Tufão Kajiki ameaça Vietnã e sul da China e força retirada de mais de 600 mil pessoas

Tufão Kajiki ameaça Vietnã e sul da China e força retirada de mais de 600 mil pessoas

O tufão Kajiki avança pelo sul da China e pela costa do Vietnã, provocando evacuações em massa, suspensão de serviços e alertas de desastre. Neste domingo, autoridades da ilha chinesa de Hainan retiraram mais de 20 mil moradores, fecharam comércios, interromperam o transporte público e esvaziaram áreas turísticas de Sanya, cidade litorânea com mais de 1 milhão de habitantes conhecida por seus resorts. Coreia do Norte testa novos mísseis antiaéreos em meio a exercícios militares dos EUA e da Coreia do Sul Ataques de Israel matam 63 palestinos em Gaza, aponta agência Segundo o Centro Conjunto de Alerta de Tufões da Marinha dos EUA, o fenômeno registrava ventos sustentados de até 167 km/h (equivalente a um furacão de categoria 2 no Atlântico) e poderia tocar o solo em Hainan ou passar próximo à ilha no fim de domingo. Do outro lado da fronteira, o Vietnã também se prepara para impactos severos. O governo determinou a evacuação de mais de 586 mil pessoas em quatro províncias centrais antes da chegada da tempestade, prevista para esta segunda-feira (25). Outras sete províncias costeiras proibiram embarcações de deixar os portos. As companhias Vietnam Airlines e Vietjet cancelaram voos domésticos e abrigos temporários foram montados em escolas e prédios públicos. O Ministério da Agricultura e Meio Ambiente do Vietnã classificou a situação como “extremamente perigosa e insegura” para veículos, barcos de pesca, embarcações turísticas e instalações de aquicultura. Chuvas torrenciais são esperadas nas províncias de Ha Tinh e Nghe An entre segunda e terça-feira. Este é o quinto ciclone tropical a atingir o Vietnã em 2025. Nos primeiros sete meses do ano, mais de 100 pessoas morreram ou desapareceram em desastres naturais no país, que já acumulam prejuízos superiores a US$ 21 milhões. A lembrança mais trágica ainda é a do tufão Yagi, que devastou o norte vietnamita no início do ano, deixou centenas de mortos e causou perdas de US$ 3,3 bilhões.

