o meu nome, falando sobre a bolsa, eu fiquei surpreso”, compartilhou ao g1. Ele também explicou que ainda não sabe quando embarca para o Canadá, mas, possivelmente, irá até 2026, com a renovação da bolsa. “Eu espero, nesse período, que eu evolua na dança do balé”, contou. “A dança mostrou que, a cada momento, você vai ter uma oportunidade nova e que, toda vez, você vai ter uma etapa para conseguir quebrar, uma etapa para você conseguir pular”, explicou ao g1. Irmãos Lara e Luiggi Martines, de Presidente Prudente (SP) Cedida País novo, cultura nova Lara já teve outras experiências internacionais, uma delas ocorreu no ano passado, uma internship na Alemanha, que funciona como um estágio. “Eu fui para o balé de Dortmund, no norte da Alemanha, e eu precisei passar por esse processo de adaptação de cultura, adaptação de língua. Eu estudei alemão antes de ir, mas, obviamente, não se tornou ainda um idioma que eu tenho fluência porque é um idioma muito diferente do português e muito diferente do inglês, que eu já havia estudado anteriormente em outro momento da minha vida. Então, foi um pouco difícil no começo a questão da língua, mas como eu falo inglês, consegui me virar e fazer tudo o que eu precisava fazer, até porque, na companhia também, as aulas eram em inglês. Foi um pouquinho difícil na rua, mas com o inglês, tudo deu certo. Mas, em relação à cultura, eu acho que é sempre um aprendizado e a gente tem que estar aberto a enxergar, também, da forma que o outro enxerga”, afirmou ao g1. Ela lembrou que assim que chegou no páis, percebeu que estava um pouco resisten à nova cultura e percebeu que não teria como comparar aquela realidade com a do Brasil. “Cada país tem a sua cultura, tem a sua língua. E, com relação ao Egito, eu estou um pouco mais ansiosa do que na Alemanha, porque eu acredito que tem também a questão religiosa, é um país que tem a predominância da religião mulçulmana, então, eu acredito que algumas coisas vão ser bem mais diferentes, não digo piores ou melhores, mas, sim, diferentes. Eu acho que eu estou mais ansiosa dessa vez”, contou a professora. Já seu irmão, pelo contrário, irá experienciar sua primeira vez em solo internacional. “A adaptação cultural e linguística, provavelmente, não vai ser algo fácil porque vai ser necessário aprender melhor, me aprofundar mais no estudo de inglês e a cultural a gente vai ter que viver lá para ver”, refletiu Luiggi ao g1. Com isso, ele afirmou que aprendeu que a dança tem valor e tem muito a oferecer, a exemplo da vaga que conquistou. “Vai ser a minha primeira vez que eu vou sair do Brasil, vou conhecer outro país, outro lugar, outro continente”, afirmou. Depois dessa experiência, ele pretende voltar ao Brasil e continuar fazendo aulas, trabalhando com o que gosta. Lara já mandou documentações para outras companhias e está à espera de respostas para poder fazer algumas escolhas. “Junto com isso tudo, com essa experiência, os próximos passos são conquistar outros lugares, talvez outros países ou até mesmo outros espaços aqui no Brasil e também tentar continuar com esse outro lado da minha carreira que é ensinar, passar pra frente conhecimento, orientar novos bailarinos, orientar novas pessoas que se interessam pela dança, então acho que essas duas coisas: continuar me aperfeiçoando enquanto bailarina e poder continuar transmitindo aquilo que eu já aprendi e que eu posso dividir”, pontuou ao g1. Ela ainda disse que, independente de qual país esteja, pretende continuar um trabalho no Brasil. “Como eu tive, recentemente, a oportunidade de ir para a Alemanha, eu continuei, via online, trabalhando com os meus alunos aqui de Presidente Prudente. Tanto é que, eu cheguei em abril e no dia 15, mais ou menos, de abril, a gente já enfrentou uma competição. Então, eles continuaram se preparando comigo mesmo distante. Eu continuei acompanhando eles, orientando eles. Então, eu pretendo, sim. Eu acho que o Brasil é um lugar de muitos talentos e a maior pena, o ponto mais negativo é que ele não consegue acolher tantos talentos. Tem muita gente boa, tem muita gente capacitada, mas tem tão pouco espaço para esses bailarinos, não só para esses bailarinos, para os artistas de uma maneira geral”, explicou ao g1. “São muito poucas oportunidades e abriga pouca gente, então eu acho, sim, que quem consegue sair precisa voltar para dividir aquilo que aprendeu, para trocar experiência e para incentivar outras pessoas”, afirmou. Irmãos Lara e Luiggi Martines, de Presidente Prudente (SP) Cedida Viver da dança Os irmãos também deram conselhos para quem deseja viver da música. “Um conselho que eu dou é: se você quiser mesmo fazer isso, não é fácil e também não é rápido. É um processo demorado e, com certeza, bem difícil. Muitos sacrifícios devem ser feitos”, afirmou Luiggi. “Encarem e entendam que o balé clássico, especificamente, que é o que eu faço, não é um hobby. Se você quiser fazer isso para sua vida, vai ter que se tornar um estilo de vida. Ele implica muitas escolhas, ele implica abrir mão de muita coisa que uma pessoa ‘normal’, não bailarina, não precisa abrir mão. É saber que é uma vida de algumas escolhas, mas que tem um lado muito positivo e têm coisas maravilhosas que só os bailarinos vão poder contar, vão poder passar. Então, acho que seguir em frente, apesar de ser desafiador”, completou Lara. A professora e administradora de empresas ainda ressaltou que é necessário "entender onde você se encaixa, qual é o seu lugar, para que você não fique por tanto tempo batendo em uma pedra que não vai se mover”. “Procurar mesmo, de verdade, quais companhias fazem o seu estilo, quais coreógrafos fazem o seu estilo, onde o seu padrão físico é mais bem aproveitado. Por exemplo, eu não seria bem aproveitada, na verdade, eu não seria aprovada para um teatro russo. Eu não tenho o padrão físico e a estética necessária das bailarinas russas. Então, o quanto antes esses jovens bailarinos entenderem isso e conseguirem encontrar um professor, realmente, um guia, que saiba orientar da maneira certa, quanto antes isso acontecer, melhor, porque quanto mais jovens, mais tempo temos para trabalhar”, contextualizou. Além disso, ela afirmou que os bailarinos entendem que é complicado e é muito difícil conseguir oportunidades internacionais. “Então, quem consegue, quem tem oportunidade, realmente, é porque se destacou, porque batalhou, porque correu atrás, mas isso não pode ser um fator de desestímulo, eu acho. É difícil? É difícil, mas se você estiver bem preparado, se você estiver nos lugares certos, nos momentos certos, a sua oportunidade vai chegar”, pontuou. “O que não pode acontecer é ficar parado no tempo esperando que alguém vai bater na porta da sua escola e vai te levar embora. Isso não vai acontecer. Então, as pessoas precisam saber de você. Você precisa mostrar quem você é e, para poder mostrar quem você é, precisa ter um trabalho sólido, ter uma boa formação, ter bons professores e precisa se dedicar. Então, uma boa escola, com bons professores, faz muita diferença na carreira, na formação de um bailarino”, finalizou ao g1. Irmãos Lara e Luiggi Martines, de Presidente Prudente (SP) Cedida VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.

