Mais de 20 filmes de François Truffaut, um dos fundadores da Nouvelle Vague, voltam aos cinemas

Mais de 20 filmes de François Truffaut, um dos fundadores da Nouvelle Vague, voltam aos cinemas

A filmografia de François Truffaut (1932-1984), um dos precursores da Nouvelle Vague francesa, ganha os cinemas brasileiros a partir desta semana. De quarta-feira (3) até 17 de setembro, as salas do grupo Estação Net, no Rio de Janeiro, exibem 24 filmes do diretor na mostra "Truffaut por completo". Dentre longas e curtas, a retrospectiva terá clássicos como "Os incompreendidos" (1959) — que abre a programação, às 20h30, no Net Botafogo —, e "Jules e Jim" (1962). Os ingressos já estão à venda, online e na bilheteria, por a partir de R$ 16. 'O último azul': filme com Rodrigo Santoro premiado em Berlim usa distopia para refletir sobre imposições sociais e liberdade Além da Semana do Cinema: saiba como pagar meia-entrada e ter descontos o ano todo — até beijo ajuda a economizar Após a mostra, a distribuidora Filmes do Estação leva 23 produções de Truffaut para salas de todo o país — seleção que inclui títulos como "Atirem no pianista" (1960), em cópia restaurada em 4K, “Fahrenheit 451” (1966) e “A noite americana” (1973). As cidades e datas das sessões serão divulgadas nas redes sociais da empresa. As exibições devem começar já em setembro. Quatro décadas após a morte do francês, a iniciativa celebra o pioneirismo de Truffaut dentro do movimento vanguardista que revolucionou o cinema da época. Crítico da tradicional revista Cahiers du Cinéma, ele ajudou a definir, junto a nomes da Nouvelle Vague, como Jean-Luc Godard, um estilo de filme que carregue a marca de seu diretor, o "cinema de autor". Confira, a seguir, a lista completa dos títulos que participam das ações. O curta "Uma história d'água" fica de fora da distribuição nacional. "Os pivetes" (1957) "Os incompreendidos" (1959) "Atirem no pianista" (1960) "Uma história d'água" (1961) "Jules e jim" (1962) "Antoine e colette" (1962) "Um só pecado" (1964) "Fahrenheit 451" (1966) "Beijos roubados" (1968) "A noiva estava de preto" (1968) "A sereia do mississipi" (1969) "O garoto selvagem" (1970) "Domicílio conjugal" (1970) "As duas inglesas e o amor" (1971) "Uma jovem tão bela quanto eu" (1972) "A noite americana" (1973) "A história de adèle h." (1975) "Na idade da inocência" (1976) "O homem que amava as mulheres" (1977) "O quarto verde" (1978) "O amor em fuga" (1979) "O último metrô" (1980) "A mulher do lado" (1981) "De repente, num domingo" (1983)

Em Roma, coma como os romanos: dicas para quem quer saborear a verdadeira culinária da capital italiana

Em Roma, coma como os romanos: dicas para quem quer saborear a verdadeira culinária da capital italiana

