Morre aos 101 anos Tomiichi Murayama, líder japonês que fez pedido de desculpas pela guerra

Morre aos 101 anos Tomiichi Murayama, líder japonês que fez pedido de desculpas pela guerra

Tomiichi Murayama, que como primeiro-ministro do Japão, em 1995, fez o mais direto e duradouro pedido de desculpas do país pelas atrocidades cometidas por tropas japonesas durante a Segunda Guerra Mundial, morreu nesta sexta-feira, aos 101 anos. Ele faleceu em um hospital em Oita, na província de Kyushu, informou o Partido Social-Democrata, em comunicado divulgado nesta sexta-feira. Murayama fez seu histórico pedido de desculpas, em rede nacional de televisão, na manhã de 15 de agosto de 1995 — exatos 50 anos após o Japão anunciar que se renderia aos Estados Unidos. O pronunciamento foi breve e cuidadosamente redigido, durando menos de cinco minutos. “Encaro, com espírito de humildade, esses fatos irrefutáveis da história”, disse ele, “e expresso aqui, mais uma vez, meus sentimentos de profundo remorso e apresento minhas mais sinceras desculpas". “Nossa tarefa”, continuou Murayama, “é transmitir às gerações mais jovens os horrores da guerra, para que jamais repitamos os erros da nossa história”. O pedido de desculpas foi o marco definidor dos 18 meses de Murayama no cargo. Ele foi mais longe do que qualquer outro líder japonês antes dele, ao expressar arrependimento pelos assassinatos, torturas e estupros de milhões de civis e outras atrocidades. Mas foi severamente limitado por conservadores de sua coalizão governista, e a declaração não foi suficientemente forte para aliviar o ressentimento na China e na Coreia do Sul. Também irritou os nacionalistas. Os crimes de guerra do Japão em toda a Ásia muitas vezes ofuscaram o sofrimento e a destruição enfrentados pela própria população civil japonesa durante a guerra. Centenas de milhares de civis japoneses foram mortos nos bombardeios incendiários de suas cidades e nos primeiros — e ainda únicos — ataques com bombas atômicas. Dois milhões de soldados japoneses voltaram para casa em caixões, ou jamais voltaram. Na época do governo Murayama, o Japão já havia substituído as cidades destruídas por metrópoles reluzentes e se tornado uma potência econômica global. O orgulho nacional crescera, e havia pouco entusiasmo entre seus líderes para olhar para trás — menos ainda para fazê-lo publicamente com arrependimento. Mas Murayama deixou um marco. Por anos, primeiros-ministros repetiram as expressões cunhadas por ele — “profundo remorso” e “sinceras desculpas” — em seus discursos que lembravam o fim da guerra. A ascensão de Murayama ao cargo de primeiro-ministro, em 30 de junho de 1994, surpreendeu muitos. Tinha 70 anos. Servira discretamente na Câmara dos Representantes por mais de 20 anos e não era conhecido nacionalmente. Nunca havia ocupado um cargo ministerial nem lidado com assuntos internacionais. Era alto, magro, tranquilo e de semblante paternal, com sobrancelhas desgrenhadas e indomáveis.

Quem é Gabi Moura, brasileira que brilhou no Victoria’s Secret Fashion Show e conquistou as redes

Quem é Gabi Moura, brasileira que brilhou no Victoria’s Secret Fashion Show e conquistou as redes

A influenciadora brasileira Gabi Moura, de 21 anos, acaba de dar um novo passo em sua trajetória digital: ela estreou como modelo no tradicional Victoria’s Secret Fashion Show, na noite da última quarta-feira (15), nos Estados Unidos. Desfile de Jasmine Tookes no Victoria's Secret Fashion Show repercute na web: 'Amei que enalteceu a mulher grávida' Fãs vibram com Anitta resgatando look icônico de Xuxa: 'Até as milionárias repetem roupa' Conhecida por sua presença marcante nas redes sociais, especialmente no TikTok, Gabi surpreendeu o público ao surgir na passarela ao lado de nomes consagrados da moda, como Adriana Lima e Alessandra Ambrósio. Influencer Gabi Moura faz história no Victoria’s Secret Fashion Show e viraliza nas redes Getty Images Com mais de 11 milhões de seguidores nas redes sociais, Gabi vem se destacando por conteúdos que misturam lifestyle, beleza, moda e comportamento, temas que a aproximam de uma audiência jovem e engajada. A presença da brasileira no desfile de uma das grifes de lingerie mais emblemáticas do mundo simboliza o novo momento da marca, que busca se conectar a diferentes perfis de mulheres, valorizando autenticidade e diversidade. De Niterói para o mundo: Gabi Moura, influenciadora de 21 anos, estreia na passarela da Victoria’s Secret Getty Images Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, Gabi teve o primeiro contato com a internet ainda na adolescência, mas ganhou projeção em 2020, durante o início da pandemia. O que começou como uma forma de se expressar, rapidamente se transformou em uma carreira sólida como criadora de conteúdo. Em 2023, ela se mudou para os Estados Unidos, retomando o sonho de estudar fora, plano que precisou adiar por conta da crise sanitária global. Gabi chegou a iniciar a faculdade de Publicidade e Propaganda, mas trancou o curso ao decidir investir em novas possibilidades profissionais no exterior. Conheça Gabi Moura, tiktoker brasileira que desfilou com tops internacionais no Victoria’s Secret Fashion Show Getty Images Apesar de ainda ser considerada uma novata na indústria da moda, sua estreia na Victoria’s Secret foi recebida com entusiasmo tanto pelo público quanto pela imprensa internacional. Após o desfile, Gabi compartilhou com os seguidores vídeos dos bastidores e momentos emocionados ao reencontrar amigos que acompanharam sua estreia. Gabi Moura conquista público internacional após desfilar no Victoria’s Secret Fashion Show Getty Images "Nem consigo acreditar que esta é a minha vida agora! Sinto que estou sonhando. A pequena Gabi nunca acreditaria que este dia realmente chegou! De Niterói para o VSFS, que loucura é essa?", escreveu a influenciadora, visivelmente emocionada, em seu Instagram. Conheça Gabi Moura, brasileira de Niterói que desfilou no Victoria’s Secret Fashion Show aos 21 anos Getty Images Gabi rapidamente apareceu entre os assuntos mais comentados do X, superando figuras como Gigi Hadid, Barbara Palvin e Candice Swanepoel.

