
Fortaleza não perde em casa para o Vasco há mais de 20 anos
Cruz-Maltino visita o Tricolor nesta quarta (15/10) pelo Brasileirão. Confira boas opções de apostas para as suas bets
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O STF (Supremo Tribunal Federal) deve analisar no próximo dia 23 se o Congresso descumpre a Constituição ao não criar uma lei que regulamente o IGF (Imposto sobre Grandes Fortunas). A inclusão do tema na pauta foi feita pelo ministro Edson Fachin , em uma das primeiras decisões após assumir a presidência da Corte , em 29 de setembro. Leia mais (10/15/2025 - 12h19)
Quando a soprano Berna Perles se ajoelhou, aos prantos, no palco do Auditório de Tenerife, na noite da última terça-feira (14), encerraram-se 54 anos de busca de nacionalidade europeia a que uma ópera brasileira tinha direito. A produção dirigida pelo espanhol Paco Azorín (cena) e o brasileiro Luiz Fernando Malheiro (música) foi aplaudida por cerca de 1.600 espectadores, conferindo à "Yerma", de Villa-Lobos, seu primeiro triunfo em solo espanhol. Tanto a crítica especializada quanto os diretores das principais casas líricas pareciam confusos com a descoberta de um “operón” de grandes proporções (são 3 horas de música), cantada desde sempre em espanhol e composta por um brasileiro, que jamais tinha sido executada nos palcos ibéricos. A história dessa obra espanta por sua tortuosa trajetória como órfã de seus dois "pais". Assassinado pelas forças fascistas em 1936, ano de início da Guerra Civil Espanhola, Federico García Lorca jamais conheceu Heitor Villa-Lobos. Por sua vez, o neto de espanhóis nascido no Rio jamais veria uma encenação (nem mesmo parcial) da ópera composta sob encomenda em 1956, sobre o texto em espanhol do poeta de Granada. Villa-Lobos morreria em 1959, 12 anos antes da estreia mundial de "Yerma" no ano de 1971, em Santa Fe, Novo México, EUA. Terra Natal de Villa-Lobos, o Rio veria o drama apenas em 1983, com a soprano Aurea Gomes e o tenor Benito Maresca respectivamente nos papéis de Yerma e Juan. Em 2020, uma nova montagem chegou a ser anunciada para a Cinelândia, mas desapareceu com a pandemia de Covid-19. Por tudo isso, foi histórica a primeira das quatro noites programadas no espantoso Auditório de Tenerife, projetado por Santiago Calatrava como uma vela soprada pelos ventos da África (a ilha fica a 300 km do território chamado de Saara Ocidental). Trata-se do primeiro palco da Espanha a sentir a eletricidade da "Yerma" contada por Villa-Lobos, sob direção cênica de Paco Azorín e regência do brasileiro Luiz Fernando Malheiro. O que se viu foi uma produção com belos recursos em vídeo, uso de uma piscina e de uma queda d’água cênica como exploração predatória do ambiente e metáfora da condição da mulher oprimida, e um papel que demanda tudo do registro de soprano, visceralmente interpretado por uma Berna Perles fulgurante, a todo o tempo no palco. A história é muito simples, enriquecida pela incrível capacidade de condensar sentimentos nos versos de Lorca: casada com o rude camponês Juan (Alejandro Roy, tenor), numa relação em que é rigidamente fiscalizada, Yerma não consegue engravidar, o que expõe publicamente a infelicidade do casal e conduz a suspeitas de que ela teria um caso com Victor (Javier Castañeda, barítono), o único homem que de fato a seduziu. Depois de cinco anos sem o bebê tão sonhado, ela participa de um ritual ministrado por uma benzedeira. Flagrada por Juan, que menospreza seus esforços e sonhos, ela acaba por assassinar o marido. Para Azorín, trata-se de uma ópera seriamente candidata a ocupar um lugar no repertório espanhol, “no mínimo com a mesma estatura de “A Vida Breve”, de Manuel de Falla”, talvez o melhor espelho de Villa nas terras do Quixote. É a primeira escala de uma coprodução que, além de Tenerife, envolveu o Corredor Criativo da Amazônia, uma entidade que congrega o Festival Amazonas de Ópera (FAO, Manaus) e o Theatro da Paz (Belém): os dois espaços receberão a coprodução em 2026. Em 2027, a última parada prevista dessa colaboração será o Teatro de La Zarzuela, Madri, como parte das comemorações do centenário da geração de Lorca. – A história dessa colaboração começa em 2023, durante o Festival Amazonas de Ópera, na reunião da OLA [Ópera Latino-América, entidade que congrega teatros dessa natureza] – conta José Luis Rivero, que há 20 anos dirige o Auditório de Tenerife, uma casa que, segundo ele, tem muito mais a ver com a identidade latino-americana. – Conversando sobre possíveis produções com Flávia Furtado [produtora-executiva do FAO], tocamos no tema de "Yerma", que o FAO e eu lhes disse: "Essa me interessa muito". Rivero – que também já produziu em Tenerife “Domitila”, de João Guilherme Ripper – explica que a busca por essa ópera na Espanha já vinha desde a gestão de Gerard Mortier (morto em 2014) como diretor do Teatro Real de Madri, mas não se obteve autorização por parte da Fundação García Lorca, que controlava os licenciamentos das obras do poeta até 2017, quando elas finalmente caíram em domínio público. O sucessor de Mortier no Real, Joan Matabosch, ainda tentaria levar adiante a empreitada de olho na produção carioca programada por André Heller-Lopes, malograda pela pandemia. Em meio a tudo isso, ainda havia um outro empecilho a se resolver, segundo Flávia Furtado. – Quando iniciamos a produção de "Yerma" no FAO de 2010, o que tínhamos era uma partitura manuscrita de Villa-Lobos. Ali ficou claro que ainda haveria outras correções a serem feitas, o que foi finalmente concluído pelo maestro Malheiro neste ano. Nossa visão como festival é que, se temos que honrar alguma tradição, é a dos antigos programadores do passado, que davam vazão à criatividade dos compositores. Ainda existem óperas brasileiras inéditas, e o FAO tem uma responsabilidade com o futuro e com o passado, na visão do Malheiro – afirma Furtado, que assinou nesta semana um convênio do Corredor Criativo da Amazônia [que também conta com o Teatro Colón de Bogotá] com a OEI [Organização dos Estados Ibero-Americanos]. Musicalmente, trata-se de um Villa-Lobos completamente diferente do que se está acostumado a ver. Aos 69 anos, o músico carioca estava em plena maturidade quando recebeu a encomenda de dois amigos americanos e construiu um tipo muito denso de música, bastante guiado pelo texto integral de Lorca e completamente diferente dos cromatismos próximos à música popular, tão marcantes nas Bachianas Brasileiras, mas também sem imitações do folclore espanhol. Segundo Luiz Fernando Malheiro, é “muito difícil” saber que rumos Villa-Lobos teria tomado caso não tivesse morrido em 1959, três anos depois de completar a obra. Agora ao menos já se sabe: depois de entrar pela Espanha mais africana, Villa caminhará pela Floresta Amazônica até chegar, em 2027, ao centro de Madri. *O jornalista viajou a convite do Auditório de Tenerife e do FAO.
Vacina com nanopartículas da Universidade de Massachusetts impediu o câncer em camundongos. Ainda não há previsão para testes com humanos
O presidente Lula criticou a composição do Congresso durante evento com Hugo Motta, presidente da Câmara Reprodução/Canal Gov O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (15) que o Congresso nunca teve tanto "baixo nível" como tem no atual momento. O petista fez a afirmação durante cerimônia, no Rio de Janeiro, de comemoração ao dia dos professores, comemorado nesta quarta. Ao fazer a declaração, com críticas a parlamentares de extrema-direita, Lula se dirigiu ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que estava presente no evento, no palanque das autoridades. "O Hugo [Motta] é presidente desse Congresso, ele sabe que esse Congresso nunca teve a qualidade de baixo nível como tem agora. Aquela extrema-direita que se elegeu na eleição passada é o que existe de pior", disse Lula. Veja os vídeos que estão em alta no g1
Sessão solene foi proposta pelo deputado Doutor Luizinho (Progressistas-RJ) e acontecerá em 12 de novembro
Secretário do Tesouro reforçou que negociações comerciais seguirão foco no interesse econômico dos EUA, apesar da volatilidade das bolsas The post Queda dos mercados não impedirá EUA de tomar medidas firmes contra China, diz Bessent appeared first on InfoMoney .
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott...
