AGU pede que Polícia Federal investigue publicações de bolsonaristas com fake news contra Banco do Brasil

AGU pede que Polícia Federal investigue publicações de bolsonaristas com fake news contra Banco do Brasil

A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou à Polícia Federal uma investigação sobre publicações de bolsonaristas nas redes sociais com disseminação de informações falsas referentes ao Banco do Brasil. O pedido ocorre após envio de notícia-crime do BB à AGU apontando práticas delitivas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e de aliados. A AGU requer apuração da materialidade e da autoria dos fatos apontados, e afirma que podem ter, inclusive, correlação com "investigações penais em curso no âmbito da competência originária da Suprema Corte”. Desde a semana passada, perfis ligados à direita vêm recomendando a venda de ações e a retirada de recursos do banco, alegando até que o BB pode ir à falência devido a supostas sanções ligadas à Lei Magnitsky. O banco público é responsável pelo pagamento da folha salarial do Supremo Tribunal Federal, incluindo a do ministro Alexandre de Moraes, atingido pela Magnitsky, que impõe uma série de restrições a transações de recursos. O BB já cancelou cartões de bandeiras americanas do ministro. Segundo a AGU, a propagação de mensagens sugerindo a retirada de dinheiro dos correntistas dos bancos tem o interesse de pressionar agentes financeiros e gerar caos no Sistema Financeiro Nacional. "Observa-se uma ação articulada de disparo massivo de publicações que buscam aterrorizar a sociedade com a perspectiva iminente de um colapso no sistema”, diz, em nota. A AGU ainda destaca que as condutas têm o potencial de fomentar "uma verdadeira corrida bancária para retirada de valores dos bancos, o que pode causar prejuízo à economia do País”. “Soma-se a isso uma intenção política no sentido de, relacionando tal colapso às atividades dos membros do Supremo Tribunal Federal, colocar a opinião pública contra o órgão judicial e constranger o Poder Judiciário em sua atuação típica.” Em seu ofício, o Banco do Brasil citou publicações de Eduardo Bolsonaro, do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) e de Jeffrey Chiquini, que defende Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a AGU, o ofício com os detalhes dos perfis envolvidos foi encaminhado à PF como anexo da notícia-crime, citando nominalmente os dois deputados. Na denúncia, o BB cita possíveis crimes contra a soberania nacional, o Estado Democrático de Direito, o Sistema Financeiro Nacional, além de violação de sigilo bancário e crime de difamação. Na avaliação da instituição, os fatos são “gravíssimos” e representam um risco à economia nacional caso haja uma “corrida aos bancos”. No documento, o BB relatou que recebeu pedidos de esclarecimentos de clientes após as publicações “pelo temor de sanções secundárias falsamente propagadas”. “Os fatos, como se vê, são gravíssimos. E as possíveis e indesejadas consequências também, caso não sejam imediatamente prevenidas, evitadas e severamente reprimidas”, diz um trecho do documento enviado na última sexta-feira. Procurado, o advogado Jeffrey Chiquini diz que sua afirmação dizia respeito à realocação de aplicações em ações, uma ação legítima, que "todo investidor faz". "Minha fala está longe de configurar ilícito penal; é apenas a constatação da realidade da legislação americana, que tem sido amplamente divulgada por juristas de todo o mundo. Basta ler a Lei Magnitsky para compreender o óbvio", afirma.

