PF aponta organização criminosa e indicia 31 em maior fraude com créditos de carbono já investigada

PF aponta organização criminosa e indicia 31 em maior fraude com créditos de carbono já investigada

VINICIUS SASSINE BELÉM, PA (FOLHAPRESS) A PF (Polícia Federal) apontou a existência de uma organização criminosa e indiciou, em dois relatórios finais, 31 pessoas suspeitas de participação em esquema de fraude e grilagem na amazônia, voltado à geração de créditos de carbono a partir dessa grilagem de terras públicas no sul do Amazonas. A Operação Greenwashing, resultado de uma investigação feita pela PF em Rondônia, foi deflagrada em 5 de junho de 2024. É a maior fraude com créditos de carbono -o valor movimentado com a venda desses créditos chegou a R$ 180 milhões- já investigada no país. Mais de um ano depois, a operação policial resultou em dois dos três relatórios finais previstos, elaborados a partir das provas colhidas em diligências como quebras de sigilo telefônico e busca de computadores e documentos nas casas dos investigados. Um relatório, de 108 páginas, foi concluído em dezembro de 2024. O outro, de 392 páginas, em maio de 2025. Os documentos foram encaminhados à Justiça Federal. A PF afirmou que o principal investigado se posicionou como "o maior vendedor de créditos de carbono globalmente", inclusive com participação na COP28 (conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas), realizada em 2023 nos Emirados Árabes Unidos. A COP30 ocorrerá em novembro, em Belém. "Em novembro de 2023, foi atingido um marco significativo, com a expansão para 1 milhão de hectares dedicados a projetos de créditos de carbono", cita um dos relatórios. "Essa organização vem empregando contemporaneamente estratégias para expandir seu território a dimensões superiores às de alguns estados." O objetivo era chegar a 3 milhões de hectares, segundo a polícia. Ao apontar prática de crimes por parte de 31 pessoas, nos relatórios de indiciamento, a PF disse: "Resta clara a existência de uma organização criminosa coesa, hierarquizada e com atribuições específicas a cada membro, exigindo, assim, a persecução penal dos respectivos integrantes com base nos fatos ora verificados." Conforme a investigação, os crimes foram praticados por três núcleos, liderados por Ricardo Stoppe Júnior, Élcio Aparecido Moço e José Luiz Capelasso. A prática criminosa só foi possível com a corrupção de servidores no Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), no Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas) e em cartórios de cidades do Amazonas, disse a PF. A reportagem não localizou a atual defesa de Stoppe Júnior. Advogado e assessor de imprensa que atuavam para o empresário dizem não representá-lo mais, nem ter o contato da atual defesa. A defesa de Moço disse que não vai comentar a respeito. A defesa de Capelasso não respondeu aos questionamentos da reportagem. O Incra disse apoiar e auxiliar na investigação, para medidas administrativas cabíveis. O Ipaam afirmou que não compactua com práticas ilícitas dos servidores e que estava à disposição para auxiliar os investigadores. O esquema investigado envolveu, além da geração de créditos de carbono em áreas griladas, fraudes no manejo de madeira, gado fantasma e desmatamento ilegal. Um relatório afirmou que, do total de 1 milhão de hectares destinados a projetos de créditos de carbono, 537,9 mil hectares foram grilados. As áreas foram valoradas em R$ 819,9 milhões; houve exploração ilegal de 1,1 milhão de m3 de madeira em tora; comercialização de 179,5 milhões em créditos de carbono; e danos ambientais estimados em R$ 606,4 milhões, segundo a PF. O segundo relatório, que trata de fatos complementares, cita uma "usurpação" de 146,1 mil hectares do patrimônio público, avaliado em R$ 333,4 milhões; extração ilegal de 391,9 mil m3 de madeira em tora, com dano ambiental estimado em R$ 178,6 milhões; e venda fraudulenta de créditos de carbono no valor de R$ 106,6 milhões. O principal investigado é Stoppe Júnior, dono do grupo Ituxi, com atuação em Lábrea, no sul do Amazonas. Ele foi indiciado pela PF por suspeitas de corrupção ativa, desmatamento em terra pública, falsidade ideológica, estelionato, crime contra o sistema financeiro, invasão de terra pública, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Parte desses crimes, como falsidade ideológica, desmatamento ilegal e organização criminosa na condição de lideranças, é atribuída também aos supostos líderes dos outros dois núcleos, Moço e Capelasso. Em junho de 2024, na deflagração da primeira fase da operação, foram presos preventivamente Stoppe Júnior, Élcio Moço, José Capelasso, Ricardo Villares Stoppe e Poliana Capelasso. Ao todo, foram cumpridos 76 mandados de busca e apreensão em Rondônia, Amazonas, Mato Grosso, Paraná, Ceará e São Paulo, com autorização da Justiça Federal. Houve buscas em 22 empresas, quatro cartórios de registro de imóveis no sul do Amazonas e em órgãos públicos como a superintendência do Incra no estado e uma secretaria do governo do Amazonas que cuida de questões territoriais. A Greenwashing já teve seis fases. Uma delas, a Expurgare, prendeu servidores do Ipaam. A Justiça determinou o afastamento de cinco servidores, incluído o então diretor-presidente do órgão, responsável por fiscalização e licenciamento ambientais na esfera do estado do Amazonas. Os presos na primeira fase ficaram detidos por seis meses. Eles aguardam em liberdade o curso do processo. A denúncia ou o arquivamento das acusações, a partir dos relatórios de indiciamento, cabem ao MPF (Ministério Público Federal). Os relatórios da investigação apontam a participação de agrimensores e engenheiros, que atuam no georreferenciamento de áreas, em inserção de dados fictícios em sistemas como o Sigef (Sistema de Gestão Fundiária). Essa atuação levava a um "deslocamento de títulos para regiões de interesse do grupo, muitas vezes sobrepondo-se a terras públicas federais ou estaduais", segundo a PF. "Com a valorização dos créditos de carbono ao longo do tempo, Ricardo, com Élcio e Capelasso, optou por diversificar e intensificar suas operações nas áreas adquiridas ilegalmente", cita um relatório. O grupo atuou com, pelo menos, cinco projetos de créditos de carbono. Créditos de carbono são gerados a partir de atividades que evitam desmatamento e degradação da floresta. Um crédito equivale a uma tonelada de CO2 que deixa de ser emitida para a atmosfera em razão do desmatamento evitado. Empresas atuam no mercado voluntário, em que os créditos são vendidos a empresas que precisam compensar suas próprias emissões de gases de efeito estufa. ENTENDA A SÉRIE A série de reportagens Mercado de Carbono, publicada às vésperas da COP30 (conferência do clima das Nações Unidas, em Belém), retrata o funcionamento das compensações por emissões de gases de efeito estufa. O tema tem sido debatido entre países, empresas e organismos internacionais, em busca de regras em comum para os chamados mercados voluntário e regulado.