Final de 'Vale tudo': bares do Rio preparam exibição com bolão, drinques temáticos e promoção

Final de 'Vale tudo': bares do Rio preparam exibição com bolão, drinques temáticos e promoção

O último capítulo de "Vale tudo", que vai ao ar às 21h20 na TV Globo nesta sexta-feira (17), vai trazer a resposta para a tão famosa pergunta: "quem matou Odete Roitman?". Com o Brasil novamente ansioso para desvendar a morte da vilã icônica, bares do Rio de Janeiro já entraram no clima e vão exibir o final da novela em grande estilo. Quem matou Odete Roitman? Dê o seu palpite sobre o maior mistério de 'Vale Tudo' 'Vale tudo': saiba detalhes do final de Poliana, que, na versão original, casou no último capítulo No BBQ Lagoa (Parque dos Patins), o final de "Vale tudo" vai passar num telão de LED, com música ao vivo a partir das 19h. Na Grande Tijuca, o Cine Botequim 2 (Rua Dona Zulmira 111, Maracanã) também exibe o capítulo a convite de Tia Celina, com direito a decoração temática. Outros vão ter promoções ou brincadeiras para os fãs do folhetim. Quem quiser uma proposta mais “imersiva”, pode optar pelo Kaza 123, em Vila Isabel (Rua Visconde de Abaeté 123), bairro onde, na ficção, moram Poliana, Consuêlo, Aldeíde e cia., que vai dar um drinque odete para quem acertar o bolão do assassino da vilã (retirada de ingressos gratuitos via Sympla). Quem matou Odete Roitman? Quadro junta suspeitos do crime em "Vale tudo" Arte de Gustavo Amaral N’Os Imortais Bar (Rua Ronald de Carvalho 147, Copacabana), a promoção de happy hour vai até o final do capítulo (chope pilsen Amstel 300ml a R$ 6,90) e quem acertar o assassino ganha um brinde surpresa. No Porco Amigo (Rua São Manuel 43, Botafogo), quem compra um chope ganha uma cartela do bolão. Se acertar, vale um porquete (croquete de costela de porco desfiada) após o final do capítulo. Tanto no Mercadinho 63 (Rua Conde Afonso Celso 15, Jardim Botânico) quanto no Bar do Ge (no Tijuca Tênis Clube), o esquema é o mesmo: compra um chope, ganha uma cartela. Em ambos, assim como no Surubafo (Rua da Lapa 128), o prêmio para quem acertar o desfecho da trama é outro chope. No Donna Gastrobar (Rua Dezenove de Fevereiro 165, Botafogo), o clima é de festa, com DJ antes e depois da novela. Quem acertar o bolão ganha um vale consumação. No Quintal da Lapa (Rua do Lavradio 75 Lapa), o Débora Bloco se une ao Samba da Alvorada em noite com clima de festa a partir das 19h, com direito a transmissão em telão, DJ nos intervalos e concurso de fantasias (ingressos via Sympla). No Espaço Cultural Cozinha da Lapa (Rua do Rezende 76), tem promoção de cerveja, mais concurso de fantasias e karaokê (no pré e no pós-novela). Para soltar a voz ao som de “Brasil”! Initial plugin text

'Êta mundo melhor!': saiba quando Candinho vai descobrir que Samir é seu filho

'Êta mundo melhor!': saiba quando Candinho vai descobrir que Samir é seu filho

Em “Êta mundo melhor!”, Candinho (Sergio Guizé) descobrirá que Samir (Davi Malizia) é seu filho por volta do capítulo 150, em dezembro (serão 221 no total). A partir daí, surgirá um outro conflito para que os dois sejam separados novamente, como ocorre com os casais de mocinhos da teledramaturgia antes do final feliz. Leia também: Ivan ajudou a desvendar a morte de Odete na versão original de 'Vale tudo'. Saiba como foi 'Três Graças': protagonista fará grande descoberta no primeiro capítulo No início da novela, Samir foi sequestrado por Ernesto (Eriberto Leão). Desde então, ele vem sendo criado no abrigo Casa dos Anjos por Zulma (Heloísa Périssé), que é prima do vilão, com o conhecimento de Celso (Rainer Cadete). Recentemente, Candinho pediu para o detetive Sabiá (Fábio de Luca) procurar o pai de Samir, sem desconfiar de que o menino é seu filho. No fim deste mês, Grace Gianoukas surgirá na trama como Jocasta, prima de Quinzinho (Ary Fontoura), com quem ele namorou na adolescência. TV e famosos: se inscreva no canal da coluna Play no WhatsApp Outra novidade será um empresário que tomará conta da carreira de Dita (Jeniffer Nascimento). O ator ainda não foi escalado. Galerias Relacionadas Initial plugin text

Macaco Bong volta ao Rio após 12 anos para estreia do projeto 'Noites de Avalanche'

Macaco Bong volta ao Rio após 12 anos para estreia do projeto 'Noites de Avalanche'

Referência no rock instrumental brasileiro, o power trio Macaco Bong volta ao Rio de Janeiro após 12 anos para abrir o projeto “Noites de Avalanche – Os shows do livro”, neste sábado (18), às 21h, no Galpão Ladeira das Artes, no Cosme Velho. Inspirado no livro "Avalanche – A revolução do streaming (2010-2020): 51 nomes para conhecer a novíssima música brasileira", de Marcelo Monteiro, o projeto vai levar mensalmente ao Galpão artistas que fazem parte da cena contemporânea mapeada na publicação — e que ajudaram a redefinir a produção musical do país na era digital. 'Avalanche': como uma nova MPB foi criada a partir da revolução do streaming Marcelo D2: ‘Sinto muita falta do rap, que foi engolido pelo sistema e virou outra coisa’ Criado em Cuiabá e radicado em São Paulo, o Macaco Bong, que já dividiu o palco com Gilberto Gil e abriu para shows de Rage Against The Machine, Iggy Pop e Sonic Youth, é a única banda instrumental brasileira a ter um álbum eleito Melhor Disco do Ano pela Rolling Stone. O show revisita toda a trajetória do grupo — do clássico "Artista igual pedreiro" (2008), lançado quando o streaming ainda engatinhava no Brasil, ao recente "Perspective reset" (2025) — com faixas de várias fases, como “Amendoim”, “This is rolê” e “Macumba afrocinética”, que mesclam hardcore, psicodelia, jazz, folk e blues. Eleito um dos melhores livros de música de 2024 pela revista Noize, “Avalanche”, que deu origem ao projeto, reúne 51 artistas e bandas que marcaram a “nova música brasileira” da década de 2010, entre nomes como Mahmundi, Anelis Assumpção, Liniker, Luedji Luna, Boogarins, Metá Metá, Carne Doce, Tássia Reis, Francisco El Hombre, Ana Frango Elétrico e muitos outros. Depois do Macaco Bong, estão previstos para os próximos meses shows de Ava Rocha, Far From Alaska, Baggios, Jam da Silva e Luiza Lian, entre outros artistas com perfil no livro. A proposta, explica Monteiro, é consolidar o formato em 2026, ampliando a programação e os cachês com novos apoios e patrocínios. “É um jeito de dar continuidade ao espírito do livro e celebrar uma geração que revolucionou a maneira de criar e distribuir música no Brasil”, resume o jornalista, que esteve à frente, por oito anos, do blog Amplificador, do GLOBO. Noites de Avalanche – Os shows do livro: Macaco Bong. Galpão Ladeira das Artes. Rua Conselheiro Lampreia 225, Cosme Velho. Sáb (18). Trilhas a partir das 19h, show às 21h. De R$ 50 a R$ 60, com 1kg. Via 18 anos.