As 'supervacas' que fizeram do Brasil o maior exportador de carne do mundo

As 'supervacas' que fizeram do Brasil o maior exportador de carne do mundo

A 'supervaca' zebu foi melhorada geneticamente no Brasil até atingir suas melhores condições Getty Images via BBC Estamos no início de maio em Uberaba (MG), importante centro agropecuário do interior do Brasil. Cerca de 400 mil pessoas e quase 2,5 mil cabeças de gado estão reunidas para uma vibrante celebração da cultura pecuarista do país. Ali acontece a feira anual ExpoZebu, dedicada à "supervaca" zebu — uma raça de gado geneticamente modificada, apreciada pela sua carne e que domina a produção pecuária brasileira. O país exportou 2,9 milhões de toneladas de carne bovina em 2024. Será que as supervacas brasileiras podem alimentar o mundo? O gado e seus genes "Os zebus são enormes. São altos, alguns têm 1m80, grandes chifres, pele branca e uma corcunda sobre o pescoço", descreve a fotógrafa Carolina Arantes. Ela passou 10 anos documentando o desenvolvimento do gado zebu no Brasil. "Eles foram cruzados e criados por muitos anos, até atingirem o nível que pode fornecer a melhor carne", ela conta. Existem exemplares de vacas e touros cuja genética é particularmente valorizada pelos produtores. Eles são levados às feiras como a ExpoZebu, para serem exibidos e vendidos pelo melhor preço. "A ExpoZebu é a principal feira de gado do Brasil, talvez a principal feira da raça zebu de todo o mundo", segundo Arantes. "Os animais passam por jurados que escolhem os melhores exemplares." Os zebus são caracterizados pela sua corcunda Getty Images via BBC Uma equipe de vaqueiros cuida dos zebus durante sua participação na feira. "O tratamento e a dedicação aos animais são incríveis", ela conta. "Eles dão banho nos animais com muito cuidado todos os dias, cortam o seu pelo e os preparam para que fiquem bonitos. Os vaqueiros ficam disponíveis 24 horas por dia para aqueles zebus." Todo este esforço se justifica. Afinal, ganhar um prêmio na ExpoZebu pode significar enorme retorno financeiro para os donos dos animais. Além da avaliação, existem leilões em que os produtores oferecem lances pelos melhores exemplares. No ano passado, uma única vaca foi vendida na ExpoZebu por R$ 25 milhões. É claro que este tipo de animal não chega ao matadouro. Seu material genético contribui, em grande parte, para criar a próxima geração de zebus. Um touro chamado Gabriel se tornou uma celebridade, devido à quantidade de crias geradas com seu sêmen: foram produzidos 600 mil bezerros. Tudo isso gerou enorme crescimento do rebanho de gado zebu no Brasil. E Arantes afirma que a quantidade continuará aumentando. "Existem no Brasil 225 milhões de vacas", segundo ela. "E a intenção dos produtores é duplicar esta cifra." Os números são impressionantes, mas o gado zebu não vive no Brasil há tanto tempo assim. A chegada dos zebus "O início da indústria pecuarista brasileira foi liderado pela expansão imperial portuguesa na América no século 16", explica o historiador Oscar Broughton, da Escola de Estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres. "Predominava, então, o gado crioulo, composto por animais relativamente pequenos, importados da Península Ibérica. Eles proporcionavam uma fonte de proteínas barata e de fácil conservação, na forma de carne seca salgada, para alimentar as populações escravizadas." "Mas produzir grandes quantidades de carne para abastecer as populações urbanas não era uma opção particularmente adequada", destaca ele. No século 19, além de precisar alimentar o crescente número de pessoas que moravam nas suas cidades, o Brasil estava ansioso para aproveitar o mercado internacional, que estava no seu apogeu. "A globalização levou à expansão da produção de carne bovina, particularmente em lugares como a Argentina e o Uruguai", prossegue o historiador. "A demanda, principalmente da Europa e da América do Norte, aumentou exponencialmente. Por isso, os legisladores e pecuaristas brasileiros procuraram expandir a indústria." Até então, o gado era criado principalmente no sul do Brasil, com seu clima temperado. Mas, para satisfazer a nova demanda mundial, a produção de carne de vaca precisou se estender para o norte, em ambientes de clima mais tropical. Mas, naquelas regiões, o gado crioulo passava mal. A raça zebu se adaptou ao clima tropical, que prevalece na maior parte do território brasileiro Getty Images via BBC "Eles eram muito vulneráveis às pragas e o calor reduzia muito as taxas de reprodução", segundo Broughton. A solução foi recorrer ao gado zebu, que, naquele momento, florescia na Índia e era muito mais apropriado para as pastagens tropicais do Brasil. "O zebu é muito mais resistente às altas temperaturas, doenças e pragas do que outros animais europeus. E também já estava acostumado à menor abundância de pasto", explica o historiador. "Os zebus se adaptaram melhor aos trópicos devido às suas patas mais compridas e ao seu metabolismo mais lento, que permitem que eles conservem energia de forma muito mais eficaz. Por sua vez, seus cílios são muito mais longos e os protegem contra o sol intenso e o pó." Por tudo isso, o Brasil registrou importações em massa de gado zebu no final do século 19. "Entre 1893 e 1914, o Brasil importou mais de 2 mil cabeças de zebu da Índia para fins de reprodução", conta Broughton. "Como resultado, no início do século 20, o zebu passou a ser o tipo dominante de gado no Brasil, gerando sua própria raça nacional, conhecida como induzebu ou indubrasil." LEIA TAMBÉM: O que é o 'RG do boi' e por que ele é importante para a Amazônia e o seu bife 'A indústria virou pó': como agro e mineração já superam manufatura no Brasil O início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) marcou o auge da demanda por produtos pecuários, principalmente na Europa. "As nações europeias não só estavam interessadas na carne enlatada e congelada para alimentar seus soldados e populações civis, mas também no couro, botas, coldres, porta-munição, slings de transporte e outros tipos de equipamento para os soldados de infantaria", prossegue o historiador. "Por isso, o Brasil aumentou massivamente sua produção de vacas na primeira metade do século 20 e começou a superar seus concorrentes mais próximos, a Argentina e o Uruguai." Este crescimento prosseguiu com a nova guerra que se seguiria