Explosão de carro-bomba deixa um morto em Guayaquil, no Equador

Explosão de carro-bomba deixa um morto em Guayaquil, no Equador

Uma pessoa morreu e muitas outras ficaram feridas após a explosão de um carro-bomba nesta terça-feira (14) em uma zona comercial e movimentada da cidade de Guayaquil, no Equador, um incidente que o ministro do Interior classificou de "ato terrorista". Um vídeo do serviço de segurança ECU911 mostra um veículo estacionado do qual sai fumaça e fogo. Minutos depois, acontece a explosão. O ministro do Interior, John Reimberg, detalhou que, no local, havia "dois veículos dos quais um detonou". O outro permanece com "quantidade de explosivos", por isso será realizada uma explosão controlada. "Por volta das 18h [locais, 20h em Brasília] ouvimos um barulho muito forte, e acreditamos que era da explosão. Agora vejo que ocorreu a poucos metros de nós. Saímos correndo por medo de que algo mais aconteça, estamos em choque", disse à AFP a médica Samantha Vera, de 40 anos, que trabalha em uma localidade vizinha. O corpo de bombeiros informou na rede X que registrou um morto e "várias pessoas feridas", sem detalhar o número. A empresa pública de segurança da cidade informou através da rede X que está atendendo à "emergência ocasionada pela detonação de artefatos explosivos" e publicou fotos da via fechada por viaturas da polícia e caminhões dos bombeiros. O Ministério Público informou nessa mesma rede social que abriu uma investigação. "A Polícia Nacional está trabalhando de maneira permanente para combater a ameaça e chegar aos responsáveis deste ato terrorista", disse Reimberg. O ministro detalhou que os explosivos utilizados são de "elaboração profissional" e atribuiu o ataque a "grupos criminosos que querem provocar o caos". A área onde ocorreu a explosão é de classe média, com muitos restaurantes, negócios, lojas, consultórios, um hospital, hotéis e o maior centro comercial da cidade. "Foi terrível, foi um estrondo horroroso", contou Claudia Quimí, proprietária de um salão de beleza próximo onde "os vidros tremeram". O Equador está mergulhado em uma onda de violência que resulta das disputas mortais entre as gangues pelo controle do tráfico de drogas dentro do país e para os Estados Unidos e a Europa. Por sua localização estratégica com saída para o Oceano Pacífico, Guayaquil é reduto de organizações criminosas e tem registrado um aumento de atentados, homicídios, extorsões, desaparecimentos, roubos e outros delitos. © Agence France-Presse