Ano letivo começa em Washington marcado pro medo de operações anti-imigrantes

Ano letivo começa em Washington marcado pro medo de operações anti-imigrantes

Vizinhos, voluntários e pais acompanharam as crianças nesta segunda-feira (25), no primeiro dia do novo ano letivo em Washington, em uma tentativa de proteger os estudantes da campanha de deportação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em uma escola primária da capital americana, a multidão fez soar apitos, tocou pandeiros e aplaudiu as crianças a caminho da sala de aula, uma forma de se defender contra qualquer ação policial e apoiar um bairro com alta porcentagem de população latina. Em toda a cidade, foram organizados grupos de acompanhantes, caronas compartilhadas e outras iniciativas, diante do temor de que agentes de imigração pudessem intervir nas escolas. A moradora Helena Bonde, de 36 anos, se aproximou de uma escola primária em sua cadeira de rodas para apoiar famílias de imigrantes que, segundo ela, foram aterrorizadas pelas operações policiais. "Todos realmente queriam ajudar de alguma forma concreta e útil, e contribuir para que as famílias se sentissem um pouco mais seguras", disse Bonde à AFP. O Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) afirmou que não tomaria medidas contra as escolas de Washington nesta segunda-feira. No entanto, não descartou realizar inspeções nas escolas sobre o bem-estar de crianças sem documentos e desacompanhadas que, segundo a administração Trump, precisam ser resgatadas de redes de tráfico sexual e trabalho forçado. Na segunda-feira, "não se verá agentes do ICE realizando operações ou batidas", declarou o chefe do ICE, Todd Lyons, à NBC News na semana passada. "Mas nosso objetivo é encontrar essas 300 mil crianças sem documentos e os menores que chegaram aqui durante a última administração". - "Trata-se da sua aparência" - Selene, uma organizadora comunitária mexicano-americana, admitiu que pensou em não enviar a filha à escola, porque mesmo famílias latinas residentes legalmente nos Estados Unidos têm sido alvo de perseguição e detenção. "Não se trata da situação migratória. Trata-se da sua aparência, não é? Se na rua você parece latino, você é um alvo, infelizmente", disse Selene, que não quis dar o sobrenome à AFP. No final, incentivada pelos vizinhos, acompanhou a filha à escola e instou outros a fazerem o mesmo. 'A comunidade está aqui para apoiar você, não tenha medo, e vamos continuar fazendo um ótimo trabalho. Vamos continuar ajudando os membros da nossa comunidade. Nossos filhos que vêm à escola precisam se sentir seguros, e juntos podemos conseguir isso", afirmou. Outros, no entanto, estavam com muito medo. Blanca, uma imigrante de meia-idade vinda de El Salvador, se aproximou da entrada da escola com um cartaz em inglês e espanhol: "Cada dia é uma oportunidade". A mulher, que não quis dar o sobrenome, indicou que algumas famílias haviam deixado os filhos em casa "porque têm medo. Temos medo de sair. Não sabemos o que vai acontecer conosco. Não estamos seguros". - Educação obrigatória - Segundo o Instituto de Política Fiscal de Washington, em 2023 a capital americana abrigava cerca de 25 mil imigrantes sem documentos. Embora as escolas da cidade não coletem informações sobre a cidadania dos estudantes, um relatório do Washington Post de 2022 citou um membro da prefeitura que estimou que há entre 3 mil e 4 mil estudantes sem documentos nas escolas de Washington. Na Califórnia, onde reside a maior população imigrante dos Estados Unidos, as operações do ICE provocaram aumento repentino do absentismo escolar, segundo a Associação Nacional de Educação. Jeffrey Freitas, presidente da Federação de Professores da Califórnia, citou uma decisão histórica da Suprema Corte de 1982 que estabelece que os estados não podem impedir que crianças sem documentos frequentem escolas públicas. "O que estão fazendo é desumano. É tentar infundir medo nessas comunidades", declarou Freitas à AFP. "A educação é obrigatória para todos os estudantes nos Estados Unidos. É isso que precisamos respeitar". Lora Ries, da conservadora Heritage Foundation, confirmou que "as crianças, independentemente de seu status migratório, segundo a decisão da Suprema Corte, podem frequentar escolas públicas, portanto não correm nenhum risco". No entanto, acrescentou: "Se alguém está aqui ilegalmente, então deve cumprir a lei". © Agence France-Presse

Calvário ou metaverso da Crefisa no INSS?

Calvário ou metaverso da Crefisa no INSS?

Ao motivar a suspensão parcial dos serviços da Crefisa em todo o Brasil , o presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Gilberto Waller Junior, justificou que o banco representava um "verdadeiro calvário" para os aposentados. Em nota, o instituto invocou uma lista extensa de irregularidades apuradas em diferentes cidades, com base em reclamações de Procons, Ministério Público, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e manifestações apresentadas diretamente pelos beneficiários na ouvidoria do INSS. Ao se pronunciar sobre o assunto, paradoxalmente, o "banco Crefisa reitera que não praticou qualquer irregularidade". Leia mais (08/25/2025 - 19h18)

AGU pede à PF investigação sobre divulgação de fake news contra Banco do Brasil

AGU pede à PF investigação sobre divulgação de fake news contra Banco do Brasil

A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou à Polícia Federal uma notícia-crime em que pede a abertura de um inquérito policial para apurar a divulgação de fake news (notícias falsas) contra o Sistema Financeiro Nacional. A informação foi confirmada pela AGU nesta segunda-feira, 25. A notícia-crime cita publicações em redes sociais com “potencial de fomentar uma... The post AGU pede à PF investigação sobre divulgação de fake news contra Banco do Brasil appeared first on O Antagonista .

