Com países longe das metas de desmatamento, Brasil responde por quase metade da devastação de florestas tropicais, aponta relatório

Com países longe das metas de desmatamento, Brasil responde por quase metade da devastação de florestas tropicais, aponta relatório

A COP30 começa daqui a menos de um mês, em Belém, num mundo longe de zerar o desmatamento. Um relatório global traça o cenário sobre o qual ocorrerão as negociações, e o que se vê são florestas transformadas em terra das promessas descumpridas. Países só alcançaram cerca de 37% de suas próprias metas. A avaliação é clara: sem o engajamento de países-chave, como o Brasil, a meta global de desmatamento zero até 2030 é inalcançável. Para o bem e para mal, o Brasil é destaque na Avaliação da Declaração Florestal, análise anual e independente que mede o progresso dos países em relação às metas assumidas na Declaração das Florestas de Glasgow, assinada na COP26, em 2021. Ela é baseada em dados oficiais ou publicados em revistas científicas, e preparada por instituições científicas, organizações da sociedade civil e governos, a exemplo do WRI, WWF e Observatório da Restauração e do Reflorestamento do Brasil. Brasil em destaque O Brasil se destaca, não por sediar a COP30. Mas por ter as maiores florestas dos trópicos, ser historicamente um grande desmatador, tanto em termos absolutos quanto relativos ao território, mas também ter feito avanços significativos em rastreabilidade, bioeconomia e financiamento. Em 2024, 3,84 milhões de hectares de florestas tropicais úmidas foram perdidos no Brasil. Isso representa 47,3% de toda a perda global de floresta tropical úmida no ano. Em comparação a 2023, o desmatamento caiu 22%, mas ainda é três vezes maior do que o nível compatível com a meta de desmatamento zero até 2030. O país também é o maior emissor global proveniente de mudança no uso da terra, responsável por mais de 40% das emissões mundiais ligadas ao desmatamento tropical. Cabe notar que o Brasil possui cerca de um terço das florestas tropicais úmidas do planeta, o que o torna naturalmente o país onde as perdas têm maior impacto global. E o relatório reconhece que o Brasil é o único entre os cinco maiores desmatadores que apresentou queda consistente nas taxas de perda florestal em 2023–2024. Todavia, enfatiza que o país ainda está fora da trajetória necessária para alcançar o desmatamento zero até 2030. O país também registrou mais de 6,2 milhões de hectares de florestas degradadas, principalmente por incêndios na Amazônia e no Cerrado. As emissões resultantes foram equivalentes às emissões anuais combinadas de países como Japão e Alemanha. A diminuição do desmatamento na Amazônia Legal, segundo o estudo, demonstra avanços recentes nas políticas de comando e controle. No entanto, mesmo com avanços, mais de 90% das derrubadas continuam ilegais. Política como motor do desmatamento O estudo salienta que a política se tornou o maior motor do desmatamento no país. Decisões do Congresso, sobretudo a Lei Geral do Licenciamento Ambiental (Lei nº 15.190/2025), sancionada com vetos pelo presidente Lula, ameaçam as metas nacionais de redução das emissões de CO2, em detrimento de outros setores da economia. “As pressões econômicas e políticas estão corroendo o que foi alcançado”, resume o relatório, que reúne dados de 140 países. “O Brasil está diante de uma escolha decisiva. Pode consolidar-se como líder da transição verde global — ou repetir o ciclo de avanços e retrocessos que tem marcado sua política ambiental nas últimas décadas”, ressalta o estudo. As florestas do planeta perdem entre 6 e 7 milhões de hectares por ano, e os países ricos continuam exportando desmatamento por meio de suas cadeias de consumo. Em 2024 a situação se agravou e 8,1 milhões de hectares de floresta tropical, ou um Panamá, foram perdidos no mundo. É o equivalente a 3,1 milhões de hectares acima da perda máxima consistente com a meta de 2030 e maior do que a taxa de perda registrada em 2021, quando os líderes mundiais renovaram compromissos ousados para acabar com o desmatamento. O relatório aponta que nações ricas causam até 15 vezes mais danos à biodiversidade no exterior do que em seus próprios territórios, especialmente via importação de soja, carne, madeira e óleo de palma. Avanços em tecnologia e governança ambiental No caso brasileiro, o documento identifica avanços importantes em tecnologia e governança ambiental, com destaque para sistemas de rastreabilidade digital e o fortalecimento de instrumentos de controle de cadeias produtivas. O estudo cita entre as iniciativas de impacto positivo o Selo Verde, lançado em 2024, que vincula certificação ambiental ao Cadastro Ambiental Rural (CAR); o Plano Nacional de Identificação de Bovinos e Búfalos (PNIB), que prevê rastreabilidade total do rebanho até 2032; e a plataforma AgroBrasil+Sustentável, que integra dados públicos e privados para garantir conformidade socioambiental de exportações. O Brasil é descrito como líder potencial da bioeconomia tropical, com capacidade de atrair até US$ 50 bilhões anuais em investimentos verdes, se mantiver segurança jurídica e rastreabilidade total das cadeias produtivas. Programas como Amazônia Sempre (BID) e a Iniciativa de Bioeconomia do G20 são citados como eixos desse crescimento. Mas, segundo o relatório, o sucesso dessas políticas dependerá de coerência entre os níveis federal e estadual — e da capacidade de o país evitar retrocessos regulatórios antes da COP30. A suspensão temporária da Moratória da Soja, revertida após decisão judicial, também é mencionada como sinal de instabilidade regulatória. “As alterações legais ampliam brechas para o desmatamento e fragilizam a segurança jurídica necessária para investimentos sustentáveis”, diz o estudo. O relatório mostra ainda que estados amazônicos, como Acre, Rondônia e Mato Grosso, têm reduzido áreas de conservação e aprovado leis próprias de licenciamento, frequentemente em desacordo com normas federais. O Brasil aparece como um dos “hotspots globais” desse problema, ao lado de Indonésia e República Democrática do Congo.