Jantando recentemente em uma trattoria moderna nos arredores de Roma, fiz amizade com o pessoal da mesa ao lado, descobri um vinho novo, fui ao céu com um prato de massa e sorri ao ver a conta: pouco mais de US$ 100 para duas pessoas, incluindo a bebida. A Roma dos gladiadores: um roteiro pelo Coliseu e por outros tesouros da Antiguidade na capital italiana 'Pacto carbonara': entenda por que Roma quer colocar um limite de preço num de seus pratos mais populares Eu amo Roma tanto quanto qualquer apaixonado por Bernini, mas para encontrar o ideal platônico da massa amatriciana ou da trippa alla Romana tive de esquecer as praças e ruas de pedra do Centro Storico, onde os estabelecimentos turísticos, falsamente fellinianos, servem carbonara requentada para multidões. Em vez disso, eu e meu companheiro optamos por passar as duas semanas que ficamos na cidade pegando metrô e ônibus para bairros onde os aluguéis acessíveis permitem que jovens chefs criativos explorem seu talento – e o apetite dos clientes – e onde ainda prevalece o espírito acolhedor. O ambiente muitas vezes lembra o do Brooklyn ou de Berlim, mas a culinária é baseada na tradição romana, com suas massas com guanciale, legumes e verduras da estação e quinto quarto (também conhecido como miúdos, ou vísceras). – Os chefs locais, apesar de jovens, não abandonaram a tradição romana, mas estão reinterpretando a culinária da cidade com ingredientes incríveis da zona rural periférica. Claro que, devido aos custos, toda essa ação se dá bem longe do centro – conta Marco Bolasco, autor do guia novo e indispensável, "Roma Food Tour". Os seis estabelecimentos abaixo servem a prova mais deliciosa dessa premissa – mas se for, não se esqueça de reservar com antecedência. 1. Menabò Vino e Cucina Bacalhau com mousse de ervilha, servido com pão torrado, um dos um dos destaques do cardápio do restaurante Menabò Vino e Cucina, a 40 minutos do centro de Roma Massimo Berruti/The New York Times Ainda sonho acordada com o ravióli do Menabò Vino e Cucina, aquelas bolsinhas sedosas recheadas com coratella, (miúdos de cordeiro) cobertas com um toque verde de favas, ervilhas e aspargos e elevadas às alturas por um molho inesquecível de "leite defumado". Só essa massa já valeu a viagem de 40 minutos de metrô do centro até o antigo bairro operário de Centocelle. Os irmãos Camponeschi (Paolo é o cozinheiro, Daniele, sommelier e responsável pelo salão) abriram o Menabò há sete anos, atraídos pela vibração multicultural e o espírito comunitário de Centocelle, como explica o segundo. Em sua trattoria de bairro de última geração, as paredes em um tom azul brilhante e as prateleiras cobertas de garrafas de vinho criam o cenário para os sabores fortes e interessantes criados pelo primeiro. Outra massa que nos levou longe foi uma combinação adorável entre a floresta e o mar: o fusillotti em espiral com molho de tomate, cogumelos cardoncelli escuros e um toque salgado de aliche. Entre os excelentes secondi, destaque para as costelinhas de cordeiro fritas, crocantes, realçadas pela cereja ácida e por verduras amargas, e para o olho-de-boi grelhado guarnecido com um complexo bisque de coco preparado pelo sous chef bangladechiano Shahin Toufikur. A carta de vinhos, com 300 rótulos, tem uma seleção formidável de champanhes, além de surpresas peculiares de pequenos produtores. Via delle Palme 44 D/E, Centocelle; massas a partir de 14 euros; pratos principais a partir de 16 euros. 2. Mazzo Trippa alla Romana, um prato clássico italiano servido no Mazzo, restaurante em Centocelle, antigo bairro operário em Roma Massimo Berruti/The New York Times Centocelle também foi o bairro escolhido pelos chefs Francesca Barreca e Marco Baccanelli para seu cultuado Mazzo, com 12 lugares, em 2013. Depois de quatro anos fechada, a casa reabriu em San Lorenzo, enclave boêmio coberto de pichações a leste da estação Termini. Agora, os fãs saboreiam a trippa alla Romana – normalmente cozida, mas aqui transformada em tiras crocantes e borrachudas sobre um molho de tomate vibrante – no local que antes abrigava uma padaria, com uma janela redonda gigante emoldurando a cozinha e uma cabine de DJ exibindo a coleção de discos de vinil dos proprietários. No espaço privilegiado entre o criativo e o reconfortante, o cardápio supercurto tem alguns clássicos, mas também reflete o gosto cosmopolita dos chefs-proprietários, como no prato de alface assada com o toque picante do limão e uma fina camada de tahine, pausa sublime e bem-vinda entre tantas opções substanciosas. Outros destaques foram o fettuccine com alho, lascas de bacalhau salgado e pimentas secas ao sol da Basilicata e o ruote pazze ("rodinhas loucas") em um ragu pungente de linguiça da Sardenha com funcho selvagem. Depois do filé macio de pescoço de porco (ou cachaço) com nabos assados glaçados, a nuvem de creme de limão brûlée deu um toque final etéreo à refeição. Via degli Equi 62, San Lorenzo; massas a partir de 16 euros, pratos principais a partir de 22 euros. 