anos depois. "Durante a Segunda Guerra Mundial [1939-1945], houve um efeito similar, que impulsionou as exportações brasileiras", segundo ele. "Como resultado, a carne de vaca se tornou o produto de exportação mais valioso do Brasil, superando o café e o açúcar." Após o golpe militar no Brasil em 1964, os novos governantes acreditavam que a produção de carne bovina seria fundamental para impulsionar a economia do país. O Brasil importou mais de 2 mil zebus entre o final do século 19 e o início do século 20, para povoar suas pastagens Getty Images via BBC Na década de 1970, surgiu a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que empregaria a ciência e a tecnologia para aumentar a produção de carne. "Os cientistas da Embrapa trabalharam muito em conjunto com os pecuaristas para expandir a produção, introduzindo novos tipos de pasto da África, mais resistentes ao calor", explica Broughton. "Eles também desenvolveram curas para as doenças que afetavam o gado e trabalharam para alterar a acidez do solo e aumentar a produção de soja, que é uma fonte importante de alimento animal. Com isso, a fronteira pecuarista brasileira se moveu mais para o norte, para novas regiões como a bacia amazônica." A maior importância da carne na economia brasileira ofereceu aos pecuaristas enorme influência sobre a administração do país. "Surge neste período uma nova força política, conhecida como [a bancada] BBB: bala, boi e Bíblia", destaca o historiador, "uma coalizão conservadora no Congresso, favorável ao agronegócio, às armas e aos grupos cristãos evangélicos." "Atualmente, esta é uma força muito poderosa no Brasil. Eles foram fundamentais para o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016, e são fortes aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, que apoiou a expansão do agronegócio no Brasil." Carne assada "Nossos produtores fizeram um trabalho incrível, melhorando a genética desses animais. Temos as melhores raças de zebu do mundo", garante o professor Cássio Brauner, do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Pelotas (RS). Brauner afirma que o programa permitiu que o Brasil se tornasse o maior exportador mundial de carne bovina. E o mercado segue em crescimento, graças à demanda chinesa. O churrasco é um ritual de domingo para muitas famílias brasileiras Getty Images via BBC Um dos principais motivos deste rápido crescimento é o seu baixo custo de produção frente ao mercado internacional. "Temos este sistema de produção de baixo custo, pois a nossa indústria da carne é baseada no pasto, que é muito barato", destaca o professor, "e o custo da mão de obra é muito competitivo, em comparação com outros países, como os Estados Unidos." Com o passar dos anos, os próprios brasileiros passaram a aumentar seu consumo de carne. "Uma tradição na maioria dos nossos Estados é o churrasco de domingo", relembra Brauner. "Aos domingos, não se trabalha, as pessoas estão em casa e o churrasco é o plano ideal para reunir a família." E, no churrasco de domingo, um dos cortes de carne consumidos é justamente o cupim, que provém da corcunda do gado zebu. O alto custo climático Espera-se, agora, um crescimento ainda maior da produção, já que o Brasil foi declarado livre da febre aftosa, em junho passado. Mas há uma desvantagem: a pecuária contribui significativamente para as mudanças climáticas. "O impacto ambiental ocorre de duas maneiras", segundo o professor de Economia Marcos Barrozo, da Universidade DePaul de Chicago, nos Estados Unidos. "No seu trato digestivo, as vacas produzem metano, um poderoso gás de efeito estufa que contribui para o aquecimento do planeta. Seu efeito estufa em curto prazo é 80 vezes mais potente que o do CO₂, mas o metano se dissipa a longo prazo." "O efeito indireto se dá pela mudança de uso da terra", prossegue o professor. "As vacas precisam pastar e, para criar espaço, frequentemente é necessário destruir a floresta natural no Brasil." E a expansão da pecuária para o norte significa que grande parte dessa floresta natural está na Amazônia. O desmatamento também reduz a quantidade de dióxido de carbono absorvida pelas árvores da Amazônia. E este processo é contínuo, à medida que os pecuaristas criam novas pastagens para alimentar o gado. O dado positivo é que a alta velocidade de crescimento do zebu faz com que eles gerem menos metano e consumam menor quantidade de pasto por quilo de carne produzida. "As supervacas zebus podem ganhar muito peso com relativa rapidez", explica ele. "E, por viverem menos, é possível produzir mais carne em menos tempo, com menos emissões diretas e menor uso da terra." Os zebus têm um ciclo de vida mais curto e, por isso, eles geram menos emissões de gases do efeito estufa Getty Images via BBC Alguém poderá perguntar por que não se transfere a pecuária para o sul do Brasil. Afinal, a Argentina consegue produzir carne sem a Amazônia. "É aqui que entra a política", explica o professor. "Tente convencer um pecuarista em um Estado da Amazônia que ele não deveria se dedicar à pecuária." "Embora esta atividade na Amazônia seja notavelmente improdutiva, ela continua sendo uma das poucas, senão a única fonte de renda e de impostos para os governos locais." Mas, voltando à pergunta inicial: será que as supervacas brasileiras podem alimentar o mundo? Bem, elas certamente estão tentando. É possível que nem todas as pessoas comam carne de zebu brasileiro no futuro, mas será possível aproveitar sua genética. À medida que as temperaturas continuam aumentando pelo mundo e as condições para a produção de gado se tornam mais difíceis, é provável que cada vez mais países decidam seguir o exemplo do Brasil, importando seu próprio gado zebu. "Acredito que as supervacas irão ajudar", afirma Cássio Brauner. "Esses animais difundirão a genética de que precisamos para ajudar outros países a melhorar sua produção em outras partes do mundo." * Ouça neste link o episódio do programa de rádio The Inquiry, do Serviço Mundial da BBC (em inglês), que deu origem a esta reportagem. LEIA MAIS EM: Como a carne virou 'vilã' em mudança climática e entrou na mira da COP26 Três semanas após início do tarifaço, governo avalia que indústria sofrerá mais que o agro Como o tarifaço de Trump impacta nas exportações de carne bovina do Brasil? Exportação de carne bovina para os EUA recua quase 70% após tarifas

Mãe de bebê encontrada morta com marca de mordida e agressões é presa em Cariacica

Mãe de bebê encontrada morta com marca de mordida e agressões é presa em Cariacica

Mãe de bebê encontrada morta com lesões e marca de mordida é presa em Cariacica Eliana Aparecida Simor Pereira, de 19 anos, mãe de Maya Simor Pereira, — bebê encontrada morta com lesões e marca de mordida no corpo, em maio deste ano, em Cariacica, Grande Vitória - foi presa nesta sexta-feira (22) após cumprimento de um mandado de prisão preventiva, três meses após o crime. Segundo a denúncia do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), Eliana é apontada como suspeita de homicídio qualificado, com as qualificadoras de motivo fútil, tortura e impossibilidade de defesa da vítima. Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Quando for julgada, há ainda possibilidade de aumento da pena da mulher, considerando que Maya era menor de 14 anos. A bebê tiha 1 ano de idade. O companheiro de Eliana, Thiago Colodino Barcelos, pai de Maya, foi preso ainda em maio, um dia depois da morte da bebê. Ele se entregou à polícia e assumiu a autoria da ocorrência. Segundo o MPES, ele vai responder pelos mesmos crimes que Eliana. Mãe de Maya Simor Pereira, de 1 ano, encontrada morta com lesões e mordida em Cariacica, Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta LEIA TAMBÉM: SUSPEITO CONHECIDO? Homem é chamado pelo nome e executado com vários tiros na cabeça no meio da rua REVOLTA: Bebê recém-nascido tem o pé queimado com algodão em hospital e precisa passar por cirurgia A decisão que determinou a prisão de Eliana e a manutenção da prisão de Thiago destaca que o crime contra Maya foi de "extrema relevância e periculosidade". O texto, assinado pela juíza Eliana Ferrari Siviero, aponta ainda que a mãe da bebê presenciava agressões praticadas pelo pai contra a neném, "mas não impedia que a mesma passasse pelas torturas praticadas, sendo conivente com todas as agressões sofridas e, quando era confrontada [por terceiros], mentia para proteger Thiago". A denúncia ainda revela que a bebê era castigada desde os seis meses de vida e chegou a ter um dos braços quebrados em uma das agressões, sendo que os pais só a levaram ao hospital uma semana depois. Maya ainda tinha a higiene básica negligenciada, pois sempre era vista suja de fezes e de urina. Na descrição dos autos, Thiago ficou responsável por alimentar a filha, ao passo que, após uma crise de choro da criança, ele a agrediu e a arremessou violentamente sobre a cama, deixando-a à própria sorte. Ainda segundo os autos, Eliana estava na residência e ouviu toda a agressão, no entanto, só foi verificar o estado de Maya horas depois, encontrando-a já morta. Maya Simor Pereira, de 1 ano, encontrada morta com lesões e mordida em Cariacica, Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta De acordo com a Secretaria da Justiça (Sejus), Eliana está detida no Centro Prisional Feminino de Cariacica e Thiago segue preso no Centro de Detenção Provisória de Marataízes. Relato da mãe No dia do crime, a mãe da meninae que estava grávida de 9 meses, prestou depoimento à polícia e contou que o marido manteve a filha no quarto e não deixou mãe da crinça entrar no cômodo por algum tempo. “Depois do almoço, foi meio-dia, ele pegou, levou ela [criança] na cozinha, mas ela [criança] me viu e começou a chorar. Então, ele a levou para o quarto e bateu nela. A mordida no braço dela foi ele quem deu. [...] Ele não me deixou entrar no quarto”, relatou a mãe, que não quis se identificar. Segundo a mãe, a menina era constantemente agredida porque o homem não acreditava que Maya fosse filha dele. “Ele começou a bater nela depois dos sete meses, porque, na mente dele, ela não era filha dele. Eu não podia fazer nada porque eu tinha medo. [...] Ele me agrediu duas vezes, tentou me matar com uma gravata e uma outra vez que me bateu com a cordinha de moto”, relatou a jovem. Quando conseguiu pegar a filha, a jovem percebeu que a menina estava sem respirar e ligou para o sogro, que trabalhava na roça, para pedir ajuda. “Recebi a ligação, perguntei o que estava acontecendo, ela falou que a criança tinha passado mal. Quando ela foi balançar, a criança estava gelada”, contou o avô, que também não quis se identificar. *Com informações de João Barbosa. Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo

Batida entre ônibus e motocicleta deixa dois mortos na BR-365 em Santa Vitória

Batida entre ônibus e motocicleta deixa dois mortos na BR-365 em Santa Vitória

Batida entre ônibus e motocicleta deixa dois mortos na BR-365 em Santa Vitória Duas pessoas morreram em um acidente envolvendo um ônibus com trabalhadores de uma usina da região e uma motocicleta. A batida foi registrada por volta das 6h deste domingo (24), no km 864 da BR-365, em Santa Vitória, no Triângulo Mineiro. De acordo com a concessionária Ecovias Cerrado, a colisão ocorreu na pista sentido Goiás. As vítimas estavam na moto e tiveram os óbitos confirmados ainda no local. Nenhum ocupante do ônibus se feriu. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Triângulo no WhatsApp Testemunhas relataram que a motocicleta era ocupada por um casal e, com o impacto, o veículo foi parar debaixo do ônibus. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada e apura as circunstâncias do acidente. A rodovia chegou a ser interditada nos dois sentidos para a remoção dos corpos, mas, por volta das 9h30, o tráfego já fluía normalmente no trecho. Até o momento, as autoridades não divulgaram a identidade e idade das vítimas. LEIA TAMBÉM: Pedestre morre atropelado na BR-050 Motociclista é arremessado ao ser atingido por caminhão Caminhão tomba na BR-050; eixo se solta e óleo vaza na pista Ocupantes de moto morrem em acidente com ônibus na BR-365 em Santa Vitória Rede VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

Policial militar é assassinado a tiros dentro de bar na cidade de Cantanhede, no MA

Policial militar é assassinado a tiros dentro de bar na cidade de Cantanhede, no MA

Policial militar é assassinado a tiros dentro de bar na cidade de Cantanhede, no MA Divulgação/Redes sociais Um policial militar foi assassinado a tiros, na madrugada deste domingo (24), dentro de um bar na entrada do povoado Ingá, na cidade de Cantanhede, a 154 km de São Luís. Segundo informações preliminares, o policial militar Reginaldo Costa participava de uma festa no povoado, quando, por volta das 2h, discutiu com um homem e a confusão acabou em luta corporal. Morre sargento da PM que foi esfaqueado durante velório no Maranhão Durante a troca de agressões, o homem conseguiu tomar a arma de fogo do policial e disparou cerca de doze vezes contra o PM, que morreu no local. Clique aqui para seguir o canal do g1 Maranhão no WhatsApp Após o crime, o homem fugiu do local e está sendo procurado pela Polícia Militar. Veja também: Suspeito de atacar sargento em velório morre em confronto com a PM na Baixada Maranhense