Incêndio destrói galpão de recicláveis em Porto Feliz

Incêndio destrói galpão de recicláveis em Porto Feliz

Incêndio destruiu depósito de recicláveis em Porto Feliz Paulo Henrique Baldini / Reprodução Um incêndio destruiu na madrugada de domingo (24) um galpão de recicláveis na Vila Vante, em Porto Feliz (SP). As chamas começaram por volta de 0h30. Antes da chegada do Corpo de Bombeiros, algumas pessoas tentaram combater as chamas com água em baldes. Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp A Guarda Civil Municipal (GCM) isolou a área e os bombeiros só conseguiram controlar o incêndio por volta das 4h. Por pouco, as chamas não alcançaram as casas na parte de trás do galpão. A Prefeitura de Porto Feliz foi até o local na manhã de domingo (24) com uma máquina para limpar os estragos e o galpão foi lacrado. Um boletim de ocorrência foi registrado e o caso será investigado pela Polícia Civil. Moradores tentaram apagar fogo em depósito de recicláveis de Porto Feliz com água e baldes Paulo Henrique Baldini / Reprodução Confira outros destaques do g1 g1 em 1 minuto: polícia investiga se houve falha no freio de carreta em acidente Polícia investiga se houve falha no freio de carreta que prensou carro e matou advogado Justiça considera 'pequena quantidade' e manda soltar homem preso com 200 kg de cocaína Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