Três pesquisadores ganham o Prêmio Nobel de Economia e vão dividir quase R$ 6,5 milhões

Três pesquisadores ganham o Prêmio Nobel de Economia e vão dividir quase R$ 6,5 milhões

Três pesquisadores ganham o Prêmio Nobel de Economia e vão dividir quase R$ 6,5 milhões Reprodução/TV Globo Três pesquisadores ganharam o Prêmio Nobel de Economia e vão dividir o equivalente a quase R$ 6,5 milhões. O holandês Joel Mokyr vai ficar com a metade, por ter identificado as condições para um progresso econômico sustentado no progresso tecnológico. O francês Philippe Aghion e o canadense Peter Howitt vão dividir a outra metade, por terem elaborado a teoria do crescimento baseada na "destruição criativa", que é quando uma inovação substitui outra por completo. LEIA TAMBÉM Nobel de Economia 2025 premia pesquisadores por estudos sobre o crescimento econômico impulsionado pela inovação

Mariana D’Andrea conquista prata no Mundial de Halterofilismo

Mariana D’Andrea conquista prata no Mundial de Halterofilismo

A brasileira Mariana D’Andrea garantiu a primeira medalha do Brasil no Mundial de Halterofilismo paralímpico que está sendo disputado no Cairo (Egito). Com a marca de 141 quilos, a paulista levou uma prata na categoria até 73 quilos nesta segunda-feira (13). A 1️⃣ª MEDALHA DO BRASIL NO MUNDIAL DO #CAIRO2025 SAIU E É DELA, MARIANA D'ANDREA! ? Mari fechou com a marca de 141kg logo em sua primeira tentativa na categoria até 73kg. O ouro ficou com a chinesa Yujiao Tan, com a marca de 146kg, e o bronze com a nigeriana Chiamaka Ani, com… pic.twitter.com/3Eb1BwKoGM — Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) October 13, 2025 Notícias relacionadas: Ancelotti diz que seleção brasileira ainda está aberta a experiências. Nadador de Recife tenta aumentar coleção de ouros nos Jubs. Brasil faz história e termina Mundial de Atletismo Paralímpico em 1º. A medalha de ouro nesta disputa ficou com a chinesa Tan Yujiao, que levantou 146 quilos, enquanto a nigeriana Ani Chiamaka garantiu o bronze, com a marca de 140 quilos. “Saio daqui com a consciência tranquila. Dei o meu melhor. A gente queria muito essa medalha de ouro, treinamos muito para isso. Mas agora isso serve de motivação para eu treinar ainda mais daqui para frente”, declarou Mariana D’Andrea.

Gol propõe reorganização societária e saída da Bolsa

Gol propõe reorganização societária e saída da Bolsa

DIEGO FELIX E PEDRO S. TEIXEIRA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) A companhia aérea Gol vai propor aos acionistas uma reorganização societária que pode culminar com o fechamento do capital da empresa e saída da empresa do nível 2 de governança da B3, segundo boletim de voto à distância divulgado pela empresa na noite desta segunda-feira (13). No documento, o conselho de administração da companhia propõe que a empresa operacional Gol Linhas Aéreas Inteligentes e a Gol Investment Brasil sejam incorporadas pela empresa fechada Gol Linhas Aéreas SA. De acordo com fato relevante publicado nesta segunda, a Abra, conglomerado que controla a Gol, planeja pagar R$ 5,82 para cada título da nova empresa fechada que vai incorporar a companhia aérea. Trata-se do preço atual da emissão de um papel da empresa. A Gol vai oferecer uma ação da companhia fechada para cada ação ordinária dos sócios minoritários. Ações preferenciais, que não dão direito a voto e sim preferência no pagamento de dividendos, serão trocadas por 35 títulos da nova empresa. O cálculo não considera dívidas da companhia. O negócio inclui outras subsidiárias da Gol Linhas Aéreas, como o programa de milhas Smiles e a transportadora Gollog. Na proposta, a Gol se comprometeu a comprar apenas os títulos dos acionistas que tiverem menos de R$ 47,25 milhões em papéis. A cláusula permite que a Abra desista do negócio, se o valor passar desse limiar. A proposta precisa ser aprovada em assembleia de acionistas convocada para 4 de novembro, segundo o documento. Em maio, a Gol realizou um aumento de capital, mas apenas 0,76% dos acionistas minoritários quiseram participar. Nesse contexto, a Abra passou a deter 99,97% das ações ordinárias e 99,22% das ações preferenciais. Assim, os papéis que estavam na mão de terceiros caíram a apenas 0,78% das ações em circulação, o que fica abaixo do nível de governança exigido pela B3, a Bolsa de São Paulo. Além disso, as ações preferenciais da Gol estão valendo menos de R$ 1,00, e a B3 exige mínimo de R$ 1,00 por ação. Em nota, a Gol confirmou a simplificação de sua estrutura societária e classificou o movimento como um fortalecimento da governança. De acordo com a companhia, a decisão visa reduzir custos e permitir maior agilidade estratégica em um momento de retomada operacional. "A reorganização societária anunciada faz parte de uma estratégia de negócio e, portanto, nada muda para os passageiros: a companhia aérea mais pontual do Brasil segue comprometida em oferecer as melhores opções de viagem, com excelência, segurança e pontualidade", disse a Gol. O comunicado vem na sequência de uma tentativa frustrada de fusão com a Azul, que foi enterrada oficialmente no último dia 25 depois de meses de negociação travada. O anúncio levado ao mercado inicialmente pela Abra, controladora da Gol, foi a forma encontrada pela holding para encerrar as especulações em torno de uma possível união. Assinado em janeiro, o memorando de entendimentos previa uma fusão das companhias. Naquele momento, a Gol ainda estava se reorganizando financeiramente para acertar suas contas com credores dentro do Chapter 11 (a recuperação judicial nos Estados Unidos) e a Azul, apesar das dificuldades apontadas nos balanços, vivia um cenário menos complicado. O memorando também servia como uma opção de negócios visando a união de forças em um setor extremamente sensível da economia global. Ambas as companhias sofreram apertos financeiros na pandemia, o que desencadeou um crescimento brutal da dívida -aliado ainda à alta do dólar e do preço do combustível de aviação. Acontece que, no final de maio, a Gol encerrou seu processo de recuperação nos EUA e, logo em seguida, a Azul declarou sua adesão ao Chapter 11. Naquele momento, segundo agentes do setor, a Azul deixou bem claro à Abra qual era sua posição nos acordos de fusão das companhias e comunicou que a prioridade seria o processo de recuperação.