Walter Salles recebe homenagem em Hollywood, prepara série sobre Sócrates e quer ajudar 'O agente secreto' na corrida pelo Oscar

Walter Salles recebe homenagem em Hollywood, prepara série sobre Sócrates e quer ajudar 'O agente secreto' na corrida pelo Oscar

Diretor do longa que deu o primeiro Oscar ao Brasil, o de melhor filme internacional por “Ainda estou aqui” (2024), Walter Salles será homenageado neste sábado, 18 de outubro, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. Todo ano, a instituição escolhe quatro personalidades para receber o tributo no Academy Museum Gala. Salles faz parte do time que este ano tem ainda a atriz Penélope Cruz, o ator e comediante Bowen Yang e o cantor e compositor Bruce Springsteen, que terá sua cinebiografia lançada este mês. Um dia depois de receber o Luminary Award no evento do Museu da Academia, Walter Salles participa de conversa com Kleber Mendonça Filho, o cineasta que, com seu longa “O agente secreto” (2025), é a nova aposta para deixar o Brasil novamente em clima de Copa do Mundo na campanha pelo Oscar 2026. O encontro acontece na abertura do Bravo Film Festival, evento de cinema brasileiro em Los Angeles no qual Walter Salles é o mestre de cerimônias e que terá exibição de “O agente secreto” antes do debate que reúne os dois brasileiros e a francesa Emilie Lesclaux, produtora do filme e casada com Kleber. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Crise de hospedagem, metas abrangentes e 'herança maldita' travam definição de pauta prioritária às vésperas da COP30

Crise de hospedagem, metas abrangentes e 'herança maldita' travam definição de pauta prioritária às vésperas da COP30

A proximidade do início da COP30, que ocorrerá em Belém entre os dias 10 e 21 de novembro, em um contexto de crise de hospedagens e cenário internacional desfavorável, acende um sinal de alerta para especialistas da área ambiental. Até o momento, 87 países garantiram os quartos e 90 estão em negociação. O temor é que o cenário, aliado a dilemas não resolvidos nas duas conferências anteriores e um plano de metas abrangente proposto pela presidência do evento, impactem diretamente na indefinição de uma pauta prioritária e nos resultados concretos do encontro global, que já está sob a sombra do esvaziamento. PL da devastação: Entenda a importância da entrada de Lula para o adiamento da análise dos vetos e qual será a estratégia do governo Rumo à COP30: Veleiro sai do Rio com destino a Belém em expedição inédita sobre vida marinha brasileira A agenda de ação da conferência é dividida em seis eixos temáticos, que cobrem esforços para mitigação, adaptação, financiamento, tecnologia e capacitação. Há ainda a definição de 30 objetivos-chave pela preservação do meio ambiente. Especialistas apontam que a COP30 conta com “peculiaridades” na comparação com as anteriores que atrapalham a definição de uma pauta central com o principal objetivo do encontro. Isso se dá uma vez que a formulação do livro de regras do Acordo de Paris foi encerrada no evento do ano passado, o que pressupõe a necessidade de passagem da discussão legislativa para o debate sobre a execução dos acordos. — A COP30 ocorre em um país que coloca como objetivo principal, não a renovação de compromissos, mas a implementação dos acordos já assumidos — explica Marcos Woortmann, diretor-adjunto do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS). Ainda que a promessa de implementação norteie o interesse da presidência da COP30, “heranças” das duas COPs anteriores podem atrapalhar as negociações. É o que avalia a engenheira ambiental Laura Peiter, que atua como diretora de sustentabilidade da assessoria Profile: — A COP28, em Dubai, teve o primeiro balanço global de emissões, e foi constatado que as metas dos países para redução eram insuficientes. Já na COP29, em Baku, o valor acordado para o fundo climático foi muito aquém do esperado. Essas pendências devem atrapalhar as propostas da presidência atual, que trouxe objetivos muito ambiciosos e abrangentes. A avaliação dos especialistas é que em Dubai, apesar do marco histórico do reconhecimento da necessidade de transição dos combustíveis fósseis, o debate ficou fragmentado entre mitigação, perdas e danos e financiamento, sem fortalecer os avanços de uma agenda. Já em Baku, as discussões de financiamento climático se destacaram, mas o resultado foi considerado insuficiente: estabeleceu-se uma nova meta de US$ 300 bilhões anuais até 2035, muito abaixo do que os países em desenvolvimento demandam. — O sucesso efetivo da COP30 dependerá de avanços concretos em temas estruturantes, muitas vezes abordados sem o aprofundamento necessário em conferências anteriores — avalia Mirela Sandrini, membro do Grupo Executivo da Coalizão Brasil e diretora-executiva do WRI Brasil. Ela avalia que a dificuldade em definir uma pauta central para a conferência decorre da própria complexidade do momento político e climático global atual. Uma das apostas do Brasil para a COP30, o Fundo Florestais Tropicais Para Sempre (TFFF) — que prevê o pagamento pela conservação — é destacado por Zé Gustavo, diretor-executivo do Fórum Brasileiro das Climatechs, como uma iniciativa de implementação “contundente”. — É um desafio arrecadar dinheiro para o fundo, mas acho que pode ser uma materialidade da entrega dessa COP — diz. Metas em segundo plano O entendimento de que a crise do multilateralismo — provocada pela guerra entre a Rússia e países europeus e pela taxação dos Estados Unidos contra outras nações — causa entraves é unânime entre os estudiosos da área. O resultado é um atraso na entrega das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), cujo prazo foi encerrado em setembro, com quase metade da adesão registrada em 2021, quando ocorreu a rodada anterior de apresentação das atualizações das metas climáticas. Até a noite de quinta-feira o número de entregas estava em 62. Apenas as NDCs encaminhadas até esta data limite imposta pelo secretariado da Convenção do Clima (UNFCCC) estarão no relatório-síntese da ONU, cujo objetivo é destaca os principais achados, progressos e recomendações para o evento. As metas apresentadas de outubro até a COP30, portanto, não estarão presentes no documento, mas podem auxiliar as negociações. A apresentação da atualização das NDCs a cada cinco anos é um dever dos 195 signatários do Acordo de Paris, com objetivo de intensificar a redução de emissões e promover a adaptação climática. Segundo o embaixador André Corrêa do Lago, presidente da conferência, 162 delegações confirmaram a sua participação na COP30. — O Brasil realizou um esforço muito grande, desde quando nos candidatamos para receber a conferência, para que fossem alcançados resultados e para que os países honrem o compromisso que assumiram. Estamos nos debruçando em como responder à questão das NDCs insuficientes. É um esforço sendo feito e dialogado com outros países — afirma a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que defende a existência de uma agenda “convergente” no evento. Para Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, a presidência da COP precisa tomar uma atitude para a chegada de um novo acordo, para que as metas climáticas “sejam apresentadas e de forma melhor”. — A maioria dos países não prometeu, e quem prometeu não prometeu o suficiente. Se começa a COP sem NDCs, ela pode terminar com um problema sem resolução. O que é gravíssimo, já que as metas são o centro nervoso do Acordo de Paris. Já Claudio Angelo, coordenador de política internacional do Observatório, entende que o sucesso da COP30 também será medido por temas que não estão presentes na agenda formal da conferência, como a redução do uso de combustíveis fósseis e do desmatamento. — Não é culpa do Brasil que esta seja uma COP sem um grande objetivo maior. A conferência acontece em um contexto em que o mundo precisa resolver a questão das finanças e completar a negociação da meta global de adaptação. Esse último tópico sempre foi negligenciado na negociação e precisa ser resolvido em Belém. Preço da hospedagem espanta O preço cobrado pela hospedagem na capital paraense é uma das críticas levantadas pela comunidade internacional à infraestrutura de Belém. Até o momento, 87 países têm estadia para as delegações completas durante o período da conferência. O cenário inviabiliza o nível desejado de participação, na avaliação de Katia Mello, engenheira civil e copresidente da consultaria socioambiental Diagonal. — A falta da confirmação de países é muito preocupante para o Brasil, que traz para a COP30 uma articulação pela incorporação de uma transição justa, o que exige participação — afirma. Já Anabella Rosemberg, assessora sênior da Rede de Ação Climática Internacional, vê na proposta de acordar um mecanismo global para a transição justa um sinal positivo que o Brasil poderia enviar ao mundo: — A agenda oficial da COP30 tem discussões importantes que ainda não receberam atenção suficiente e que são chave para destravar a ambição. A justiça social no processo de mudança é um dos grandes temas esquecidos da política climática, e esta COP pode enviar uma mensagem clara ao mundo dez anos depois do Acordo de Paris: vamos nos apoiar mutuamente para avançar numa transição justa e inclusiva. Diretora-executiva da COP30, Ana Toni ressalta que, em um momento de "desafios geopolíticos, socioeconômicos e ambientais, a conferência deve ser um momento para reforçar o multilateralismo, conectar o regime climático à vida das pessoas e acelerar a implementação do Acordo de Paris". — Implementar uma lei é sempre menos atraente que aprová-la, mas é isso que precisamos fazer para avançar na transição para uma economia de baixo carbono e combater a mudança do clima. É fundamental que governos nacionais e subnacionais, setor privado e sociedade civil, entre outros grupos, trabalhem de forma ágil e coletiva para transformar compromissos em ações concretas — afirma Ana Toni.

'Vale tudo': saiba como terminou cada um dos personagens principais na novela original

'Vale tudo': saiba como terminou cada um dos personagens principais na novela original

"Vale tudo" de 2025 é um remake, mas ao que tudo indica, nem tudo no final da novela atual, escrita por Manuela Dias, vai seguir o roteiro original de 1988 de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères. O assassino (ou assassina) de Odete Roitman não deve ser a única mudança no desfecho do folhetim da TV Globo, que termina nesta sexta-feira, 17 de outubro. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

'Vale tudo': último capítulo será editado hoje, horas antes da exibição

'Vale tudo': último capítulo será editado hoje, horas antes da exibição

Oito meses depois de o Brasil reencontrar a idônea Raquel (Taís Araujo) e sua filha arrivista Maria de Fátima (Bella Campos) e a problemática família Roitman (com a matriarca, Odete, interpretada por Debora Bloch, agora assassina, mas também assassinada), é hora da despedida de “Vale tudo”. Nesta sexta, depois do Jornal Nacional, chega ao fim o remake de uma das novelas mais discutidas do Brasil, no passado e no presente. O mistério de “quem matou Odete Roitman”, cuja revelação parou o país em 6 de janeiro de 1989, segue vivo em outubro de 2025. Inclusive, o capítulo que irá ao ar este noite só termina de ser editado nesta sexta-feira pelo diretor artístico Paulo Silvestrini. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Após críticas por pedágios e Coca-Cola, Tarcísio vira alvo nas redes por cobrança sobre gorjeta de garçons

Após críticas por pedágios e Coca-Cola, Tarcísio vira alvo nas redes por cobrança sobre gorjeta de garçons