Prefeito de Barcelona é impedido de entrar em Israel

Prefeito de Barcelona é impedido de entrar em Israel

O prefeito de Barcelona, Jaume Collboni (foto), foi impedido de entrar em Israel na sexta-feira, 22, anunciou a agência do governo israelense responsável por gerenciar assuntos relacionados à imigração. Segundo comunicado, Collboni deveria desembarcar em Israel à noite, mas foi informado de que não teria a entrada permitida. A recusa, segundo a  Autoridade de População... The post Prefeito de Barcelona é impedido de entrar em Israel appeared first on O Antagonista .

“A Natureza das Coisas Invisíveis” brilha em Gramado e conquista três prêmios

“A Natureza das Coisas Invisíveis” brilha em Gramado e conquista três prêmios

O cinema brasiliense voltou a ocupar o centro das atenções nacionais. O longa-metragem A Natureza das Coisas Invisíveis, dirigido por Rafaela Camelo, encerrou sua participação no 53º Festival de Cinema de Gramado com três reconhecimentos importantes: Melhor Atriz Coadjuvante para Aline Marta Maia, Melhor Trilha Musical para Alekos Vuskovic e o cobiçado Prêmio Especial do Júri. A cerimônia de encerramento, no último sábado (23), coroou 11 dias de celebração do audiovisual na Serra Gaúcha, que reuniu cineastas, artistas, jornalistas, estudantes e um público estimado em 40 mil pessoas. O filme, coprodução entre Brasil e Chile, nasceu no Distrito Federal e já chega ao circuito como um dos títulos mais premiados da temporada. Trata-se de um delicado coming of age sobre amizade, despedidas e descobertas. Durante as férias de verão, Glória (Laura Brandão) e Sofia (Serena), duas meninas de dez anos, se conhecem em um hospital e, unidas pelo desejo de sair dali, embarcam em uma jornada agridoce sobre vida e morte. “É uma história que fala das verdades que os adultos tentam suavizar, mas que as crianças enfrentam com coragem”, sintetiza a diretora. Aline Marta Maia, premiada pela interpretação de Francisca, a bisavó de Sofia, consolidou em Gramado uma sequência de reconhecimentos. Nos últimos anos, foi eleita Melhor Atriz Coadjuvante também no Festival do Rio de 2022 e 2023, por Carvão e Pedágio, ambos dirigidos por Carolina Markowicz. “É um papel que me atravessou profundamente. Receber esse prêmio em Gramado é sentir que essa história ressoou de verdade”, disse emocionada. O elenco de A Natureza das Coisas Invisíveis também conta com a brasiliense Larissa Mauro, fundadora da Andaime Cia de Teatro e atriz do longa New Life S.A., e com Camila Márdila, conhecida pela atuação em Que Horas Ela Volta?. Ao lado de Laura Brandão e Serena, que dão vida às protagonistas, formam um conjunto de interpretações que traduzem a delicadeza e a força do projeto. A trilha premiada, assinada por Alekos Vuskovic, foi celebrada pelo júri como um elemento que amplia a carga poética da narrativa. Entre silêncios, melodias e atmosferas sonoras, a música conduz a jornada das meninas, evocando um lirismo raro. Com estreia nacional marcada para 27 de novembro pelo projeto Sessão Vitrine Petrobras, iniciativa dedicada à distribuição de obras brasileiras independentes, o longa será exibido em salas de todo o país com apoio da Vitrine Filmes e patrocínio da Petrobras. Antes disso, terá uma sessão de gala no dia 20 de setembro, no encerramento do 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro — sua casa, de onde partiu para o mundo. O percurso internacional do filme também impressiona. Selecionado para a Seção Generation Kplus do Festival de Berlim de 2025, já conquistou o prêmio de Melhor Filme do Júri Infantil no 43º Festival Internacional de Cinema do Uruguai, uma Menção Especial na Competição Ibero-Americana do Festival de Seattle (SIFF) e o “Outstanding First Feature” no Frameline49, Festival Internacional de Cinema LGBTQ+ de São Francisco. “É uma obra que nasceu no DF, mas que dialoga com públicos diversos em qualquer lugar do mundo”, comenta Rafaela Camelo. Produzido pela Moveo Filmes, Pinda Producciones e Apoteótica Cinematográfica, com distribuição da Sessão Vitrine Petrobras no Brasil e The Open Reel no exterior, o filme reafirma o espaço da produção independente como potência criativa e sensível. Com A Natureza das Coisas Invisíveis, Brasília se inscreve mais uma vez na história do cinema brasileiro contemporâneo. A emoção das protagonistas ecoa também na trajetória do próprio longa, que atravessa fronteiras, acumula reconhecimentos e reafirma a vitalidade do olhar feminino no cinema nacional.