Após decisão de Barroso, investigação do caso INSS é sorteada para André Mendonça

Após decisão de Barroso, investigação do caso INSS é sorteada para André Mendonça

O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, acolheu manifestação da Procuradoria Geral da República e determinou a livre distribuição das investigações do caso INSS. Após sorteio, o processo foi redistribuído para o ministro André Mendonça. A decisão de redistribuir a apuração ocorreu após o procurador-geral da República, Paulo Gonet, encaminhar manifestação para o STF defendendo que a investigação saísse das mãos de Dias Toffoli, que era o então relator do caso. No parecer encaminhado ao STF na última segunda-feira, Gonet argumentou que não existe prevenção de Toffoli o caso. Após a manifestação do procurador-geral da República, Dias Toffoli mandou o caso para a presidência do STF. Em junho, Toffoli determinou que a Polícia Federal enviasse ao seu gabinete todos os inquéritos e procedimentos ligados ao caso. A ordem não interrompeu formalmente as investigações, mas na prática paralisou o avanço das apurações, reunidas sob a Operação Sem Desconto. Investigadores avaliam que, sem a definição da competência, há risco de anulação de provas. A operação revelou que associações de aposentados cadastravam beneficiários de forma fraudulenta, com assinaturas falsificadas, para descontar mensalidades diretamente nos pagamentos do INSS. O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido após a deflagração da operação, que também afastou servidores e levou à prisão de seis suspeitos. Em julho, Toffoli homologou um acordo para garantir a devolução dos valores desviados e decidiu que as despesas com o ressarcimento não deveriam ser contabilizadas dentro do limite do arcabouço fiscal.

STF marca para esta quinta interrogatório de deputados do PL acusados de desviar emendas

STF marca para esta quinta interrogatório de deputados do PL acusados de desviar emendas

Os deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE) serão interrogados nesta quinta-feira (28) por decisão do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Eles respondem em ação penal que apura o desvio de emendas parlamentares. Em março, os três se tornaram réus por decisão unânime da 1ª Turma do STF e passaram a responder pelos crimes de organização criminosa e corrupção passiva. Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), em 2020 o grupo pediu ao então prefeito de São José de Ribamar (MA) o pagamento de R$ 1,66 milhão em propina, em troca da destinação de R$ 6,67 milhões em emendas parlamentares. De acordo com a acusação, Josimar Maranhãozinho liderava o esquema, com ingerência também sobre emendas dos colegas. A Polícia Federal apurou que Bosco Costa utilizava a esposa e o filho para a destinação de parte dos recursos, em um esquema que envolveria agiotas, blogueiros e empresários. Relatórios da PF apontam que o grupo exigia, inclusive com ameaças armadas, a devolução de 25% dos valores das emendas destinadas à saúde do município. Um documento obtido pelo blog em fevereiro mostrou o caminho da propina: agiotas emprestavam dinheiro aos parlamentares; em seguida, eles direcionavam emendas a prefeituras; e, por fim, os agiotas cobravam o “retorno” dos prefeitos. Ao marcar o interrogatório, Zanin ressaltou que o processo entra na fase final. “O dispositivo antecede o encerramento definitivo da instrução processual e o próprio oferecimento de alegações finais”, escreveu o ministro. Ele destacou ainda que todos os elementos da ação penal já foram disponibilizados às defesas, afastando pedidos de adiamento: “Não se cogita de prejuízo, nem sequer em tese, com a realização do ato ora agendado. Os requerimentos da defesa não possuem o condão de simplesmente impedir a realização dos interrogatórios.”

Conheça o equivalente saudita do ChatGPT: IA fala árabe e tem ‘valores islâmicos’

Conheça o equivalente saudita do ChatGPT: IA fala árabe e tem ‘valores islâmicos’