Trump, o negociador: presidente dos EUA buscou acordo de paz em Gaza desde o início do segundo mandato

Trump, o negociador: presidente dos EUA buscou acordo de paz em Gaza desde o início do segundo mandato

Trump, o negociador: presidente dos EUA buscou acordo de paz em Gaza desde o início do segundo mandato Reprodução/TV Globo Donald Trump buscou um acordo de paz em Gaza desde o início do segundo mandato. Com o passar dos meses, tanto os terroristas do Hamas como o governo israelense não davam sinais de que o cessar-fogo seria possível num futuro próximo. Até que tudo mudou. Um vídeo gerado por inteligência artificial. Gaza transformada em um grande resort de luxo, com uma estátua gigante do presidente americano. Foi ele mesmo quem postou o vídeo nas redes sociais no começo de 2025. Uma peça de uma negociação de idas e vindas. Donald Trump ainda era um empresário em ascensão do mercado imobiliário de Nova York quando escreveu “A Arte da Negociação”. No livro publicado em 1987, ele aconselha: “A pior coisa para se fazer em um acordo é parecer desesperado em fechá-lo. Você tem que convencer o outro cara que é interessante para ele fechar esse acordo”. Ele seguiu sua própria cartilha nos últimos nove meses. Quinze dias depois de assumir o segundo mandato, recebeu o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca e afirmou, ao lado dele, que planejava fazer os Estados Unidos tomarem o controle da Faixa de Gaza. Nesse período, segundo Trump, os palestinos deixariam a região. O presidente americano emendou: uma Riviera do Oriente Médio: “Isso poderia ser feito. Poderia ser magnífico”. Riviera é o nome dado a regiões turísticas costeiras. As mais famosas Rivieras - italiana e francesa - ficam no Mar Mediterrâneo. A ideia chocou inclusive aliados americanos no Oriente Médio, como a Jordânia. No fim de fevereiro, Trump afirmou à emissora Fox News que pagaria a Egito e Jordânia bilhões de dólares por ano para que recebessem os palestinos; que não forçaria ninguém a nada - apenas uma recomendação. Logo depois veio o vídeo das redes sociais. Semanas depois, Trump negou mais uma vez que obrigaria os palestinos a saírem de Gaza. Mas naquela mesma semana, agências de notícia tiveram acesso a um plano da Casa Branca para realocar os moradores de Gaza para Somália e Sudão; que o governo sudanês logo rejeitou. Em 31 de agosto, mais um plano a que a imprensa americana teve acesso: pagar para os palestinos deixarem Gaza. Naquela mesma semana, conversas na Casa Branca incluíam personagens como o genro de Donald Trump, Jared Kushner - responsável por costurar acordos entre Israel e países árabes em 2020 - e o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair. O bombardeio de Israel a um bairro residencial de Doha, capital do Catar, foi a gota d’água para que Trump mudasse a postura diante do conflito. Foi o que contou o negociador Gershon Baskim, que tem um canal direto de negociação com o grupo terrorista Hamas. Ele assessorou o governo americano para montar o acordo. Em entrevista à correspondente Carolina Cimenti, no Fantástico, Baskim garantiu que o ataque forçou Trump a perceber que, atualmente, os interesses americanos na região são muito mais fortes no Golfo Pérsico do que em Israel: “Trump não vai abandonar Israel, mas ali ele entendeu que a guerra tinha que acabar”. Vinte dias depois do ataque a Doha, o presidente americano recebeu Netanyahu na Casa Branca e forçou o premiê israelense a aceitar o acordo. E foi além: obrigou ele a ligar para o governo do Catar e pedir desculpas pelo ataque. Nesse mesmo dia, a Casa Branca divulgou o anúncio: “O plano abrangente para o fim do conflito em Gaza”, com 20 pontos. O plano não fala em retirada dos palestinos, como Trump disse inicialmente, e desmentiu mais de uma vez ao longo do ano. Pelo contrário: diz que encoraja as pessoas a ficarem e que oferece a elas a oportunidade de construir uma Gaza melhor. Nem determina a tomada do controle de Gaza pelos americanos. Mas estabelece que Trump comandará um conselho para supervisionar um novo governo em Gaza - formado por palestinos, sem o grupo terrorista Hamas. Trump teve sucesso ao fechar o plano de paz para Gaza seguindo o próprio conselho: fez o mundo acreditar que o que queria era o inimaginável: transformar Gaza em um resort. Na negociação, deu a impressão que recuou da ideia polêmica. Sem demonstrar desespero, esperou para conversar com líderes do Oriente Médio e convenceu até o grupo terrorista Hamas de que o melhor para eles era aceitar o acordo. “Não há outro país no mundo que ame Trump mais do que os israelenses neste momento, e Trump ama isso”, lembrou Baskim. Depois de uma primeira fase bem-sucedida, o desafio do presidente americano será demonstrar que Gaza tem uma paz duradoura. Porque um outro trecho do livro de Donald Trump diz o seguinte: “Você pode criar empolgação, mas se não entregar o que promete, as pessoas vão perceber”. LEIA TAMBÉM Sem Israel nem Hamas, líderes mundiais assinam acordo de cessar-fogo em Gaza; 'Conseguimos fazer o impossível', diz Trump 'Fim da era do terror', diz Trump no Parlamento de Israel após libertação de reféns em Gaza Até o presidente da Fifa: autoridades mundiais fazem fila para tirar foto com Trump, que sorri com todos — menos com Macron Sandra Cohen: Trump se consolida como o cabo eleitoral mais popular de Israel

Mulher que alegou caso com Neymar divulga resultado do exame de DNA da filha

Mulher que alegou caso com Neymar divulga resultado do exame de DNA da filha

Any Awuada, acompanhante que alegou ter tido um caso com Neymar Jr., anunciou um novo capítulo em sua história de gravidez ao divulgar o resultado do exame de DNA de sua filha. Ela compartilhou o momento em suas redes sociais, gerando grande expectativa entre seus seguidores. O procedimento do teste de paternidade Any descreveu como... The post Mulher que alegou caso com Neymar divulga resultado do exame de DNA da filha appeared first on O Antagonista .

Lula só quer sabujo no STF

Lula só quer sabujo no STF

Lula disse nesta segunda-feira, 13, em coletiva em Roma, que não quer um “amigo”, mas um “ministro” para a vaga aberta no STF, em razão da aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso. O petista afirmou que vai buscar indicar uma pessoa “gabaritada” e “com função de cumprir a Constituição brasileira”. Felipe Moura Brasil e Duda... The post Lula só quer sabujo no STF appeared first on O Antagonista .

Relatório alerta para cenário desafiador pré-COP30 e distanciamento global da meta de desmatamento zero até 2030

Relatório alerta para cenário desafiador pré-COP30 e distanciamento global da meta de desmatamento zero até 2030