3. Trecca-Roma Língua fatiada e grelhada, servida com um caldo verde e salada no Trecca-Roma, restaurante no bairro de Garbatella, em Roma Massimo Berruti/The New York Times Será que vale a pena pegar um ônibus, esperar 20 minutos em um ponto deserto e escuro pela chegada do segundo – e quando perceber ele não vem, começar a busca frenética por um táxi por causa de um prato de macarrão à amatriciana? Refletimos muito sobre essa questão apertados à volta de uma das mesas de mármore do Trecca-Roma. Localizado no bairro de Garbatella, a cerca de seis quilômetros e meio do centro, o Trecca é ao mesmo tempo tradicional e moderno, com um cardápio de massas clássicas e miúdos servidos por garçons tatuados, ansiosos para falar sobre o azeite biodinâmico. O clima instagramável e a cucina di nonna atualizada com ingredientes requintados são cortesia dos irmãos Manuel e Nicolò Trecastelli, donos de duas pizzarias populares na cidade e que sabem exatamente o que os jovens romanos descolados desejam. Satisfiz meu desejo de comer língua com as fatias grelhadas, mergulhadas em um molho verde picante que me foram servidas. Na mesa ao lado, dois gourmets veteranos declararam que a coda (rabada de boi Fassona) era a melhor da cidade. Nosso pedido incluiu uma majestosa alcachofra assada inteira em uma poça de um azeite belíssimo, fettuccine rasgado à mão com molho de fígado de frango e manteiga em abundância, e um espeto chiando de pajata (intestinos de bezerro). E a massa amatriciana? Eu iria ao restaurante a pé para saborear o molho voluptuoso de tomates Marasca cultivados no Lácio e enriquecido pela adição surpreendente de cebola e guanciale defumado. Via Alessandro Severo 220, Garbatella; massas e pratos principais a partir de 15 euros. 4. Enoteca Mostò e Avenida Calò Tartare de carne servido com salada de pêssego no Enoteca Mastò, ponto de encontro de amantes de vinho no bairro de Flaminio, em Roma Massimo Berruti/The New York Times Chegar ao Quartiere Flaminio, na região norte, não requer nenhum esforço heroico. Após uma viagem de bonde curta (e barulhenta) a partir da Piazza del Popolo, já sentíamos o aroma de pêssego branco na taça de um vinho branco esloveno peculiar na Enoteca Mostò, adorável ponto de encontro de enófilos, antes de nos aventurarmos com a pizza do Avenida Calò. Ciro Borriello, barbudo e corpulento, é quem comanda a casa. Entusiasta natural pela bebida, está sempre pronto a recomendar a garrafa perfeita da seleção de cerca de 450 rótulos, em constante mudança. "Carta de vinhos? Eu sou a carta de vinhos!", exclamou alegremente, servindo taças de prosecco turvo, fermentado em garrafa, para acompanhar os pratos de pecorino curado na cerveja do Lácio, linguiça finocchiona de porcos negros da Toscana e uma linda salada de puntarelle com amêndoas e figos. Pizza vegetariana na pizzaria Avenida Calò, ao norte do centro de Roma Massimo Berruti/The New York Times Um pouco mais adiante, o elegante Avenida Calò foi inaugurado no ano passado por Francesco Calò, que causou sensação com sua pizzaria em Viena antes de se juntar ao grupo de novos autores da versão romana. Sua massa de fermentação lenta, feita com uma mistura de farinhas e um sabor de nozes intrigante devido ao alto teor de farelo, é oferecida com duas dúzias de coberturas, das clássicas às criativas e extravagantes. Para conseguir provar a variedade peça o menu degustação, desfile de delicados spicchi (fatias) servidos em pedestais de porcelana feitos à mão. Uma delas, chamada Bufalina 2.0, leva tomates maduros e folhas de manjericão frito sob uma nuvem de espuma de mussarela de búfala sobre a massa especial "duplamente crocante" de Calò – frita e depois assada, reservada apenas para certas preparações. Há também uma composição verdejante de brócolis rabe desconstruído em três texturas, de cremosa à crocante, misturada com dois queijos e linguiça. Já a cobertura de carpaccio de olho-de-boi, abóbora japonesa e flocos de bonito confirmou minha suspeita: tudo fica mais gostoso em uma redonda. Enoteca Mostò: Viale Pinturicchio 32, Flaminio; porções a partir de dez euros; vinhos em copo a partir de seis euros. Avenida Calò: Viale Pinturicchio 40, Flaminio; pizzas entre nove e 22 euros; menu degustação a 55 euros. 5. Gabrini Clientes no salão do Gabrini, restaurante em Prati, um bairro residencial perto do Vaticano, em Roma Massimo Berruti/The New York Times Não consegue entrar no Roscioli, casa lendária que hoje em dia vive assediada por turistas? Vá ao Gabrini, em Prati, bairro residencial perto do Vaticano, para desfrutar de prazeres semelhantes – mas rodeado por romanos autênticos. Uma das donas, Camilla Castroni, faz parte da família a quem pertence uma rede tradicional de alimentos especiais. No ano passado, ela e os sócios transformaram a delicatessen ao lado da loja original em um espaço elegante que abriga uma osteria, uma padaria, um café chique e um balcão de lado a lado repleto de salames e queijos finos. Ali você pode saborear um almoço impecável, com destaque para as bolinhas de muçarela cremosa de Paestum, os rolinhos rosados da mortadela aprovada pelo Slow Food, o presunto de carne de porcos de raça rara – e talvez o gnocco fritto (um quadrado de massa frita e aerada) coberto com ricota, patê suíno e laranja cristalizada. À noite, as mesas retráteis e elegantes são dispostas e a iluminação ganha tons suaves e românticos. Entre os pratos elegantes do chef Marco Moroni que provamos estava a pizzetta grelhada com patê de fígado de frango sedoso e chutney de caqui e o tagliolini com ovo envolto em uma emulsão de manteiga Bordier e parmesão envelhecido com sabor de ouro 24 quilates. Dica: ligue para reservar o frango assado para duas pessoas. A ave suculenta, proveniente de uma fazenda sustentável da Lombardia, é assada no espeto até ficar com um lindo tom acobreado e servida com legumes caramelados na manteiga. Para fechar, vá de torta de ricota e chocolate. Viale Cola di Rienzo 200, Prati; entradas a partir de 6 euros; massas a partir de 15 euros; pratos principais a partir de 19 euros.

Duas Linhas e Meia (02-09-2025)

Duas Linhas e Meia (02-09-2025)

. Lázaro Ramos tem agenda dupla nesta quinta, dia 4 de setembro,  às 17h30, na ABL. Além de lançar "A Rainha da rua Paissandu", que retrata suas conversas com a atriz Ruth de Souza (1921-2019), o ator fará a leitura dramatizada do livro "Oratório dos inconfidentes", de Domício Proença Filho. O acadêmico recria em versos e imagens o drama da Conjuração Mineira, com ilustrações de  Portinari. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Ipês continuam a florescer no Rio, desta vez, na coloração amarela

Ipês continuam a florescer no Rio, desta vez, na coloração amarela

O amarelo dos ipês tem transformado o tom monocromático-empresarial da Avenida Presidente Antônio Carlos, no Centro. A coloração forte, próxima ao tom canário, embeleza até os dias de céu nublado, frequentes desde a última semana, quando as amendoeiras ainda protagonizavam o verde e o vermelho das ruas, parques e praças do Rio. Para quem se encanta pelos ipês, a notícia é que a floração se mantém até outubro — e não só em amarelo. Branco, violeta, roxo e rosa também fazem parte da paleta. Fora de época: amendoeiras trocam as folhas no Rio e decoram praças e ruas em tons de vermelho Veja detalhes: mercadinho São José reabre em setembro após sete anos fechado, com bar, confeitaria e restaurante Ipês-amarelos na Avenida Presidente Antônio Carlos Domingos Peixoto / Agência O Globo Como árvores caducifólias, os ipês perdem todas as folhas durante o outono e inverno. No lugar, nascem cachos de flores de cores intensas, que ganharam até a honraria de serem consideradas "flores nacionais". A vida de uma planta como essa pode chegar a 100 anos, como conta o biólogo Marcus Nadruz, coordenador da Coleção Viva do Jardim Botânico do Rio. Perto de outras espécies, no entanto, essa idade é pouca coisa: — O jequitibá pode chegar a 800 anos, por exemplo. O centenário dos ipês é uma estimativa, vai depender das condições do ambiente. No geral, são árvores que preferem temperaturas amenas — explica Nadruz. Os ipês são árvores que perdem todas as flores antes do período de floração Domingos Peixoto / Agência O Globo A floração dos ipês começa, geralmente, de abril a junho e vai até setembro ou outubro. O que pode atrasar esse processo é o calor por longo período no inverno. Entre as curiosidades, Nadruz destaca a madeira dessas árvores: — É bem resistente. Serve para tacos (piso), marcenaria e é uma das melhores para mastro de vôlei de praia. A expansão dessas árvores se dá por meio do vento: as sementes são levadas e, quando acham um local apropriado, começam a se desenvolver. O biólogo aponta também que a floração nas cores rosa e roxo acontece nos meses de julho a agosto, enquanto as flores amarelas e brancas florescem em setembro. Em 2021, a Prefeitura do Rio atualizou o Roteiro dos Ipês com 150 endereços onde é possível conferir as árvores na cidade. As localizações foram informadas pela própria população e formaram um catálogo digital, que tem até dicas de como cultivar a espécie.

Cabeça a cabeça pelo Brasileirão: entenda os desafios de Flamengo, Cruzeiro e Palmeiras durante data Fifa

Cabeça a cabeça pelo Brasileirão: entenda os desafios de Flamengo, Cruzeiro e Palmeiras durante data Fifa

A pausa para mais uma data Fifa deixa a tabela do Brasileirão com três concorrentes ao título bem definidos. O Flamengo é o líder após 22 rodadas, com 47 pontos, seguido de perto por Cruzeiro (44) e Palmeiras (43). O campeonato terá uma paralisação de duas semanas, em que todos terão tempo para manter o nível e melhorar alguns aspectos, antes que a reta final da temporada engrene de vez. Bola de Cristal: rodada é boa para o Cruzeiro, mas Flamengo e Palmeiras ainda dominam chances de título brasileiro Diogo Dantas: De la Cruz vira solução momentânea enquanto Flamengo aguarda Pulgar, que só volta em outubro Cariocas e paulistas puxam o favoritismo em uma disputa que ficou mais embolada no último fim de semana, com empates de ambos e a vitória celeste sobre o São Paulo. Porém, segundo o Bola de Cristal, ferramenta do GLOBO desenvolvida em parceria com a UFMG, o Flamengo mantém 50,5% de chance de título, e o Palmeiras, 32%, enquanto o Cruzeiro tem 11,6%. Sem vencer o Brasileirão desde 2020, o Flamengo, que elegeu o torneio como prioridade, está invicto há oito rodadas e já deu recados sonoros como a goleada por 8 a 0 sobre o Vitória. São 47 pontos em 21 jogos. Após algumas turbulências, o técnico Filipe Luís voltou a fazer a equipe controlar mais as partidas e se impor com ataque variado e defesa sólida. Contribuíram as voltas de jogadores que sofriam com problemas físicos e a chegada de reforços como Jorginho, Samuel Lino e Saúl. Flamengo ficou no 1 a 1 com o Grêmio no Maracanã Gilvan de Souza/Divulgação A partir de agora, o jovem treinador passará pelo desafio de gerir o grupo e pode precisar rever algumas escolhas em campo, como o uso de jogadores que vêm sendo questionados. No empate com o Grêmio, no fim de semana — que não deixa cicatrizes apesar da frustração —, o time deixou a desejar por ter se apoiado em uma vantagem magra e apresentado desconcentração, o que pode ser fatal na reta final do ano. Dupla de ataque embalada Segundo com mais chances no Bola de Cristal, o Palmeiras foi outro com uma janela forte, levando nomes como Andreas Pereira para um clube que já havia contratado muito no início do ano. Sem grandes surpresas, cresceu de rendimento no Brasileirão e se colocou nas cabeças da tabela com 43 pontos em só 20 jogos, liderados por uma dupla de ataque em grande fase: Vitor Roque e Flaco López. Vitor Roque comemora gol do Palmeiras diante do Corinthians Cesar Greco/Palmeiras As reclamações sobre o time de Abel Ferreira são as que acompanham seu trabalho de quase cinco anos no alviverde. A equipe deixa a desejar em repertório ofensivo, sendo muito dependente de bolas aéreas e transições mesmo com tamanho investimento e jogadores qualificados. Os resultados, porém, não deixam de aparecer. Neste ano, ainda pecou em jogos grandes, tendo perdido para os outros dois concorrentes e empatado com o Corinthians no domingo. Exigência física Por sua vez, o Cruzeiro conta com menos opções em seu elenco e se notabiliza por ser um grupo no qual o técnico Leonardo Jardim tem um time titular muito consolidado e vários jogadores em temporadas especiais. Apesar de alguns tropeços nas últimas semanas, o time se manteve orbitando o topo e chegou a 44 pontos, recuperando a vice-liderança no fim de semana. Matheus Pereira comemora gol da vitória do Cruzeiro sobre o São Paulo Gustavo Aleixo/Cruzeiro Porém, os mineiros seguem atrás em aproveitamento, até por terem disputado 22 jogos. O desafio será acompanhar o nível físico dos adversários com elenco mais enxuto, pois o futebol vem sendo o mesmo. No próximo dia 11, o Cruzeiro tenta confirmar a vaga na semifinal da Copa do Brasil após ter batido o Atlético-MG por 2 a 0 na ida. Se avançar, o torneio mata-mata não deverá mais ser problema, pois só será retomado após o fim do Brasileirão. Já Fla e Palmeiras ainda têm a Libertadores para lidar, ao menos em setembro, quando se disputam as quartas de final.