A incrível história do garoto de 12 anos que fotografou a Guerra do Vietnã

A incrível história do garoto de 12 anos que fotografou a Guerra do Vietnã

Nem os tanques, nem os tiroteios, nem as explosões assustavam o intrépido Jimmy Getty Images via BBC 1968, Vietnã. Esse foi o ano da Ofensiva do Tet, uma das maiores campanhas militares da Guerra do Vietnã, que marcou o início do fim do conflito travado entre o Vietnã do Norte comunista (apoiado pela China e pela Rússia) e o Vietnã do Sul anticomunista (apoiado principalmente pelos EUA). Soldados americanos começaram a chegar ao Vietnã em grande número, apesar dos crescentes protestos contra a guerra nos Estados Unidos. A agitação e o caos reinavam em Saigon - hoje Cidade de Ho Chi Minh -, a capital do Vietnã do Sul. E no meio dessas ruas destruídas pela guerra, um menino de apenas 12 anos corria decidido e sem medo em direção ao perigo. Jimmy era uma presença frequente na linha de frente AP via BBC Era Lo Manh Hung - ou "Jimmy", o menino que fotografou a Guerra do Vietnã - e, quase com certeza, podemos dizer que ele foi o fotógrafo de guerra mais jovem do mundo. "Ele podia fotografar qualquer coisa. Nada o assustava. Ele tirou fotos que são realmente excepcionais", diz sua irmã Quyen. "Tudo se resumia a conseguir a foto, não em pensar na própria vida", comenta outro de seus irmãos. Jimmy morava em Saigon com os pais e irmãos. E, agora, pela primeira vez, eles decidiram contar a sua história para a BBC. Seguindo os passos do pai Quando Jimmy nasceu, o país já estava em uma guerra. Seu pai, Lo Vinh, era um fotojornalista de guerra freelancer. Jimmy seguiu seus passos, acompanhando-o no campo de batalha, e ocasionalmente seus irmãos também. Quando algo acontecia na cidade, Jimmy saía correndo para registrar com sua câmera Getty Images via BBC "Jimmy adorava tirar fotos e se arriscava muito. Em Saigon, se algo acontecia, como uma bomba explodindo, ele pegava sua câmera, subia na moto e saía correndo para tirar fotos", disse seu irmão Richard à BBC. "Ele corria para lá antes de qualquer outra pessoa. Nenhum outro repórter se atrevia a chegar primeiro. Nem mesmo os serviços de emergência conseguiam chegar a tempo." Richard se lembra que Jimmy era um fotógrafo "especialista, rápido e perspicaz, mais ágil e mais experiente [que os irmãos mais novos]". Jimmy era um fotojornalista talentoso, agudo e sagaz Getty Images via BBC Jimmy era apaixonado pelo que fazia e começou a sair cada vez mais por conta própria. Sua intrepidez e seu talento permitiram capturar imagens impactantes da linha de frente, que ele depois vendia para todos os tipos de publicações internacionais. Apesar da brutalidade da guerra, seu irmão Vincent lembra que "Jimmy era um menino alegre", com espírito aventureiro. As vantagens - e desvantagens - de ser tão jovem Às vezes, por causa da pouca idade, Jimmy acabava na cadeia. Quando o viam vagando pelas ruas após o toque de recolher, a polícia desconfiava de suas credenciais de imprensa. No entanto, foi exatamente por ser tão jovem que ele conseguiu desenvolver um bom relacionamento com os soldados e obter um acesso único que outros fotógrafos não tinham. Os soldados, contam os irmãos de Jimmy, gostavam dele Vincent Ly Estima-se que 1 milhão de vietnamitas tenham morrido durante a guerra AP via BBC "Ele contava que os soldados eram curiosos, que se aproximavam, conversavam e brincavam", diz Thomas, outro de seus irmãos, à BBC. Mas era evidente que, durante a guerra, Jimmy sentia uma grande responsabilidade de sustentar sua família, uma realidade que se intensificou ainda mais quando ele se tornou o principal provedor. "Claro que nossos pais, às vezes, estavam preocupados. Ele era o filho mais velho e, se algo lhe acontecesse, seria um grande problema", diz Richard. "Quando nosso pai foi ferido em um acidente de moto e não podia trabalhar, e havia tantas crianças para cuidar, Jimmy, como filho mais velho, teve que assumir a responsabilidade de sustentar a família", acrescenta. Como o mais velho dos irmãos, Jimmy sentia a responsabilidade de ajudar financeiramente a sua família Getty Images via BBC Richard diz que seus pais se preocupavam com Jimmy com frequência, porque ele desaparecia e não voltava para casa por dias. "Jimmy se vestia como um soldado e se metia de alguma forma nos helicópteros com eles. Ele dizia que era jornalista e eles o deixavam ficar". A foto do helicóptero Existe uma foto famosa que Jimmy pode ter tirado, na qual se vê um helicóptero cercado de pessoas, mas a BBC não conseguiu verificar sua autoria. Seus irmãos explicam que ele esteve lá naquele dia, em meio ao caos, quando várias aeronaves decolaram. "Naquele momento, essa foto mostrava o que as pessoas estavam vivendo. Um helicóptero pousou durante a batalha de An Loc. As pessoas estavam aterrorizadas. An Loc estava sitiada havia dias, muitos soldados estavam feridos, e civis famintos e desesperados tentavam subir no helicóptero para escapar e deixar An Loc", conta Richard. A saída desesperada de An Loc AP via BBC Era uma questão de vida ou morte. O helicóptero podia levar poucas dezenas de pessoas, mas a multidão que o cercava era enorme. "Jimmy seguiu a multidão - eles estavam escondidos havia três ou quatro dias. E quando chegou a hora de sair, ele os seguiu. Ele nos contou que, quando os helicópteros pousaram, o Viet Cong (a guerrilha pró-Norte que operava no Vietnã do Sul) disparou artilharia, foguetes e chuvas de balas sobre a pista, então essas fotos são incrivelmente significativas", explica Richard. "Você pode ver os civis subindo a bordo, e também soldados feridos. Jimmy contou que, depois de tirar a foto, ele teve que subir e se segurar na parte de trás do helicóptero. Foi muito perigoso. Muitas pessoas caíram e morreram ali mesmo. Essas cenas devem ter sido aterrorizantes... provavelmente as mais perigosas. Esta foto é incrível. Por isso sinto que ela é tão significativa para nós." Perigo Enquanto Jimmy e seu pai eram os fotógrafos, todo o negócio era definitivamente um assunto de família. "Depois de tirar as fotos, [Jimmy] trazia os rolos para casa, e minha mãe [Ly Tu Lan] revelava no quarto escuro. Depois, ela processava as imagens", lembra Richard. "Eu também ajudava minha mãe. Muitas vezes, trabalhávamos até tarde da noite, por volta das 22h ou até meia-noite, e de manhã, eu levava as fotos para os jornais." Embora os fotógrafos fossem Jimmy e seu pai, a fotografia era um negócio de família onde todos desempenhavam um papel. Vincent Ly E embora todos colaborassem, o perigo em que Jimmy vivia era muito real. Eventualmente, o inevitável aconteceu, quando os temores de sua família se materializaram em parte. "Meu irmão foi baleado por um AK47 em um braço, estava sangrando e foi enfaixado", diz Thomas, referindo-se ao momento em que ele foi ferido perto da linha de frente. Jimmy se recuperou, mas esse incidente não o fez abandonar sua paixão por fotografar a guerra e ele voltou a trabalhar imediatamente. Alguns anos depois, em 1972, ele foi ferido novamente. "Durante a batalha de Quang Tri, ele foi atingido novamente, desta vez por fogo de artilharia. Um estilhaço cortou sua orelha, danificou sua audição e Jimmy acabou no hospital", diz Richard. Mesmo após este último episódio, Jimmy continuou tirando fotos até o final da guerra. Nova vida Mas quando as últimas tropas americanas se retiraram em 1973, era apenas uma questão de tempo até que o cerco se fechasse sobre o Vietnã do Sul. Dois anos depois, os norte-vietnamitas tomaram Saigon. Muitos sul-vietnamitas fugiram, incluindo Jimmy e seus irmãos. Quatro de seus irmãos compartilharam a história de Jimmy com a BBC BBC "O Viet Cong estava prestes a chegar, cercando as pessoas em Saigon. Jimmy disse que se queríamos sair do país, tínhamos que encontrar um barco para escapar para os EUA", diz Thomas à BBC. Em meio à confusão que se vivia na cidade, eles partiram. Mas nem todos saíram juntos e demorou bastante tempo até que se reencontrassem, por sorte, em um acampamento para refugiados na ilha de Guam. "De repente, ouvi Jimmy gritar em vietnamita 'Nam, nam!'. Foi um momento de tanta alegria, porque havíamos perdido o rastro dele em Saigon", conta Thomas. "Estivemos separados desde Saigon e este momento foi completamente inesperado. Três irmãos se reencontraram. Uma verdadeira surpresa, porque em um acampamento de centenas de milhares de pessoas, de repente nos encontramos. A partir daquele momento, permanecemos juntos, cheios de alegria. Esse foi o momento mais emocionante de todos." Enquanto todos conheciam o menino fotógrafo no Vietnã, nos EUA Jimmy não tinha conexões com a imprensa Vincent Ly Assim como seus irmãos, que acabaram encontrando refúgio em países como China, EUA e Austrália, Jimmy acabou na Califórnia, onde levou uma vida tranquila, comparada às suas primeiras décadas. "Quando chegamos aos EUA, ainda conversávamos de vez em quando, mas ele sentia uma certa melancolia. Ele guardava tudo para si. O passado era o passado e ele nunca mais falou dos velhos tempos", lembra Thomas. "Ele amava ser fotojornalista, mas nos EUA ele não tinha conexões com a imprensa ocidental, as coisas não eram como no Vietnã. No Vietnã, todos o conheciam, mas aqui acho que ele se sentia um pouco triste. "Ainda assim, ele amava sua profissão e continuou se dedicando a ela até o fim. "Aonde quer que fosse, ele sempre levava uma câmera, pronto para tirar fotos, seja por diversão ou por trabalho. Se via algo interessante, ele registrava." Jimmy, iniciando sua nova vida nos EUA Cindy Vong Regresso Jimmy se casou, formou uma família e, eventualmente, encontrou um caminho para seu primeiro amor: a fotografia. "Quando ele economizou dinheiro suficiente, ele abriu seu próprio negócio de laboratório e fotografia", diz Thomas. Jimmy se casou e formou uma família nos EUA Cindy Vong Mais tarde ele também retornaria ao Vietnã. Foi uma semana após uma viagem em 2018 que Jimmy faleceu devido a uma insuficiência cardíaca. Seu legado vai além de ser um dos fotógrafos mais jovens do mundo: está em seu talento para tirar fotos, que ajudaram a atrair a atenção do mundo para a Guerra do Vietnã. Mas seu outro legado é mais íntimo e não menos importante: ele foi um pilar vital na história de sobrevivência de sua própria família. *Este artigo foi adaptado do vídeo do BBC Reels, produzido e narrado por Howard Timberlake e editado por Tom Heyden LEIA TAMBÉM: Guerra do Vietnã, 50 anos depois: 7 razões para a derrota dos EUA Garota da foto na Guerra do Vietnã passa por último tratamento de pele depois de 50 anos