A Humain, principal empresa de inteligência artificial da Arábia Saudita, lançou um aplicativo de IA conversacional voltado para árabes e muçulmanos. Impulsionado por seu modelo de linguagem de grande porte, o Allam, o Humain Chat foi desenvolvido com base nos valores e na herança islâmica, segundo informou a empresa em um comunicado nesta segunda-feira. Imbróglio: Musk processa Apple e OpenAI alegando que as duas empresas prejudicam concorrência em IA Veja como vai funcionar: Perplexity propõe remunerar editores de conteúdo pelo uso de notícias O aplicativo, inicialmente disponível apenas na Arábia Saudita, permitirá conversas bilíngues em árabe e inglês, e será compatível com vários dialetos do árabe, incluindo o egípcio e o libanês. Tareq Amin, CEO da empresa, afirmou que o lançamento é um “marco histórico em nossa missão de construir uma IA soberana que seja ao mesmo tempo tecnicamente avançada e culturalmente autêntica,” enfatizando que o projeto foi desenvolvido na Arábia Saudita por talentos sauditas. A equipe responsável pelo chatbot incluiu 120 especialistas em IA, metade dos quais são mulheres. Como a IA está mudando a forma de navegar na internet? E quais as consequências disso De acordo com Amin, o Allam foi treinado com conjuntos de dados e mecanismos de proteção que refletem a cultura e os valores da região. Esse tipo de controle também pode ajudar o reino a restringir quais informações estão disponíveis. O modelo representa um desafio ao Falcon Arabic, um projeto semelhante sendo desenvolvido por um braço de pesquisa do governo de Abu Dhabi. A Humain assumiu o controle do Allam da Autoridade Saudita de Dados e Inteligência Artificial (SDAIA), uma agência governamental que vinha trabalhando no modelo em parceria com a IBM (International Business Machines). A empresa absorveu ao menos 95 funcionários da SDAIA neste ano. O lançamento do Allam acontece em um momento em que empresas ao redor do mundo têm reavaliado se vale a pena o alto custo de desenvolver modelos de IA de ponta do zero. Tanto o Allam quanto o Falcon são valiosos regionalmente, pois oferecem saídas em árabe mais abrangentes e fortalecem a pesquisa local — embora não tenham como objetivo competir diretamente com modelos maiores como o ChatGPT da OpenAI. Ferramentas de viagem com IA estão em toda parte: Mas será que elas realmente funcionam? Propriedade do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita, a Humain foi apresentada um dia antes da visita do presidente dos EUA, Donald Trump, ao país em maio. Durante essa visita, a empresa garantiu semicondutores da Nvidia e da Advanced Micro Devices para um grande projeto de centro de dados. Amin afirmou que a empresa construirá 1,9 gigawatts em data centers até 2030. Em junho, a Humain formou uma unidade voltada para publicidade e jogos eletrônicos. A empresa também divulgou planos para investir pesadamente em centros de dados, computação em nuvem e modelos de linguagem de grande porte, e está planejando um fundo de capital de risco de US$ 10 bilhões.

Novos vereadores tomam posse após cassação de parlamentares pela Justiça Eleitoral em Varginha, MG

Novos vereadores tomam posse após cassação de parlamentares pela Justiça Eleitoral em Varginha, MG

Os vereadores Cássio Chiodi (Solidariedade) e Miguel da Saúde (PSD) tomaram posse nesta segunda-feira (25) na Câmara Municipal de Varginha (MG). Eles assumem as cadeiras deixadas por Fernando Guedes Oliveira e Lucas Gabriel Ribeiro, ambos do Partido Renovação Democrática (PRD), que tiveram os mandatos cassados após decisão da Justiça Eleitoral. Siga a página do g1 Sul de Minas no Instagram A medida foi determinada após o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) anular os votos recebidos pelo PRD por fraude à cota de gênero. A Justiça entendeu que a candidatura de Juliana Ferreira da Silva teria sido lançada apenas para cumprir a exigência legal de 30% de mulheres na chapa, já que ela não realizou campanha nem recebeu votos. Os vereadores cassados recorreram da decisão, mas o TRE-MG negou o pedido. Em seguida, eles entraram com um agravo para que o caso seja analisado pela Corte Eleitoral, mas ainda não há data definida para o julgamento. Novos vereadores tomam posse após cassação de parlamentares pela Justiça Eleitoral em Varginha Reprodução EPTV Na última sexta-feira (22), houve a retotalização dos votos no Cartório Eleitoral de Varginha. Na ocasião, Chiodi e Miguel foram diplomados pelo chefe do cartório. Relembre o caso A cassação dos vereadores eleitos ocorreu porque o TRE-MG identificou fraude na cota de gênero do PRD. A candidatura de Juliana Ferreira da Silva foi considerada fictícia, já que ela não realizou campanha e não recebeu nenhum voto. Pela legislação eleitoral, cada partido ou coligação deve preencher ao menos 30% das candidaturas com mulheres. No entendimento da Justiça, a inscrição de Juliana foi usada apenas para cumprir essa exigência. Em depoimento, Juliana, que é presidente de uma ONG local, afirmou que enfrentava problemas de saúde durante o período eleitoral e, por isso, não conseguiu participar da campanha. Ela também disse que não informou ao partido sobre a sua condição. Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas