‘Por mim, deveria ter mais mulheres’, diz Jaques Wagner sobre indicação ao STF

‘Por mim, deveria ter mais mulheres’, diz Jaques Wagner sobre indicação ao STF

Ao comentar a possível indicação de Lula para ocupar a vaga de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF), o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), concordou que a reivindicação por uma representação feminina é “absolutamente pertinente e justa”. + Leia mais notícias de Política em Oeste O senador afirmou ainda que, apesar de não haver nomes femininos na lista que circula nos bastidores, o tema é legítimo e pode ser considerado por Lula na escolha do próximo ministro do STF:  “Até o momento, não me consta” “Não estou dizendo que não tenha, estou dizendo que não me consta na lista que todo mundo cita como possíveis o nome de uma mulher”, declarou. “Não estou dizendo que não é pertinente. Eu acho que deve ser. Por mim, deveria ter mais mulheres.” https://www.youtube.com/watch?v=rIfWpPFostI Nomes cotados para o STF Nos bastidores, os principais cotados para assumir a vaga de Barroso no Supremo são três autoridades: Rodrigo Pacheco — senador e ex-presidente do Congresso Nacional; Bruno Dantas — ministro do Tribunal de Contas da União (TCU); e Jorge Messias — advogado-geral da União. Ainda em entrevista, Jaques Wagner ressaltou que a escolha de Lula sobre o próximo ministro da Suprema Corte deve ser uma “decisão solitária”, embora as “pessoas fiquem falando”. “Eu sou muito franco”, declarou. “Essa coisa é da solidão do poder. Ele vai ouvir mil pessoas, ou não vai ouvir ninguém, até porque é óbvio que ele tem um olhar sobre as pessoas que estão citadas. O Rodrigo Pacheco, ele conhece? Conhece. O Messias, ele conhece? Conhece. O Bruno, ele conhece? Conhece. Então não precisa de informação.” Interpelado sobre a ausência de mulheres entre os possíveis nomes, o líder reconheceu a lacuna: “Eu acho absolutamente pertinente e justa a demanda”. “Agora, é preciso às vezes uma inversão na ordem dessas coisas”, argumentou Jaques Wagner. “Não sei se fosse uma mulher na AGU, trabalhando, pode ser que (fosse cotada). porque também não é ‘tem que ser’, tem as pessoas e você escolhe, entendeu?”. A vaga deixada por Barroso reacendeu o debate sobre a baixa presença feminina no Supremo. Atualmente, apenas a ministra Cármen Lúcia compõe a Corte. O novo nome a ser indicado por Lula será o terceiro escolhido por ele em seu atual mandato, depois das nomeações de Cristiano Zanin e Flávio Dino. O post ‘Por mim, deveria ter mais mulheres’, diz Jaques Wagner sobre indicação ao STF apareceu primeiro em Revista Oeste .

Alesp aprova projeto que dá nome do ex-governador Paulo Egydio Martins à Rodovia dos Bandeirantes

Alesp aprova projeto que dá nome do ex-governador Paulo Egydio Martins à Rodovia dos Bandeirantes

Rodovia dos Bandeirantes liga a capital paulista ao interior CCR Autoban A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou, durante sessão nesta quarta-feira (15), o projeto de lei que acrescenta o nome do ex-governador Paulo Egydio Martins à Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), via que liga a capital paulista ao interior de São Paulo. A proposta, de autoria do deputado estadual Capitão Telhada (PP), foi encaminhada à sanção do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Apresentado em 9 de novembro de 2023, o projeto propõe que a via passe a se chamar “Rodovia dos Bandeirantes – Governador Paulo Egydio Martins”. Paulo Egydio governou o estado entre 1975 e 1979. Ele morreu aos 92 anos em 12 de fevereiro de 2021 (veja mais abaixo). A homenagem reconhece o ex-governador, responsável pela inauguração da própria Bandeirantes e de outras obras marcantes, como a pista ascendente da Rodovia dos Imigrantes, o Hospital Universitário da USP, o Instituto do Coração (InCor) e a Unesp. O texto destaca que a SP-348 é uma das rodovias mais importantes e bem conservadas do país, com papel relevante na economia e no turismo, conectando regiões industriais e abrigando grandes parques "Possui grande importância comercial, pois, em conjunto com o Rodoanel Mário Covas e a Rodovia Anchieta, atua como elo entre dois dos maiores polos de importação e exportação do país: a Aeroporto Internacional de Viracopos e o Porto de Santos. É também junto com a Rodovia Anhanguera o maior corredor financeiro do país, pois liga as duas regiões metropolitanas mais ricas do estado, e do Brasil", disse o deputado, na proposta. E finalizou: "A competência para a iniciativa deste projeto de lei encontra amparo nos artigos 21 e 24 da Constituição do Estado, bem como no artigo 146, inciso III de nosso Regimento Interno. Destarte, pela importância do governador Paulo Egydio Martins para a história da rodovia SP-348, que rogamos aos Nobres Parlamentares desta Casa a aprovação desta proposição, para que seu nome seja acrescentado em sua nomenclatura oficial, passando a contar com a denominação 'Rodovia dos Bandeirantes - Governador Paulo Egydio Martins'". Quem foi Paulo Egydio Martins Paulo/Egydio Martins Reprodução Globo News Engenheiro de formação, Martins governou São Paulo entre os anos de 1975 e 1979, tendo sido eleito indiretamente durante o governo do presidente Ernesto Geisel. Antes de ser governador, ele foi ministro do Trabalho e de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior entre 1966 e 1967, durante o governo do general Humberto Castelo Branco. Além de inaugurar rodovias importantes do estado de SP, como a Bandeirantes e uma das pistas da Rodovia dos Imigrantes, Egydio teve a passagem pelo Palácio dos Bandeirantes marcada por reagir aos assassinatos do jornalista Vladimir Herzog e também do operário Manoel Fiel Filho, mortos pela Ditadura Militar dentro do DOI-CODI, o órgão de repressão do regime em SP. Em entrevista ao repórter Geneton Moraes Neto, na Globo News, o então governador de São Paulo, Paulo Egydio Martins, disse que os militares armaram uma farsa sobre o assassinato de Herzog. "Se maquiou um suicídio. O suicídio foi maquiado. Não houve suicídio. Herzog foi assassinado dentro das dependências do II Exército, na Rua Tutóia, em São Paulo", afirmou Paulo Egydio. Após os dois assassinatos, Egydio pressionou o presidente Geisel a exonerar o general Ednardo D'Ávila Melo, que comandava o II Exército, responsável pelo DOI-CODI na época das torturas. Martins também foi responsável por inaugurar em SP o Instituto do Coração (InCor), o Hospital Universitário da USP e a Universidade Estadual Paulista (Unesp). Morre Paulo Egydio Martins