Operação contra falsificação de bebidas prende motorista de app O morador de São José dos Campos (SP) preso em uma operação estadual contra a adulteração de bebidas foi solto pela Justiça em audiência de custódia, nesta quarta-feira (15). Fabrício Pereira Coelho, de 46 anos, foi um dos alvos de uma operação da Policia Civil contra uma rede criminosa envolvida na produção e comercialização de bebidas alcoólicas adulteradas por metanol. A ação foi realizada nesta terça-feira (14). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Segundo o Tribunal de Justiça, a liberdade provisória foi concedida a Fabrício mediante cumprimento de medidas cautelares, como proibição de estar fora de São José por mais de oito dias e proibição de comercializar bebidas alcoólicas. O g1 tenta contato com o advogado do homem. A reportagem será atualizada caso ele se manifeste. Morador de São José dos Campos é preso em operação estadual contra adulteração de bebidas Pedro Melo/TV Vanguarda LEIA TAMBÉM: Morador de São José é preso em operação estadual contra adulteração de bebidas Suspeito comprava produtos por 10% do valor das marcas originais e revendia Prisão e apreensão de bebidas adulteradas Fabrício foi preso em uma operação da Polícia Civil contra a adulteração de bebidas alcoólicas, em São José dos Campos, na manhã desta terça-feira (14). A operação conduzida pela Polícia Civil do Estado de São Paulo mirou uma rede criminosa suspeita de ter envolvimento na produção e na comercialização de bebidas alcoólicas adulteradas por metanol. O suspeito foi encontrado em uma casa na rua Rio Jurubatuba, no bairro Jardim Pararangaba, na Zona Leste da cidade. Os policiais também fizeram buscas em outros endereços ligados a ele. Foram apreendidas mais de 500 garrafas cheias, cerca de mil garrafas vazias e 14 barris com mais de mil litros de bebidas alcoólicas, além de selos, tampas e rótulos das marcas originais. Após a prisão, Fabrício confessou à polícia que realizava o envase de garrafas com bebidas adquiridas a granel, reaproveitava frascos e colava manualmente rótulos e selos "para lhes conferir aparência de produto original", segundo o boletim de ocorrência. Ele disse ainda que "havia cessado recentemente a comercialização, mas que mantinha em casa o estoque remanescente." Polícia apreende mil litros de bebidas falsificadas em São José Venda das bebidas falsas Em entrevista coletiva em São Paulo, a delegada responsável pela operação, Leslie Caran Petrus, explicou como funcionava o esquema de venda de bebidas falsificadas pelo suspeito de São José. As investigações se iniciaram a partir de um flagrante que ocorreu há cerca de 10 dias. Na ocasião, um dos maiores fornecedores de bebidas falsificadas do Brasil foi detido. “O indivíduo de São José dos Campos adquiria as garrafas desse investigado inicial, da prisão de dez dias atrás. Ele adquiria bebidas de renome, marcas que o whisky que custam de R$ 3 a 4 mil. Ele comprava por 10% do valor de uma garrafa original”, disse. “Então se vale R$ 3 mil o whisky, ele pagava R$ 300. Eram enviados também os lacres, as tampinhas falsas. Tudo isso era fornecido. E, a partir disso, ele tinha as bombonas de whisky e de outras bebidas falsas e fazia de forma manual. Botava o funilzinho, colocava aquela bebida falsa, fechava, lacrava e revendia”, completou a delegada. De acordo com a delegada, a bebida adulterada por Fabrício era vendida a um público com alto nível socioeconômico. "Até por isso ele pedia que as caixas e as garrafas das bebidas estivessem em estado perfeito, porque os clientes eram exigentes", disse Leslie na coletiva. Homem preso em operação contra bebidas falsas comprava produtos por 10% do valor das marcas originais e revendia em São José Reprodução/TV Vanguarda Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina
Preparação Enem: professor de História dá dicas sobre período entreguerras Reprodução / TV Grande Rio O projeto Preparação, da TV Grande Rio e g1 Petrolina, traz nesta quarta-feira (15) uma dica de História para os estudantes que estão se preparando para a prova do Enem. O exame será realizado nos dias 9 e 16 de novembro em todo o país. O professor de História, Everaldo Libório, abordou o período entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, assunto costumeiramente cobrado na prova do Enem. "Terminada a primeira guerra mundial, o mundo europeu vivia o caos social, a crise econômica. Os ideais liberais entraram em decadência e as pessoas, desesperadas, terminaram se abraçando com os ideais do nazifascismo, que defendia a ideia de um partido único, o militarismo, nacionalismo, a ideia da infalibilidade do estado e a pregação contra o ‘perigo comunista’. (…) O preço e o custo do mundo nazifascista foi a segunda guerra mundial, que provocou o extermínio de mais de sessenta milhões de pessoas.", explicou. :Baixe o app do g1 para ver notícias de Petrolina e Região em tempo real e de graça No vídeo acima, você confere a dica completa para ir muito bem na prova de História e Ciências Humanas e suas Tecnologias. Vídeos: mais assistidos do Sertão de PE
Duelo carioca acontece nesta quarta (15/10) no Nilton Santos, pelo Brasileirão. Descubra quem costuma levar a melhor para apostar
A B3 anunciou nesta quarta-feira novos horários de...