Menino de 11 anos supera trauma, lança livro e ensina como evitar afogamentos

Menino de 11 anos supera trauma, lança livro e ensina como evitar afogamentos

Menino de 11 anos escreve livro para prevenir afogamentos Um menino de 11 anos de Ribeirão Preto (SP) está usando a própria história para salvar vidas de outras crianças. Davi Assef lançou o livro "O Menino que Transforma Crianças em Tubarões", que ensina, de forma divertida, como prevenir afogamentos, uma das principais causas de morte de crianças no Brasil. Siga o g1 Ribeirão Preto e Franca no Instagram O livro apresenta, de forma lúdica, dicas de segurança para dentro e fora da piscina. A narrativa acompanha um personagem que aprende com o "Tuba", um tubarão amigo, como agir em diferentes situações de risco, sempre destacando a importância da supervisão de um adulto e de cuidados simples que podem evitar acidentes. Davi Assef, de Ribeirão Preto, lançou o livro 'O Menino que Transforma Crianças em Tubarões, que ensina, de forma divertida, como prevenir afogamentos Reprodução EPTV A obra é voltada para crianças e famílias e busca transformar a prevenção em um aprendizado leve e divertido. “Eu quis escrever o livro para que outras crianças aprendessem de um jeito divertido como se cuidar na água. Acho que, quando a gente entende as regras e tem segurança, a natação fica muito mais legal”, explica o autor mirim. A publicação é mais um passo de uma trajetória marcada pela superação. Antes de aprender a nadar com confiança, Davi enfrentou um trauma que começou ainda bebê: o pavor de água. Davi Assef, de Ribeirão Preto, é o criador da plataforma digital 'Tuba Go' e do livro 'O Menino que Transforma Crianças em Tubarões' Arquivo Pessoal Da fobia ao mergulho Aline Assef, mãe do Davi, conta que nos primeiros dias de vida, o menino chorava muito durante o banho e não deixava nem que o rosto fosse molhado. “Quando ele nasceu, em função dos primeiros banhos da maternidade, que não foram muito adequados, ele adquiriu trauma de água. Ele se incomodava com gotas de água que caíam nos olhos e não deixava a gente molhar o rostinho dele. Era um momento que deveria ser prazeroso, mas se tornava tenso”. LEIA TAMBÉM Após trauma com água, menino cria plataforma de combate ao afogamento infantil e tem mais de 20 milhões de visualizações Na tentativa de mudar a situação, os pais matricularam o filho na natação aos sete meses. O início não foi fácil, mas após três meses de adaptação, Davi começou se sentir à vontade na piscina. A partir daí, o medo foi embora e a relação com a água se transformou. Hoje, com 11 anos, Davi nada com desenvoltura, domina diferentes estilos e faz da piscina o lugar em que mais se sente em casa. “Eu gosto muito de ter essa mobilidade, de fazer os nados. É muito legal estar na água”, conta Davi. Iniciativas para salvar vidas Com o tempo, o menino percebeu que muitas crianças não teriam a mesma oportunidade de aprender a nadar. Foi assim que nasceu o projeto "Tuba Go", plataforma gratuita criada em 2021 com apoio dos pais e que reúne cursos, jogos e materiais educativos para prevenir afogamentos. Segundo o pai, Henry Assef, a ideia surgiu depois que o filho viu na TV um programa de "ideias para um mundo melhor". “Ele disse que queria acabar com o afogamento infantil. Hoje, a plataforma se transformou em um espaço educativo, com jogos, busca de professores e materiais para escolas”, explica. Depois do sucesso nas redes sociais, onde o projeto já alcançou mais de mais de 30 milhões de visualizações, o novo passo foi transformar essa experiência em literatura infantil. “A história começa com o Davi voltando da escola e conversando com o Tuba sobre aulas de natação e dicas de segurança”, conta Davi. Davi Assef, de Ribeirão Preto, é o criador da plataforma digital 'Tuba Go' e do livro 'O Menino que Transforma Crianças em Tubarões' Arquivo Pessoal Risco silencioso De acordo com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), o afogamento é a segunda causa de morte de crianças entre 1 e 4 anos no Brasil. Entre 2010 e 2023, foram registradas 71.663 mortes por afogamento no país, das quais 5.878 envolveram crianças nessa faixa etária. O professor de natação de Davi, Arthur Dias Rezende, alerta que o perigo não está apenas em piscinas. Ele recomenda barreiras de proteção, como cercas e lonas em piscinas, e reforça que crianças jamais devem ter acesso à água sem supervisão de um adulto. “O afogamento pode acontecer em qualquer centímetro de água: bacias, baldes, até vaso sanitário. É fundamental atenção constante e prevenção.” Hoje, livre do medo e apaixonado pela natação, o menino reforça o alerta que carrega em seu livro “Tem que tomar muito cuidado dentro da água. Sempre precisa ter um adulto supervisionando e nunca nadar sozinho. Quando existe segurança, a natação fica ainda mais divertida.” Davi Assef lançou o livro “O Menino que Transforma Crianças em Tubarões”, que ensina, de forma divertida, como prevenir afogamentos Reprodução EPTV *Sob supervisão de Helio Carvalho Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região