Em depoimento, suposta serial killer confessa como matou duas pessoas

Em depoimento, suposta serial killer confessa como matou duas pessoas

Em depoimento à Polícia Civil de São Paulo , ao qual a Folha teve acesso, a estudante de direito Ana Paula Veloso Fernandes, 36, confessou ter matado duas pessoas , o pai de uma amiga e o proprietário da casa em que morava em Guarulhos . No entanto, negou outros dois assassinatos, que são atribuídos a ela pela polícia: a de uma amiga e de um tunisiano, com quem teve um relacionamento. Leia mais (10/14/2025 - 23h54)

Pré-COP encerra em Brasília com avanços parciais e expectativa por acordos em Belém

Pré-COP encerra em Brasília com avanços parciais e expectativa por acordos em Belém

Encerrada na noite desta terça-feira (14), a Pré-COP, evento preparatório para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), reuniu representantes de 67 países em Brasília. Durante dois dias de debates, os negociadores discutiram temas como financiamento climático, transição energética e proteção das florestas tropicais. Embora não tenham sido firmados acordos concretos, autoridades afirmaram que houve avanços importantes nas conversas. As informações são da Agência Brasil. Brasil tenta alinhar prioridades antes da COP30 O presidente designado da COP30, o embaixador André Corrêa do Lago, avaliou que o encontro permitiu traçar um panorama claro sobre o que cada país está disposto a negociar em Belém. Segundo ele, a reunião serviu para identificar pontos de convergência e de impasse. Corrêa do Lago explicou que, dos 140 temas oficiais da conferência, cerca de 30 têm relevância central, sendo sete considerados decisivos para os próximos meses. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou que as mudanças climáticas ultrapassam fronteiras e exigem respostas conjuntas. Para ela, fenômenos extremos como enchentes e queimadas demonstram a urgência de políticas coordenadas e do fortalecimento do financiamento internacional voltado à adaptação climática. Pressão social e defesa das florestas Organizações da sociedade civil também participaram da reunião e cobraram maior protagonismo para a proteção das florestas tropicais, especialmente por a COP30 ocorrer na Amazônia. A especialista do Greenpeace Brasil, Camila Jardim, criticou a ausência de compromissos mais concretos sobre o tema e destacou que a floresta tem papel essencial na regulação do clima global e no combate às emissões de carbono. Entre as medidas apresentadas pelo governo brasileiro está o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposto para conservar biomas em cerca de 70 países. O fundo prevê US$ 125 bilhões em recursos e repassará 20% diretamente a comunidades indígenas e tradicionais, que desempenham papel fundamental na preservação da biodiversidade. Financiamento e adaptação no centro das conversas Durante o encontro, a diretora-executiva da COP30, Ana Toni, enfatizou que há consenso entre os países sobre a necessidade de criar novos instrumentos econômicos para valorizar a natureza. Segundo ela, o objetivo é fazer da conferência de Belém uma “COP de implementação”, voltada à execução das promessas assumidas em edições anteriores. Além disso, a ministra Marina Silva destacou a importância de garantir recursos para preservar florestas e oceanos, lembrando que as mudanças climáticas não respeitam fronteiras e exigem solidariedade entre as nações. Expectativa para Belém Até agora, 62 países, responsáveis por 31% das emissões globais, apresentaram novas metas de redução de gases (NDCs). Grandes economias, como União Europeia e Índia, ainda não atualizaram seus compromissos, o que aumenta a pressão sobre a conferência. Corrêa do Lago afirmou que os encontros bilaterais realizados em Brasília mostraram disposição dos países em avançar no diálogo.

Lula inicia rodada de conversas sobre vaga no STF

Lula inicia rodada de conversas sobre vaga no STF

Aposentadoria de Barroso antecipa indicação para o STF O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na noite desta terça feira (14) no Palácio da Alvorada ministros do Supremo Tribunal Federal (STG) e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para discutir a vaga aberta na Corte com a aposentadoria de Luiz Roberto Barroso. Mais cedo, no Palácio do Planalto, Lula se reuniu com o advogado-geral da União, Jorge Messias, favorito de Lula para a indicação. O presidente deu início a rodadas de conversas para ouvir considerações que possam levar a uma indicação com menores resistências tanto no STF quanto no Senado, onde o indicado é sabatinado e precisa ser aprovado. Lula deve se reunir em breve com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que defende o nome do também senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Fontes do Planalto temem que a não indicação de Pacheco leve a retaliação do Senado ao governo e ao próprio indicado. Lula também quer falar com Alcolumbre sobre vetos que podem ser pautados para sessão do Congresso Nacional. Lula durante evento em 18 de setembro de 2025 Evaristo Sa / AFP

Explosão deixa um morto em área movimentada de Guayaquil, no Equador; suspeita é de carro-bomba

Explosão deixa um morto em área movimentada de Guayaquil, no Equador; suspeita é de carro-bomba

Policiais e bombeiros são vistos na cena do crime onde um suposto carro-bomba explodiu em frente a um shopping center no norte de Guayaquil, no Equador, em 14 de outubro de 2025. GERARDO MENOSCAL / AFP Uma pessoa morreu e muitas outras ficaram feridas após uma explosão nesta terça-feira (14) em uma zona comercial e movimentada da cidade de Guayaquil, no Equador, cujo cenário é de caos, segundo imagens difundidas por autoridades locais. A empresa pública de segurança da cidade informou através da rede X que está atendendo à "emergência ocasionada pela detonação de artefatos explosivos" e publicou fotos da via fechada por viaturas da polícia e caminhões dos bombeiros. "Por volta das 18h [locais, 20h em Brasília] ouvimos um barulho muito forte, e acreditamos que era da explosão. Agora vejo que ocorreu a poucos metros de nós. Saímos correndo por medo de que algo mais aconteça, estamos em choque", disse à AFP a médica Samantha Vera, de 40 anos, que trabalha em uma localidade vizinha. O corpo de bombeiros registrou um morto e um "incêndio veicular". "Paramédicos estão prestando atendimento a várias pessoas feridas", acrescentou a corporação no X, sem detalhar o número. A área onde ocorreu a explosão é de classe média, com muitos restaurantes, negócios, lojas, consultórios, um hospital, hotéis e o maior centro comercial da cidade. "Foi terrível, foi um estrondo horroroso", contou Claudia Quimí, proprietária de um salão de beleza próximo onde "os vidros tremeram". A polícia está investigando o que aconteceu. "Tratou-se de uma explosão, cujas causas estão sendo determinadas por nossas equipes especializadas", indicou a força pública em comunicado. O Equador está mergulhado em uma onda de violência que resulta das disputas mortais entre as gangues pelo controle do tráfico de drogas dentro do país e para os Estados Unidos e a Europa. Por sua localização estratégica com saída para o Oceano Pacífico, Guayaquil é reduto de organizações criminosas e tem registrado um aumento de atentados, homicídios, extorsões, desaparecimentos, roubos e outros delitos. Veja os vídeos que estão em alta no g1

São Paulo tem 57 presos por venda irregular de bebidas

São Paulo tem 57 presos por venda irregular de bebidas

O Estado de São Paulo já soma 57 pessoas presas em 2025 por envolvimento na venda irregular de bebidas alcoólicas. Somente nesta terça-feira, 14, as autoridades detiveram seis pessoas durante uma operação da Polícia Civil que investiga casos de adulteração e falsificação com o uso de metanol . O governo paulista mantém um gabinete de crise para coordenar as ações de enfrentamento à contaminação . Segundo o balanço mais recente da Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP), divulgado na segunda-feira 13, há 28 casos confirmados de intoxicação e 100 em investigação. Especialistas descartaram outras 246 suspeitas. Nesta semana, o governo começou a publicar boletins sobre os casos às segundas, quartas e sextas-feiras. São Paulo tem rede criminosa como alvo de apurações A operação desta terça-feira teve como alvo principalmente uma rede criminosa que adulterava e falsificava bebidas alcoólicas em diversas cidades paulistas. Assim, agentes cumpriram 20 mandados de busca e apreensão em endereços na capital, Santo André, Poá, São José dos Campos, Santos e Guarujá, bem como Presidente Prudente e Araraquara. Além disso, os policias prenderam uma pessoa em flagrante por porte ilegal de armas. Sob o nome de Poison Source ( Fonte de Veneno), a ação começou com a prisão, em 3 de outubro, de um dos maiores falsificadores do país. Desde então, as fiscalizações vêm ganhando mais força. Sob a coordenação do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), por meio da 1ª Delegacia de Investigações sobre Furtos e Roubos de Veículos (Divecar), a operação mobilizou aproximadamente 150 policiais civis. https://twitter.com/governosp/status/1978145310124679418 O Procon-SP também participou da ação e fiscalizou seis estabelecimentos que comercializam bebidas em Santos e São José dos Campos. Em três deles, os servidores encontraram irregularidades, mas nenhuma com relação à venda de bebidas adulteradas. Leia também: “Falsificação escancarada” , reportagem de Artur Piva publicada na Edição 291 da Revista Oeste A força-tarefa do gabinete de crise reúne membros das  secretarias da Saúde, Segurança Pública, Fazenda e Justiça, bem como das pastas de Desenvolvimento Econômico e Comunicação e das vigilâncias sanitárias municipais. Entre as medidas estão a interdição de comércios suspeitos e o recolhimento de garrafas para perícia. Leia mais notícias de Brasil na Oeste O post São Paulo tem 57 presos por venda irregular de bebidas apareceu primeiro em Revista Oeste .

Câmara pauta projeto que derruba ação contra Gustavo Gayer no STF

Câmara pauta projeto que derruba ação contra Gustavo Gayer no STF

A Câmara dos Deputados votará nesta quarta-feira, 15, o projeto de resolução que suspende a ação penal contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO). O senador licenciado Vanderlan Cardoso (PSD-GO) moveu o processo no Supremo Tribunal Federal (STF). Na última quarta-feira, 8, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara aprovou o pedido de suspensão da ação penal contra Gayer. O Partido Liberal foi o autor do documento. + Leia mais notícias de Política em Oeste Segundo o deputado, a ação foi motivada pelo fato de ele ser um possível "adversário político” do senador nas eleições de 2026. “Basicamente, o senador Vanderlan está criando o precedente de usar o ministro Alexandre de Moraes para cassar e prender um adversário político”, declarou o deputado. “Se eu for candidato ao Senado Federal, ele não tem chances de reeleição.” Supostas irregularidades no processo Para Gayer, a ação movida contém “vícios, inconsistências e abusos”. Ele argumenta que direcionaram intencionalmente a petição inicial ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, utilizando o Inquérito das Fake News como base. A iniciativa, segundo o deputado, teria como objetivo driblar o sistema de distribuição por sorteio do Supremo, o que fere a regra de imparcialidade judicial. Outro ponto levantado por Gayer foi o oferecimento de uma queixa-crime à Procuradoria-Geral da República. Ele afirmou que o órgão já havia se posicionado pela "ausência de delito". Com isso, para ele, a ação movida por Vanderlan foi uma estratégia para mantê-lo sob investigação. + Justiça rejeita pedido de indenização de Gleisi e Lindbergh contra Gayer O deputado também afirmou que não vê possibilidades de a ação movida pelo senador torná-lo inelegível. https://www.youtube.com/watch?v=2g_v_o3_vwA Entenda o caso contra Gustavo Gayer no STF Gustavo Gayer se tornou réu no STF, em outubro do ano passado, pelos crimes de calúnia, injúria e difamação contra o senador Vanderlan Cardoso. Na ação penal, o senador menciona um vídeo publicado pelo deputado federal no Instagram, em fevereiro de 2023. Na publicação, Gayer chamou Vanderlan de “vagabundo” e também disse que o senador virou “as costas para o povo em troca de comissão”. No STF, Moraes é o relator do processo. Segundo o magistrado, as manifestações de Gayer "não estão protegidas pela imunidade parlamentar”, já que a conduta “não guarda nexo com o exercício da função” de deputado. O plenário da Câmara irá deliberar amanhã, como primeiro item da pauta, o pedido de anulação do processo contra Gayer no STF. Leia também: "A CPMI que promete expor o rombo bilionário do INSS" , reportagem publicada na Edição 289 da Revista Oeste O post Câmara pauta projeto que derruba ação contra Gustavo Gayer no STF apareceu primeiro em Revista Oeste .

Bombas não detonadas representam grande risco em Gaza, alerta ONG

Bombas não detonadas representam grande risco em Gaza, alerta ONG

Os riscos associados à munição não detonada na Faixa de Gaza são "enormes" para os deslocados que retornam para suas casas após o cessar-fogo, alertou nesta terça-feira (14) a ONG Handicap International, ao pedir a entrada de equipamento para a remoção desses explosivos. "Os riscos são enormes. Estima-se que cerca de 70.000 toneladas de explosivos tenham caído sobre a Faixa de Gaza" desde o início do conflito desencadeado pelo ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, advertiu Anne-Claire Yaeesh, diretora dessa organização especializada em desminagem. "As camadas de escombros e os níveis de acúmulo são extremamente altos", destacou Yaeesh. "Enfrentamos riscos ainda maiores" em um terreno "extremamente complexo", devido ao espaço "restrito" em zonas urbanas densas. O Serviço de Ação contra Minas da ONU (Unmas) estimou em janeiro que "entre 5% e 10%" da munição disparada contra a Faixa de Gaza, desde bombas até granadas ou simples balas, não havia explodido. Desde então, os combates continuaram, até a entrada em vigor de um cessar-fogo na última sexta-feira. Consultado pela AFP, o Unmas informou que, devido às restrições impostas nos últimos dois anos, não "pôde realizar operações de reconhecimento em larga escala" no território palestino, mas destacou que os pedidos de assistência técnica aumentaram desde o cessar-fogo, e que foi solicitada "uma série de missões humanitárias, inclusive em áreas antes inacessíveis". Nos próximos dias, "grande parte dos esforços vão se concentrar na proteção das operações de gestão de escombros" e na limpeza, em particular das estradas pelas quais circulam milhares de deslocados. Embora o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês) tenha informado ontem que os trabalhadores humanitários puderam "avaliar as principais estradas em relação a riscos de explosivos", o Unmas destacou que dispõe de "um número limitado de veículos blindados em solo". O serviço também informou que ainda não obteve "permissão das autoridades israelenses para introduzir o material necessário para a destruição" desses explosivos sem detoná-los. O Unmas citou "três veículos blindados que aguardam na fronteira para entrar na Faixa de Gaza, o que permitirá operações mais seguras e em maior escala". © Agence France-Presse

Dois homens são executados com injeção letal nos EUA

Dois homens são executados com injeção letal nos EUA

Um homem da Flórida condenado por assassinar duas mulheres que ele havia contratado para manter relações sexuais foi executado com injeção letal, uma das duas penas capitais realizadas com este método nesta terça-feira (14) nos Estados Unidos. Samuel Smithers, de 72 anos, foi condenado à morte em 1999 pelos assassinatos de Christy Cowan e Denise Roach ocorridos em 1996 na cidade de Tampa. Ambas foram espancadas e estranguladas, e seus corpos foram encontrados em um pequeno lago. Smithers foi pronunciado morto em uma prisão estadual da Flórida às 18h15 locais (19h15 em Brasília). Outro condenado também foi executado nesta terça com injeção letal no estado de Missouri. A execução de Lance Shockley, de 48 anos, foi realizada às 18h13 locais (20h13 em Brasília) pelo assassinato do sargento de polícia Carl Graham em 2005. Graham foi morto a tiros em uma emboscada em sua casa. O oficial investigava à época um acidente de automóvel que envolvia Shockley. O réu alegou inocência, mas suas apelações foram rejeitadas por diversos tribunais, incluindo a Suprema Corte. O governador do Missouri, Mike Kehoe, recusou seu pedido de clemência na segunda-feira. Outras duas execuções estão programadas para esta semana nos Estados Unidos. Charles Crawford, de 59 anos, será executado com injeção letal no Mississippi na quarta-feira pelo estupro e assassinato, em 1994, de Kristy Ray, uma estudante universitária de 20 anos. E Richard Djerf, de 55 anos, também será executado mediante injeção letal no Arizona na sexta-feira pelos assassinatos brutais de quatro membros de uma família de Phoenix em 1993. Até agora neste ano, 37 execuções foram realizadas nos Estados Unidos, o número mais alto desde 2013, quando 39 reclusos foram executados. A Flórida realizou a maior quantidade de penas capitais este ano, com 14. Em seguida estão os estados de Texas (5), Carolina do Sul (4) e Alabama (4). Trinta e uma delas foram realizadas com o uso de injeção letal, duas por fuzilamento e quatro por hipoxia de nitrogênio. A pena de morte foi abolida em 23 dos 50 estados americanos, enquanto outros três — Califórnia, Oregon e Pensilvânia — têm moratórias em vigor. © Agence France-Presse