A um mês da COP30, quando representantes das nações se encontraram em Belém para discutir a implementação de acordos climáticos, o cenário para o cumprimento do desmatamento zero até 2030 é desafiador. É o que mostra a Avaliação da Declaração Florestal de 2025, documento produzido por uma coalização da sociedade civil para avaliar o progresso em relação aos compromissos assumidos para eliminar a destruição e restaurar 350 milhões de hectares de terras degradadas até o fim do período. Licenciamento ambiental: Oposição articula derrubada de vetos de Lula após Alcolumbre anunciar sessão na semana que vem COP30: Disparada no número de lobistas do setor de petróleo gera sinal de alerta para a COP30 Segundo o estudo divulgado nesta segunda-feira, líderes mundiais estão descumprindo sua própria meta de acabar com o desmatamento em 63% (dois terços fora da rota). Foram perdidos permanentemente 8,1 milhões de hectares em 2024, uma área que corresponde aproximadamente ao tamanho do território do Panamá. Esse resultado está cerca de 3,1 milhões de hectares acima da perda máxima consistente com a metade 2030 e é ainda maior do que a taxa de perda registrada em 2021, quando os líderes mundiais renovaram os compromissos assumidos em 2014 para acabar com o desmatamento. Para a coalizão, as descobertas presentes no documento servem como um “alerta” anterior às negociações em Belém. — A cada ano, a lacuna entre os compromissos e a realidade aumenta, com impactos devastadores sobre as pessoas, o clima e as nossas economias. As florestas são uma infraestrutura inegociável para um planeta habitável. A falha contínua em protegê-las coloca a nossa prosperidade coletiva em risco — afirma Erin Matson, uma das autoras da Avaliação da Declaração Florestal deste ano. Do fogo ao agro Uma das descobertas do estudo foi que as florestas tropicais remotas e intocadas tiveram um desempenho alarmante no ano passado, quando cerca de 6,73 milhões de hectares foram destruídos. Isso se deu devido a incêndios na América Latina, Ásia, África e Oceania, sobretudo. Os pesquisadores afirmam que os líderes mundiais estavam 190% fora da rota do cumprimento das metas de proteção dessas florestas, que são ricas em carbono. A perda delas liberou 3,1 bilhões de toneladas métricas de gases de efeito estufa na atmosfera — quase 150% das emissões anuais do setor energético dos Estados Unidos. Segundo o relatório, os incêndios — cuja maioria são intencionalmente provocados pela limpeza de terras e, portanto, evitáveis — também foram um fator de peso no aumento dos números de degradação em 2024. No ano passado, cerca de 8,8 milhões de hectares de florestas tropicais úmidas foram degradados, o que ocorre quando incêndios florestais, exploração madeireira, construção de estradas ou coleta de lenha danificam — mas não desmatam — as florestas. “O declínio gradual e contínuo na saúde de uma floresta não é tão grave quanto o desmatamento direto, mas ainda gera impactos significativos, como as emissões de carbono. Finalmente, normalmente leva à completa desflorestação da terra no futuro. Os líderes estão 234% distantes da meta de deter essa degradação”, diz o documento. A degradação florestal causada por incêndios florestais foi particularmente alarmante nos oito países da região amazônica, alertam os pesquisadores. O relatório também acompanha o progresso no outro lado do espectro — o reflorestamento. Os cientistas constataram a existência de iniciativas ativas de restauração em andamento em ao menos 10,6 milhões de hectares de terras desmatadas e degradadas. Isso representa cerca de 5,4% do potencial global de reflorestamento e apenas 0,3% do potencial global de restauração florestal biofísica (uma medida das áreas que foram degradadas ou desmatadas), ficando muito aquém da meta de 30% estabelecida no Quadro Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal. Aproximadamente dois terços dessa área (cerca de sete milhões de hectares) estão em regiões tropicais, 3,3 milhões de hectares estão em zonas temperadas e 250 mil hectares estão em florestas boreais. O documento aponta também que a limpeza de terras para a agricultura, com o objetivo de produzir lavouras, madeira e gado, é responsável por 85% da perda florestal na última década. O estudo, no entanto, argumenta que “um dos maiores obstáculos à proteção florestal é um sistema econômico abrangente que canaliza recursos para setores destruidores de floresta em detrimento dos esforços para mantê-la em pé”. “Quando os líderes realmente se esforçam para conter a perda florestal, seja por meio do engajamento na cadeia de suprimentos ou da aprovação de uma nova regulamentação, muitas vezes o fazem isoladamente. O progresso pode se desfazer com a próxima mudança política ou econômica. Para realmente combater o desmatamento, os líderes devem trabalhar coletivamente para implementar reformas ousadas e vinculativas que transformem o sistema que ainda recompensa generosamente a perda florestal. Sucessos isolados não serão suficientes; precisamos de uma mudança sistêmica duradoura”, diz o relatório. Esperança no horizonte Apesar do cenário desafiador, o documento destaca que novas iniciativas a serem discutidas na COP30 mostram-se “promissoras para lidar com a lacuna de financiamento que prejudica os esforços de proteção florestal e podem ajudar a desencadear a mudança transformadora necessária”. Um exemplo é o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposto pelo Brasil, que visa facilitar e reduzir os riscos dos investimentos privados em florestas tropicais e “pode fornecer uma fonte confiável de bilhões em financiamento a longo prazo”. — O relatório deste ano deixa claro que soluções isoladas nunca serão suficientes. Mas novas iniciativas de financiamento, como o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, oferecem um caminho para mudanças transformadoras. Se a COP30 cumprir sua promessa, poderemos relatar uma história muito diferente no próximo ano, uma de progresso real — afirma Matson.

Barroso assina requerimento de aposentadoria do STF

Barroso assina requerimento de aposentadoria do STF

O ministro Luís Roberto Barroso assinou nesta segunda-feira, 13, o requerimento de aposentadoria do Supremo Tribunal Federal (STF). Na prática, ele permanece em atividade até a próxima sexta-feira, 17, quando encerra oficialmente sua trajetória na Corte. Barroso anunciou na última quinta, 9, sua decisão de antecipar sua aposentadoria. O magistrado fez um discurso de despedida,... The post Barroso assina requerimento de aposentadoria do STF appeared first on O Antagonista .