A estratégia do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de modular o discurso, retomando o figurino de gestor estadual, não conseguiu dissuadir as redes lulistas de apontá-lo como alvo prioritário e candidato favorito de Jair Bolsonaro (PL). Levantamento realizado pela consultoria Bites, a pedido do GLOBO, mostra que Tarcísio enfrenta uma oposição ruidosa nas redes sociais e que continua em alta mesmo com a menor exposição adotada em suas próprias contas. Licenciamento ambiental: Marina compara possível derrubada de vetos de Lula a 'voltar para o tempo de Cubatão' Datafolha: Mais da metade da população evita usar celular na rua por medo de roubo As menções a seu respeito explodiram a partir de 9 de julho, com o anúncio do “tarifaço” pelo presidente americano, Donald Trump. Foram registrados 6,8 milhões de conteúdos em redes como Twitter, Instagram e Facebook desde então, contra 2,3 milhões no período anterior equivalente — crescimento de quase três vezes e que eleva a média diária a quase 24 mil posts. Já a quantidade de publicações de autoria de Tarcísio caiu de 616 para 329, redução de 46,6%. A análise aponta que, além das sanções econômicas de Trump deflagradas em apoio a Bolsonaro, assuntos como o PL anistia, os pedágios “free flow”, o caso Ultrafarma, a crise do metanol, a atuação contra a MP federal dos impostos sobre rendimentos de aplicações financeiras e a cobrança de ICMS sobre gorjetas de garçons no estado renderam os principais picos de atenção nesse mesmo recorte de tempo. Com exceção da anistia, que costuma ser uma “bola dividida” em virtude das redes bolsonaristas, os demais representam reveses mais evidentes a Tarcísio. — Na prática, em todos os casos, os principais críticos ao governador foram perfis alinhados ao governo Lula, mostrando que ele é considerado o provável adversário em 2026 — analisa o diretor técnico da Bites, André Eler. A sucessão de polêmicas também é um sintoma observado a partir da taxa de interação dos posts do governador. Na contramão da quantidade de publicações, a média de curtidas, comentários e compartilhamentos aumentou 43% nos seus perfis oficiais. O GLOBO observou ainda que Tarcísio tem à sua disposição uma equipe disposta a fazer moderação de comentários, excluindo aqueles considerados ofensivos. Dessa forma, a taxa tende a estar subestimada no levantamento. Por outro lado, Tarcísio aumentou o número de seguidores: 396 mil novas contas em pouco mais de três meses. Seu desempenho em angariar novos públicos foi melhor no começo de agosto, portanto, antes do julgamento e da condenação de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de estado. Letícia Capone, que integra o grupo de pesquisa em Comunicação, Internet e Política da PUC-Rio e atua como diretora de monitoramento do Instituto Democracia em Xeque, acredita que a postura de Tarcísio em relação à corrida presidencial se justifica mais como uma tentativa de evitar o “fogo amigo” na extrema direita, notadamente o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), do que para sair da mira da esquerda. — Esse movimento vem um pouco da falta de articulação e de apoio político dentro do próprio campo. Os perfis mais ligados a Jair Bolsonaro esperam um aceno dele para 2026, e vimos uma divisão nas manifestações de 7 de Setembro e quando ele sinalizou que iria até os Estados Unidos para negociar o tarifaço. Ele não é um nome de consenso hoje nas redes da direita. Gorjeta da discórdia O mais recente caso em que Tarcísio é criticado nas redes versa sobre uma polêmica que envolve o pagamento de gorjetas, por parte dos clientes, a garçons de bares e restaurantes de São Paulo. A questão começou no fim do mês passado, quando a Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) enviou um ofício pedindo para o governo do estado deixar de autuar estabelecimentos que não recolhem Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) acima de 10% de caixinha, até o limite de 15% estabelecido em lei. – Manifestamos nossa preocupação com o entendimento adotado pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, cujos fiscais se encontram exercendo fiscalização e autuando estabelecimentos do setor representado pela Fhoresp, em razão do não recolhimento do ICMS sobre o percentual de gorjeta que exceda 10% (dez por cento). Trata-se, entretanto, de evidente equívoco interpretativo, uma vez que as gorjetas voluntárias concedidas pelos consumidores de bares, restaurantes e similares não integram a receita dos estabelecimentos, destinando-se, exclusivamente, à remuneração dos trabalhadores – afirma a entidade, em nota. Procurada sobre o tema, a Secretaria de Comunicação de Tarcísio indicou a Secretaria da Fazenda para comentar a questão. O secretário-executivo da Secretaria da Fazenda, Rogério Campos, afirma, que as regras foram criadas durante a gestão de Geraldo Alckmin, antes de haver uma lei federal específica, e que recebeu a entidade para uma reunião. – Eles ficaram muito satisfeitos com a reunião, porque a gente esclareceu alguns pontos, eles tinham uma preocupação de haver alguma ação de fiscalização, porque alguns bares e restaurantes estavam tendo problemas. Mas a gente até conversou bastante, porque de fato nada mudou nessa matéria desde 2012, um decreto do Geraldo Alckmin que estabeleceu as regras do regime de tributação – diz Campos. Apesar do assunto aparentemente ter se encaminhado para uma solução administrativa, a oposição ao governador tem aproveitado para criticar Tarcísio dentro e fora das redes. – Tarcísio taxou até a gorjeta dos garçons. TAXÍSIO ODEIA O POVO! – postou o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP). Outras manifestações, tanto de políticos quanto de internautas, também foram vistas aos montes nas páginas do governador. A também deputada Erika Hilton (PSOL-SP) enviou na última quarta (15) uma representação ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) cobrando providências sobre o assunto. – A política tributária paulista, ao insistir nessa cobrança, esvazia o propósito da lei federal e penaliza a base do setor, especialmente garçons, cozinheiras, auxiliares e atendentes. Segundo relatos de entidades sindicais, a Fazenda paulista vem aplicando autuações retroativas e multas expressivas a estabelecimentos que não incluem a gorjeta na base do ICMS, criando um cenário de insegurança jurídica e perseguição fiscal e o resultado é perverso: empregadores repassam o custo adicional ao consumidor ou reduzem o repasse aos empregados, gerando queda direta de remuneração para milhares de trabalhadores que dependem das gorjetas – diz Hilton, no ofício. Um secretário bem próximo de Tarcísio afirma que a oposição, ao tentar 'jogar no colo' do governador uma "fake news", usa as mesmas armas que diz defender. – O governador está sendo atacado, pois é visto como o principal adversário do presidente. Isso não é novidade, ele vem sendo atacado por todos os lados, inclusive ninguém tem limite para usar informação falsa para isso – diz o secretário.

'Fizemos até bolo': família aguarda libertação de presa no 8 de Janeiro; alvará de soltura foi para presídio errado

'Fizemos até bolo': família aguarda libertação de presa no 8 de Janeiro; alvará de soltura foi para presídio errado

A família de Alexsandra Aparecida da Silva, mulher de 43 anos presa por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro, ainda aguarda a libertação após o Supremo Tribunal Federal emitir um alvará de soltura para o município errado, na quarta-feira (15). De acordo com o irmão dela, Mayk Luis Melo Silva, a família se deslocou para Três Corações na noite de quarta, mas precisou voltar para casa após descobrir que ela não seria liberada naquela noite. Mayk foi até a penitenciária com o pai e a irmã de Alexsandra, e se deslocaram cerca de 100 km a partir da cidade onde vive a família, Fama, às margens do Lago de Furnas. CPI do INSS: Assessor da Conafer admite ter ficado 'com um troco' ao operar dinheiro de descontos de aposentados Metalúrgico, sindicalista e um dos 17 irmãos de Lula: Saiba quem é Frei Chico, alvo de requerimentos na CPI do INSS — A família toda estava ansiosa. Fizeram até bolo ontem (quarta) com bexiga para ela. Chegamos lá de noite, e fomos informados que a determinação pela soltura dela não tinha caído no sistema. Meu pai ficou muito ansioso, muito abalado. Esperamos um pouco e precisamos voltar para casa, e hoje (quinta) ela continua presa. Perdi minha mãe aos 9 anos. Foi a Alexsandra que cuidou de mim — comentou. A decisão que a libertaria, emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, afirma que a presa "se encontra recolhida no Presídio de Varginha". No entanto, Alexsandra está detida na Penitenciária de Três Corações, em outro município de Minas Gerais. De acordo com o advogado de Alexsandra, Wesley Bastos, na época da prisão, o STF determinou que ela fosse encaminhada para a prisão em Varginha, cidade que tem uma delegacia da Polícia Federal. No entanto, o presídio não conta com uma ala feminina, e no dia seguinte ela foi encaminhada para a Penitenciária de Três Corações, a 35 quilômetros de distância do destino inicial. No atestado carcerário, a justificativa para a transferência é "rotina de fluxo de gestão de vaga". Alexsandra está no presídio há dois meses e meio. — O STF emitiu o alvará de soltura erroneamente. Foi um erro material, pois ela foi enviada inicialmente para Varginha, e enviaram o alvará de soltura para a mesma cidade. Isso causou um problema para a família, que se deslocou na noite dessa quarta-feira para Três Corações, depois das 18h, para recebê-la, e descobriu que ela não seria liberada. No entanto, o que importa é que já saiu o alvará, e estamos trabalhando para que haja a correção e ela seja solta — destacou o advogado. A defesa de Alexsandra afirma que ela sofre de ansiedade, tem nódulo na mama, um cisto no punho e sofre com sangramento retal, e já reclamou do problema pelo menos três vezes durante o período em que está detida. O GLOBO procurou o STF e aguarda retorno. Medidas cautelares A decisão de Moraes pela soltura impõe medidas cautelares contra a bolsonarista, como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno e nos fins de semana, comparecimento em juízo semanal, proibição de usar as redes sociais e o recolhimento do passaporte. O descumprimento destas medidas implicará em nova decretação de prisão. “A necessária compatibilização entre a Justiça Penal e o direito de liberdade não aponta a permanência das razões para a manutenção da medida cautelar extrema, seja para garantir a ordem pública, seja para impedir eventuais condutas da ré que pudessem atrapalhar a instrução criminal ou a aplicação da lei penal, além de inexistirem, nos autos, quaisquer elementos capazes de evidenciar risco concreto de reiteração da prática delitiva”, afirmou Moraes. Em sua coluna no GLOBO na última terça-feira, Fernando Gabeira mostrou que a ré, conhecida por Leca, vivia precariamente e cuidava de nove cachorros após o fim do casamento, que ocorreu após a primeira prisão dela, em Brasília. Ela estava na capital federal em 9 de janeiro de 2023, dia seguinte aos atos golpistas que culminaram na destruição dos prédios dos três Poderes, porque o ônibus em que ela estava quebrou, o que causou um atraso. Segundo o advogado da ré, Alexsandra chegou à Brasília ainda no dia 8 de janeiro, por volta das 18h, depois da invasão aos prédios. — Ela não participou de manifestação nenhuma. Foi em Brasília para participar, mas, durante o dia, o pessoal invadiu os prédios. Quando eles viram aquilo, eles quiseram até voltar, mas não conseguiram. Testemunhas confirmaram que eles pararam por várias vezes na viagem. Chegaram em Brasília e não tinham local para dormir, montaram uma barraca e foram presos na madrugada do dia 9 — relatou Bastos. Alexsandra havia deixado o presídio em março de 2023, mas voltou a ser detida em 22 de julho de 2025, após “diversos descumprimentos não justificados das medidas cautelares”, afirma Moraes na decisão em que determinou a soltura. Bastos admitiu que ela descumpriu o horário determinado pela Justiça para estar em casa diariamente às 18h. — Em Brasília, quando ela foi solta em março de 2023, foi colocada a tornozeleira eletrônica, mas o monitoramento eletrônico começava às 22h. Quando veio para Minas mudou tudo. Ela tinha que estar em casa às 18h. É muito complicado cumprir essa determinação. Ela é sozinha. Precisa trabalhar, precisa comer.

Rio Coffee Nation reúne 60 expositores, aulas com chefs e cafés especiais de todo o país

Rio Coffee Nation reúne 60 expositores, aulas com chefs e cafés especiais de todo o país

Começa nesta sexta-feira (17) o Rio Coffee Nation, evento de cafés especiais que chega ao EXC, no Jardim Botânico, para sua 6ª e maior edição. Até domingo (19), mais de 60 produtores, baristas e especialistas de diferentes regiões do país levam suas melhores safras e se reúnem para degustações, aulas com chefs e palestras. Virada Sustentável, shows gratuitos de Mãeana, Zé Ibarra e Moreno Veloso, festa literária: os eventos da semana Mestre da xilogravura, mestre do suspense e mestre do tango: um programa para cada dia Entre os destaques, estão o lançamento de um café infusionado com nitrogênio, em parceria com a Coffee Taste, a nova linha de cafés varietais (feitos a partir de uma única variedade de grão) da Orfeu, e e uma coffee party na manhã de domingo. Para beliscar, queijos premiados do Vale do Café, que serão harmonizados com cafés da região, além de comidinhas de marcas como T.T. Burger, Pitada e a confeitaria Maison Fernand. Produtores participantes Araulto Café Real Café EMV Cafés Lema Cafés Santo Solo Cafés Especiais Boutique dos Queijos (Empório Rei) Gastromotiva O Melhor da Roça Coffee Taste Priscyla França Chocolates Oli Cafés Cacau Dourado Café Filomeno Estefânia Mãos Atelier Cerâmica Café do Museu Kochen Azeites Saborizados Café Caramelo e Café do Flor Orfeu Naveia Kãnfa Chás Especiais Capoeira Coffee Flavors Café Florir Café do Futuro Setur RJ Vale do Café Secretaria de Desenvolvimento Regional, do Interior, da Pesca e Agricultura Familiar House Mix Carmomaq Nolita Roastery Cooxupe Matisse Cervejaria Sta Monica Aulas Na programação do Palco Receitas, nomes como Jessica Sanchez, mixologista da Casa Horto que ensina a receita de um coquetel com café, e Jessica Trindade, do Chez Claude e Madame Olympe, com uma receita de cavaquinha, bisque com café e mini-nhoque. Outra boa pedida é a aula sobre a combinação entre café e cerveja com o sommelier José Padilha. Tai Barbin, do Liz Cocktail & Co., Rodrigo Sardinha, da Gastromotiva, e Felipe Appia, do Nolita Roastery, são mais alguns nomes que marcam presença nas aulas. A programação também terá oficinas pagas à parte (a partir de R$ 209), com especialistas que vão promover experiências sensoriais, torras, e receitas especiais. Initial plugin text Programação Sexta (17) 14h: Abertura Oficial do evento 15h: Rotas do Vale do Café, com Wanderson Farias 16h: Receita Mousse de Maracujá com ganache de café e cumaru (com aproveitamento completo do Maracujá), com chef Rodrigo Sardinha e Eloisa Aquino 17h: Método Cleve, com Jéssika e Jeziane Apóstolico 17h40: Café e Cerveja uma combinação deliciosa, com José Padilha 18h30: Coquetel com café, com Jessica Sanches 19h10: Happy hour do Café com música Sábado (18) 11h30: Método Sifão, com Café Orfeu 12h10: Receita Corail e Café – Cavaquinha, bisque com café e mini nhoque, com Jessica Trindade 13h: Método Chemex, com Adriana Valinhas 13h40: Método Coador de Pano harmonizado com Chocolate, com Lucas, do Nolita Rostery e Pryscilla França 14h30: Receita de Sobremesa Inspiração Negra, com Rita David e Marcio Dantas 15h20: Método Origami, com Carlos Lima 16h30: Drink – Coffee Negrono, com Tai Barbin e Rodrigo Borges 17h15: Método Kalita, com Jacques Neto 18h: Drink – Tesouro do Oriente com cachaça Pindorama, com Waguinho 19h: Happy hour do Café com música – DJ Oficinas: duração 1h30 11h: Drink Coffee Me – Drinks com café para você fazer em casa, com Carlos Lima 13h35: Desvendando Aromas e Sabores: Uma Jornada Sensorial pelo Café, com Osnei Cesarino 16h: Processos de Avaliação Sensorial, com Hallyson Ramos Domingo (19) 10h: Coffee Party | COPA Baristas RCN 12h30: Receita – TO CAFÉ, com Sacha Lecoanet 13h20: Método Aero Press, com Hallyson Ramos 14h10: Receita – Tradicional Brigadeiro de Capim Santo com um Toque de Café, com Alunos de Confeitaria do Instituto Capim Santo 15h20: Método French Press, com Osnei Cesarino 16h: Receita de Tiramisù, com Felipe Appia 17h: Drink – Highball do Caparaó – Soda de Café e Vodka, com Daniel Estevan 17h40: Final Melhor Café Torrado para Expresso 18h30: Happy hour Encerramento do Café com música Oficinas: duração 2h Torra em Café especiais: Como é na prática, com Jacques Neto Serviço EXC. Rua Jardim Botânico 1011. Sex, das 14h às 20h. Sáb, das 11h às 20h. Dom, das 1hh às 18h. R$ 59.

Entrevista: ‘Trump não vai impedir ação dos estados pelo clima’, diz ex-chefe da Agência de Proteção Ambiental dos EUA

Entrevista: ‘Trump não vai impedir ação dos estados pelo clima’, diz ex-chefe da Agência de Proteção Ambiental dos EUA

O presidente Donald Trump retirou os EUA do Acordo de Paris de novo, mas não vai conseguir frear as ações pró-clima lideradas por estados, cidades e empresas, afirma Gina McCarthy, ex-presidente da Agência de Proteção Ambiental do país (EPA) e primeira conselheira do clima da Casa Branca, no governo Biden: PL da devastação: Entenda a importância da entrada de Lula para o adiamento da análise dos vetos e qual será a estratégia do governo Rumo à COP30: Veleiro sai do Rio com destino a Belém em expedição inédita sobre vida marinha brasileira — Estados e governos locais têm autoridade delegada pela Constituição. O presidente Trump vai gostar da ideia de que continuemos avançando em relação às mudanças climáticas? Claro que não. Mas ele literalmente não tem autoridade para impedir isso. Gina é uma das líderes da coalizão America Is All In, formada por governos subnacionais e sociedade civil, que articulam medidas para corte de CO2 e promoção da energia limpa. Ela virá ao Brasil em novembro para o Fórum de Líderes Locais, um dos eventos que antecedem a COP30. Só 31% dos países têm novas promessas de corte de CO2 na forma de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), os documentos que embasam o Acordo de Paris para o clima. A NDC dos EUA data de antes de Trump recuar no tratado. As NDCs estão começando a travar ou recuar? Não posso falar sobre as NDCs de todos os países. Nos EUA (segundo maior emissor de gases do efeito estufa do mundo), o trabalho que estamos fazendo com o America Is All In tem como objetivo fornecer uma NDC para os EUA em um momento no qual o governo federal não está interessado em fazê-lo. Parte do desafio que enfrentamos agora é que temos que trabalhar juntos para aproveitar as oportunidades atuais, que são realmente incríveis em termos de capturar mais energia limpa e reduzir nossa dependência de combustíveis fósseis. As NDCs refletem quais são as nossas esperanças, mas o mais importante é o que cada país está efetivamente fazendo agora para garantir que tenhamos estratégias econômicas saudáveis e viáveis no futuro. Os EUA vão trabalhar para atingir metas da NDC de Biden, mesmo que Trump não a apoie? Não temos expectativa de que o presidente Trump seja nada além de um negacionista das mudanças climáticas. Mas mesmo que o governo federal não queira reconhecer as mudanças climáticas ou tomar medidas a seu respeito, não há como impedir que todos os estados americanos continuem a participar do esforço, tanto na análise do processo da NDC quanto nas oportunidades em energia limpa. O America Is All In é o grupo que vai garantir nossa presença na COP. Queremos que as pessoas no Brasil e a comunidade internacional entendam que os EUA estão dentro. É inegável que estamos em situação difícil com este governo, mas ele não dita as oportunidades em nível local e estadual. A senhora virá à COP 30? Vou participar do Fórum de Líderes Locais (no Rio de Janeiro). É lá que o América Is All In terá uma presença mais significativa. Mas certamente teremos outros representantes dos EUA na COP30. A senhora trabalhou com os governos Biden e Obama na Lei Bipartidária de Infraestrutura e na Lei de Redução da Inflação, que incluem ações para o clima. Tais planos estão em risco sob Trump? A política é ameaça ou solução para a crise do clima? Nesses projetos, o que tentamos fazer foi analisar quais são as oportunidades concretas para avançar e enfrentar a crise climática. Portanto, não se trata tanto de política, mas sim de pessoas. Não estamos dispostos a acomodar um presidente que não reconhece a existência das mudanças climáticas, e não seremos dissuadidos por sua incompreensão das oportunidades disponíveis para nós. Portanto, tudo se resume a garantir que continuemos avançando para promover a energia limpa. Era disso que se tratava a Lei de Redução da Inflação. Tratava-se de investir em energia limpa porque é mais acessível para nossas famílias, pois ela reduz os custos, além de lidar com os desafios das mudanças climáticas. Não devemos ficar presos ao que o presidente diz ou deixa de dizer. A mudança climática é o maior desafio do nosso tempo. Seria um erro nos deixarmos paralisar por disputa política. Até que ponto as grandes empresas americanas estão comprometidas de fato com a ação climática? O setor privado nos EUA não está confrontando este presidente de maneira muito vocal, mas ele está, por outro lado, pondo a mão na massa. A energia limpa nos EUA está prosperando por causa do investimento privado. Ela atingiu seu segundo melhor primeiro trimestre em 2025 no país, e isso representa US$ 10 bilhões em investimento privado. A aquisição de energia limpa por empresas cresceu oito vezes desde 2017. As fontes de energia limpa responderam por 44% da eletricidade gerada nos EUA em agosto. Não me incomoda que o setor privado não esteja alardeando isso o tempo todo, desde que siga a investir. Mas a indústria dos combustíveis fósseis está ganhando força novamente... Sabemos que o interesse do presidente em promover o carvão não será um caso de sucesso, porque o carvão é o ontem, e a energia limpa é o hoje. A indústria de combustíveis fósseis continua, sim, querendo promover seus interesses, mas a energia limpa está avançando em um ritmo que os combustíveis fósseis não conseguem acompanhar. Como está a resposta do setor de tecnologia à questão climática, com sua enorme demanda por eletricidade para Inteligência Artificial? A IA é ao mesmo tempo um desafio e uma oportunidade. O principal desafio agora é manter o abastecimento de água necessário para as pessoas (datacenters para IA consomem muita água para resfriar processadores). Os EUA começaram, em nível estadual, a reagir e a explicar que, embora a IA possa ser extremamente importante para nós no futuro, ela precisa ser bem administrada. Isso se tornará uma preocupação crescente. Como o America Is All In trabalha? Vocês estão conseguindo resistir às ações do governo Trump? O America Is All In trabalha basicamente com tudo abaixo do nível do governo federal. Temos engajamento entre estados, cidades e a comunidade empresarial para garantir que os EUA estejam combatendo as mudanças climáticas da forma mais intensiva possível, gerando empregos e ajudando a promover saúde, bem-estar e igualdade. E nós temos agora uma oportunidade global de mostrar ao resto do mundo o trabalho que está sendo feito. A senhora pode citar um exemplo concreto do que estão fazendo? Quem vocês estão mobilizando para esse esforço? A America Is All In está trabalhando com cidades, prefeitos e governadores abrangendo 55% da população dos EUA e 60% da nossa economia. Somos nós que estamos colocando na mesa qual deve ser nossa NDC e as estratégias para chegar nela. Podemos falar de estados como Arizona, Ohio e Indiana, que lideram em energia solar, além de Texas e da Califórnia, que têm estabelecido novos recordes em energia eólica, solar e em baterias. A Califórnia acaba de renovar seu programa de mercado de carbono até 2045. Além disso, estados da Iniciativa Regional para Gases-Estufa (RGGI, mercado de carbono da Costa Leste dos EUA) têm sido muito bem-sucedidos, reduzindo emissões quase 50% mais rápido que o resto do país, porque trabalham juntos. Quando o governo federal não governa, temos outras maneiras de liderar. Trump está agora perturbando a área de segurança pública colocando tropas federais em algumas cidades contra a vontade de governadores. Ele pode atropelar essa autonomia na área ambiental, impedindo ações climáticas dos estados? Os estados e governos locais têm autoridade que foi delegada pela Constituição. Será que o presidente Trump gosta da ideia de nós continuarmos avançando na resposta às mudanças climáticas? Certamente não. Mas ele literalmente não tem autoridade para impedir isso. Mesmo que ele desaprove as ações de cidades e estados, há um caminho jurídico para contestar isso. Ele pode até ir em frente e tentar, mas as autoridades são muito claras ao afirmar que os estados e governos locais podem agir por conta própria. É importante entender que ninguém está fazendo essas coisas com o único propósito de irritar o presidente. Não há dúvida de que Trump tem autoridade presidencial, mas os governos locais e estaduais também têm uma autoridade que eles continuarão a exercer de maneira legítima para promover seus interesses.

Alcolumbre amplia sua influência e se consolida como mediador entre Planalto e Congresso

Alcolumbre amplia sua influência e se consolida como mediador entre Planalto e Congresso

No momento em que tenta emplacar a indicação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), se colocou na quinta-feira mais uma vez como fiador dos interesses do governo no Legislativo. O parlamentar cedeu aos apelos da equipe de articulação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e adiou a sessão que analisaria os vetos ao projeto do novo licenciamento ambiental. A votação resultaria, segundo integrantes do próprio Palácio do Planalto, na segunda derrota expressiva do Executivo no Congresso em menos de um mês. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.