Centro de Manaus tem ruas alagadas durante forte chuva neste sábado (11). Reprodução/Redes Sociais O volume de chuva esperado para todo o mês de outubro em Manaus já foi superado, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Até esta quarta-feira (15), a capital acumulava 163,2 milímetros (mm) de precipitação, acima da média climatológica prevista de 113,9 mm para os 31 dias do mês. Somente nas últimas 24 horas, foram registrados 61 mm pelo Inmet e 85 mm pela estação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), no bairro União. Até a segunda-feira (12), o Inmet já havia contabilizado 129 mm de chuva na capital, número que superou a média esperada antes mesmo da metade do mês. Participe do canal do g1 AM no WhatsApp O volume confirma uma tendência observada desde julho: o verão amazônico tem sido mais chuvoso que o normal. A Climatempo prevê que o tempo siga instável nos próximos dias, com pancadas de chuva frequentes e risco de temporais em Manaus e em outras regiões do estado. Ainda segundo o órgão, o acúmulo de chuva deve ficar acima da média principalmente no oeste, sul e centro do Amazonas. Nas demais áreas, a previsão é de precipitações dentro da normalidade. ⛈️ Chuvas acima da média desde julho O aumento do volume de chuva vem sendo registrado há meses. Em agosto, Manaus acumulou 132,4 mm, mais que o dobro da média de 56 mm, período que normalmente é o mais seco do ano. Em julho, o total foi de 85,1 mm, acima da média de 67 mm, e em setembro, o volume chegou a 70,1 mm, pouco abaixo da média de 79 mm. Impactos da forte chuva A forte chuva registrada na terça-feira (14) provocou alagamentos e transtornos em diferentes zonas da capital. De acordo com a Defesa Civil de Manaus, 16 ocorrências foram registradas até as 17h30, incluindo quedas de árvores e ruas alagadas. Veja o vídeo abaixo. Entre os pontos afetados estão o Boulevard Álvaro Maia, na Zona Sul, e a Avenida Francisco Queiroz, no bairro Manoa, Zona Norte, onde motoristas enfrentaram dificuldade para trafegar. Na rua 10 de Julho, no Centro, uma árvore caiu próxima ao Teatro Amazonas, mas não houve feridos. Também foram registrados alagamentos em uma feira e em uma maternidade na Zona Oeste. Nos municípios de Careiro da Várzea e Tapauá, a Defesa Civil do Amazonas registrou acumulados de 59,6 mm e 55,8 mm de chuva, respectivamente, até a noite de terça. Forte chuva causa alagamentos em pontos de Manaus Moradores reclamam de alerta atrasado Devido a intensidade do temporal, a Defesa Civil de Manaus emitiu um alerta no início da tarde. O alerta gerou críticas nas redes sociais. Moradores relataram que a notificação chegou aos celulares quando a intensidade da chuva já havia diminuído. Nas redes sociais, internautas ironizaram o atraso, dizendo que o alerta "chegou duas horas depois do temporal". Outros afirmaram que nem receberam a mensagem. Água da chuva causa transtorno a comerciantes no Centro de Manaus
Estudante de Direito é suspeita de envenenar e matar pelo menos quatro pessoas O caso da estudante de Direito apontada pela polícia como “serial killer” e investigada em São Paulo despertou uma dúvida entre leitores do g1 nos comentários das reportagens: afinal, quais são os critérios para usar esse termo? Não existe uma definição científica nem legal no Brasil, mas autoridades brasileiras e estrangeiras que pesquisam o tema, procuradas pelo g1, apontam dois fatores básicos no que eles classificam como "serial killers". O número de vítimas: o critério mais óbvio é que haja mais de um assassinato. Dois já são suficientes para a classificação dos especialistas. O intervalo entre as mortes: este fator é importante. Precisa haver um "período de resfriamento", que diferencia um "assassino em surto" (que matou várias pessoas em uma só ocasião) de um "assassino em série" (que cometeu um assassinato, retornou à vida normal e depois voltou a matar). De acordo com as investigações da Polícia Civil de SP, Ana Paula Veloso Fernandes matou quatro pessoas, todas envenenadas, em um período de cinco meses: o dono do imóvel em que morava com a irmã gêmea, uma amiga, um aposentado e o namorado tunisiano. O delegado afirmou que Ana Paula demonstrava "prazer em matar", um dos fatores que levou os investigadores a classificá-la como uma "serial killer". A reportagem do g1 ouviu a escritora brasileira Ilana Casoy, uma das maiores referências brasileiras em criminologia -- ciência que estuda o comportamento criminoso -- e a Dra. Marissa Harrisson, professora de psicologia da Penn State University, nos EUA, e autora do livro "Tão mortal quanto: a psicologia das assassinas em série", publicado pela Cambridge University Press. O que coloca Ana Paula Veloso dentro da discussão sobre assassinatos em série é o padrão de comportamento: o que define o “serial killer” não é o prazer no ato, mas a repetição de homicídios com intervalo entre eles, afirmam as especialistas. “São dois ou mais assassinatos cometidos em momentos distintos, com uma assinatura própria. Um ritual que revela as mesmas necessidades psicológicas, mesmo quando o modo de agir é diferente", explica Ilana Casoy, criminóloga especialista pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim). "Esse conjunto entre o ritual e o modus operandi é a assinatura particular de cada um. Esses crimes têm que ter acontecido em eventos separados, em datas diferentes, com algum intervalo de tempo relevante entre eles." Leia também VÍDEO: Serial killer sorri e dissimula reação ao receber notícia de vizinho morto em SP, diz polícia O que define um serial killer? De acordo com o Relatório Anual da Radford University, um ' serial killer', ou assassino em série, é quem mata duas ou mais pessoas em eventos separados, independentemente do motivo. Atualmente, o banco de dados é a maior base não governamental de assassinos em série do mundo, com informações sobre mais de 5 mil assassinatos em série de diversos países e um total de 15.088 vítimas. Em resposta ao g1, o autor do relatório, Michael Aamodt, afirmou que o caso de Ana Paula se enquadra na definição do FBI (serviço de investigação federal dos EUA) e do banco de dados, uma vez que envolve quatro assassinatos cometidos em momentos distintos. "Um critério comum de análise é verificar se o assassino retomou suas atividades normais entre os homicídios. No caso do nosso banco de dados, se todas as mortes ocorreram no mesmo dia, independentemente do número de locais, consideramos a pessoa um assassino em surto, e não um assassino em série." De acordo com o FBI, a expressão “serial killer” tem caráter técnico, não jurídico. Ou seja, é uma classificação comportamental usada por investigadores e analistas de perfis criminais que descreve o assassino em série como “o autor de dois ou mais homicídios cometidos de forma ilícita, em eventos separados”. Além do requisito de um dia, há também o que especialistas chamam de "período de resfriamento", o intervalo entre uma morte e outra em que o assassino volta temporariamente à rotina, até cometer um novo crime. A formulação do FBI orienta investigações e bancos de dados internacionais, como o da Universidade de Radford, que segue os mesmos critérios. Por que termo não aparece no Código Penal? No Brasil, não existe tipificação penal específica para “serial killer”, o que significa que o termo não aparece no Código Penal, mas pode ser adotado como classificação criminológica para orientar investigações e análises de comportamento. Ilana Casoy lembra que há um projeto de lei de 2010, apresentado pelo então senador Romeu Tuma, que tentava incluir a figura do assassino em série na legislação brasileira. Ainda segundo a especialista, o texto “precisaria de correções” para se alinhar às definições do FBI, que hoje consideram dois ou mais homicídios em eventos separados. "Não precisa inventar a roda. Já sabemos o que é [serial killer], já sabemos como funciona e podemos aproveitar esse conhecimento adquirido por outros países", defende Casoy. A criminóloga explica que, apesar da ausência de tipificação, o termo “serial killer” é válido como classificação comportamental, usada para compreender o padrão de repetição, o método e a escolha das vítimas. Embora a leitura ajude a polícia e os peritos a traçar perfis investigativos mais precisos, não deve ser confundida com diagnósticos psiquiátricos. “Serial killer é uma definição de comportamento criminoso, não de doença mental”, afirma. “Quando dizemos ‘fulano é homicida, latrocida, estelionatário’, estamos falando de conduta e padrão de ação, não de distúrbio psicológico.” Segundo a criminóloga, compreender essa diferença é fundamental para evitar interpretações equivocadas que ligam automaticamente o assassinato em série à insanidade. “O doente mental é responsável por menos de 5% dos crimes em série. A maior parte desses casos nasce de motivações simbólicas, sociais ou de poder”, explica. 'Serial cúmplice': gêmeas suspeitas de assassinato Casoy e Harrison também chamam atenção para um aspecto inédito do caso de Ana Paula: a existência de uma “serial cúmplice”, como a criminóloga define a irmã gêmea da suspeita. As irmãs gêmeas Roberta Cristina Veloso Fernandes (à esquerda) e Ana Paula Veloso Fernandes (no centro) estão presas por homicídios Reprodução Os investigadores apontam que Roberta Veloso Fernandes, irmã gêmea de Ana Paula, teria ajudado a preparar os alimentos envenenados e acompanhado parte da rotina das vítimas, ainda que não estivesse presente em todas as mortes. “A irmã dela é o que se chama de 'serial cúmplice'. Uma pessoa que pode não participar realmente do momento do assassinato, mas estava presente o tempo todo.” Segundo Michael Aamodt, autor do relatório anual da Universidade de Radfor, o tipo de caso é classificado como “Serial-Team”, uma das subcategorias previstas no relatório para crimes praticados em duplas ou grupos organizados. A investigação ainda vai determinar até que ponto as duas irmãs compartilham responsabilidade pelos homicídios atribuídos ao grupo. O que diz a defesa? A defesa das irmãs informou que ainda não há provas concretas do envolvimento das duas nos crimes pelos quais são acusadas. "Reconhecemos a gravidade dos fatos investigados e a comoção social que geram. No entanto, o dever desta defesa é acompanhar a investigação com a seriedade e a discrição exigidas, zelando estritamente pelos direitos de Ana Paula. Nesta fase, em que as provas ainda estão sendo formadas e examinadas, não é possível, e (seria temerário), afirmar ou negar categoricamente qualquer tese defensiva", informa trecho da nota do advogado Almir da Silva Sobra, que defende Roberta e Ana Paula.
Madrasta é presa em Goiás suspeita de matar bebê em São Paulo Divulgação/Polícia Civil e Reprodução/Redes sociais A madrasta de um bebê de um ano foi presa em São Simão, no sudeste de Goiás. Ela é suspeita de ter matado o enteado de um ano em São Joaquim da Barra, município de São Paulo. Segundo a Polícia Militar de Goiás, a ela foi encaminhada para a unidade prisional de Rio Verde. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp O nome da mulher não foi divulgado e, por isso, o g1 não obteve contato para um posicionamento. O crime aconteceu no final de julho deste ano, quando o bebê foi vítima de maus-tratos, que resultaram na morte dele. Ela é casada com a mãe do bebê e ambas chegaram a alegar que ele teria morrido por conta de um engasgo durante o banho. Entretanto, um laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou lesões incompatíveis com a versão apresentada inicialmente pelas duas. LEIA TAMBÉM: VÍDEO: Madrasta dá série de socos em menino de 11 anos Polícia indicia madrasta e pai por tortura contra menina de 4 anos achada com vários ferimentos e o braço quebrado Mãe e madrasta são condenadas a mais de 15 anos de prisão por tortura após espancar criança até deixá-la com rosto desfigurado Veja os vídeos que estão em alta no g1 Ainda segundo a polícia de São Paulo, o bebê estava sob os cuidados da madrasta no momento em que ele teria passado mal. O documento da morte apontou que ele tinha ferimentos no rosto e na cabeça, uma fratura no braço, que não foi tratada de forma adequada, informou a polícia. A madrasta chegou a ser presa preventivamente no início de agosto por suspeita de envolvimento na morte da criança. Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
Em um ataque cibernético de grandes proporções, hackers conseguiram acessar dados sensíveis de 50 milhões de usuários do popular jogo Free Fire. Esta invasão levantou preocupações sobre a segurança digital em jogos online. Como os dados dos usuários foram comprometidos pelos hackers? Os hackers exploraram uma falha de segurança no servidor de Free Fire. Utilizando... The post Hackers invadem jogo famoso e vazam dados de 50 milhões de jogadores appeared first on O Antagonista .