Cerca de 2 mil soldados norte-coreanos morreram lutando pela Rússia, diz agência de espionagem sul-coreana

Cerca de 2 mil soldados norte-coreanos morreram lutando pela Rússia, diz agência de espionagem sul-coreana

A agência de espionagem da Coreia do Sul estima que cerca de 2 mil soldados norte-coreanos enviados à Rússia para apoiar sua campanha contra a Ucrânia morreram, informou um parlamentar sul-coreano na terça-feira. 'Ponte aérea' Moscou-Pyongyang: Putin e Kim criam novo símbolo de uma aliança de conveniência Coreia do Norte ofereceu apoio total à Rússia na guerra contra a Ucrânia Em rara admissão de perdas, Kim Jong-un diz que seu coração 'dói' pela morte de soldados norte-coreanos lutando pela Rússia O Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul afirmou, em abril, que "o número de mortos na guerra era de pelo menos 600, mas, com base em novas estimativas, agora estima o número em cerca de 2 mil", disse o deputado Lee Seong-kweun, após receber um relatório da agência de inteligência. * Em atualização

Cerca de 2 mil soldados norte-coreanos morreram na Guerra da Ucrânia, diz Coreia do Sul

Cerca de 2 mil soldados norte-coreanos morreram na Guerra da Ucrânia, diz Coreia do Sul

Em imagem de arquivo, soldados da Coreia do Norte marcham durante parada em Pyongyang. Coreia do Norte via AP Cerca de 2 mil soldados da Coreia do Norte morreram na guerra entre a Rússia e a Ucrânia, afirmou um deputado sul-coreano, citando números dos serviços de inteligência de seu país, nesta terça-feira (2). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Em abril, a estimativa da Coreia do Sul era de eles “pelo menos 600”, mas, com base em avaliações atualizadas, o número estimado mais do que dobrou, declarou à imprensa o deputado Lee Seong-kweun após uma reunião de informação com o Serviço Nacional de Inteligência sul-coreano (NIS). Desde o início da guerra, a Coreia do Norte enviou mais de 9 milhões de munições, milhares de soldados e outros armamentos de guerra à Rússia, o que teve impacto direto nas capacidades russas na guerra da Ucrânia, revelou o relatório de um grupo observador do conflito em maio deste ano. As munições enviadas pela Coreia do Norte permitiram que a Rússia intensificasse os bombardeios contra a infraestrutura civil essencial na Ucrânia, segundo o Grupo Multilateral de Monitoramento de Sanções (MSMT, na sigla em inglês). As evidências reunidas pelo MSMT, composto pelos Estados Unidos e outros 10 países-membros da ONU, foram coletadas ao longo dos meses desde o estabelecimento do grupo, em outubro de 2024. Veja abaixo os armamentos e equipamentos fornecidos pela Coreia do Norte à Rússia ao longo de 2024 e imagens que provam as movimentações: Mais de 9 milhões de munições, que incluem projéteis de artilharia e munição para lançadores de foguetes, transferidos em mais de 20 mil contêineres em 49 embarcações; Mais de 200 veículos de guerra em três brigadas de artilharia pesada, que incluem canhões automotores de artilharia (veja na imagem abaixo), lançadores de foguetes de longo alcance e veículos de recarga. Ao menos 100 mísseis balísticos, que foram usados em bombardeios na Ucrânia, além de mísseis antitanque e RPGs; Mais de 14 mil soldados, sendo 11 mil em 2024, e outros três mil no início de 2025; LEIA MAIS Milhões de munições, soldados, canhões e armas: como a Coreia do Norte está ajudando a Rússia na guerra contra a Ucrânia Ucrânia capturou dois soldados da Coreia do Norte na Rússia