Israel ataca alvos militares dos houthis em Sanaa, no Iêmen

Israel ataca alvos militares dos houthis em Sanaa, no Iêmen

O Exército israelense afirmou que atacou instalações militares dos houthis na capital iemenita, Sanaa, no domingo, incluindo áreas próximas ao palácio presidencial, além de usinas de energia e um depósito de combustível. Segundo o jornal israelense Haaretz, que citou as Forças Armadas (IDF, na sigla em inglês), os alvos foram usados ​​pelos houthis para operações militares. Veja: Irã nega ter ajudado Houthis no ataque contra Israel e acusa Netanyahu de levar os EUA para uma 'catástrofe' no Oriente Médio Em meio a pressão sobre programa nuclear: Trump lança operação militar contra Houthis no Iêmen e envia recado ao Irã "Os ataques foram conduzidos em resposta aos repetidos ataques do regime terrorista houthis contra o estado de Israel e seus civis, incluindo o lançamento de mísseis terra-terra e UAVs em direção ao território israelense nos últimos dias", disseram os militares em um comunicado. Além disso, as IDF afirmaram que a sede do governo estava localizada em uma instalação dos houthis e, por isso, a atacou. "O palácio presidencial na área de Sanaa está localizado dentro de uma instalação militar de onde operam as forças militares do regime terrorista Houthi", acrescentou o Exército, acrescentando que as usinas de energia "serviam como uma importante instalação de fornecimento de eletricidade para atividades militares". "O uso dessas usinas constitui mais uma prova de como o regime Houthi usa a infraestrutura civil para fins militares". Initial plugin text A Al-Mayadeen, com sede no Líbano, informou que pelo menos três ataques foram realizados. Outro ataque atingiu o prédio do Ministério da Defesa, informou a AFP, observando que um número indeterminado de pessoas ficou ferido. Ainda de acordo com o Haaretz, citando o canal Al-Masirah, administrado pelos Houthis, os militares israelenses também realizaram vários ataques aéreos em uma instalação de uma empresa petrolífera na 60th Street, em Sanaa, bem como na usina elétrica de Khaziz, ao sul da capital. Israel x houthis Desde o início da guerra em Gaza, em outubro de 2023, os Houthis lançam mísseis e drones contra Israel e navios do Mar Vermelho, alegando agir em solidariedade aos palestinos. Os houthis, um grupo tribal que já foi uma espécie de escória, assumiram o controle de grande parte do norte do Iêmen desde que invadiram Sana em 2014, aumentando gradualmente suas capacidades militares e vencendo efetivamente uma guerra contra uma coalizão liderada pela Arábia Saudita que passou anos tentando derrotá-los. Contexto: Míssil disparado por grupo rebelde houthi atinge perímetro do Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Israel Agora que os combates mais intensos na guerra civil do Iêmen diminuíram em grande parte, o grupo armado tem funcionado cada vez mais como um governo de fato. Eles descrevem seus recentes ataques como uma campanha de solidariedade aos 2,2 milhões de palestinos que vivem sob o cerco de Israel e bombardeios de Gaza, que foram lançados massivamente em resposta aos ataques sem precedentes do grupo terrorista Hamas em 7 de outubro. Essa campanha transformou os houthis de uma força local e regional em uma força com impacto global, disse ao New York Times Yoel Guzansky, pesquisador sênior do Instituto de Estudos de Segurança Nacional da Universidade de Tel Aviv. Para ele, no fim das contas, o que os rebeldes desejam é “uma participação maior no Iêmen”, e “talvez queiram fazer isso tornando-se um problema global”.